quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Jean-Pier Delaume-Myard: toda criança tem direito a um pai e a uma mãe



No site semanário francês Le Nouvel Observateur, Jean-Pier Delaume-Myard, porta-voz da associação francesa Homovox, escreveu um artigo intitulado: "MARIAGE POUR TOUS. Je suis homosexuel, pas gay: cessez cette confusion!" ("Eu sou homossexual, e não gay: chega dessa confusão!").

E isso foi repetido por Jean-Pier à edição italiana de La Manif Pour Tous (A Manifestação para Todos), como pode ser lido aqui.

Há um desconforto da sociedade, e crescente, sobre a influência que a cultura gay vem impondo sobre a família e à sociedade em geral. E isso pode ser detectado, entre outros, por movimentos como o da comunidade CitizenGO presente em vários países, além do quanto aqui já mencionado.

Jean-Pier Dealume-Myard assume vigorosamente a defesa do direito da criança, afirmando em resumo:

"Eu luto em consciência e com todas as minhas forças para que cada criança tenha mãe e pai [...]. Se eu fosse heterossexual, teria esse mesmo objetivo, ou seja, a racionalidade".

Sintetizando, e para compreensão do pensamento de Jean-Pier Delaume-Myard, recomendo a leitura do artigo de Luca Marcolivio, em português, publicado pelo Agência Zenit, em 14 de janeiro de 2014, clicando aqui.

Em sintonia, registre-se que cresce o movimento pela vida e, pois contra o aborto, como bem demonstra o site de En Marche Pour la Vie (Marcha pela Vida), com uma bem sucedida e recente mobilização em Paris.


Leia mais:

Cresce na França a mobilização a favor da família
 
O Papa apoia a Marcha pela vida na França: mantenham viva a atenção 

Grand succès de la mobilisation pour la vie 40 000 marcheurs à Paris - See more at: http://enmarchepourlavie.fr/grand-succes-mobilisation-pour-vie-40-000-marcheurs-paris#sthash.0UDOtgK0.dpuf
Grand succès de la mobilisation pour la vie 40 000 marcheurs à Paris - See more at: http://enmarchepourlavie.fr/grand-succes-mobilisation-pour-vie-40-000-marcheurs-paris#sthash.0UDOtgK0.dpuf
Visita de Hollande ao Vaticano: mais de 100.000 franceses escrevem ao papa 

Presidente francês, François Hollande, recebido em audiência pelo Papa Francisco


Fonte da imagem:
http://www.lamanifpourtous.it/sitehome/in-evidenza/intervento-di-jean-pier-delaume-myard-omosessuale-francese-contro-matrimoni-gay-11-gennaio-lmpt/

sábado, 25 de janeiro de 2014

Os desafios sobre a família estão no centro dos debates do próximo Sínodo dos Bispos



Como anda a família no mundo atual? Eis a questão que desafia a Igreja.

Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização serão abordados pela III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, cujo documento preparatório, em português, pode ser lido aqui.

A Assembleia foi convocada pelo Papa Francisco e será realizada no Vaticano, no período de 5 a 19 de outubro de 2014.

O documento preparatório da Assembleia, também chamado instrumento de trabalho (instrumentum laboris), sinaliza a dimensão e a profundidade das questões a serem enfrentadas pelo Sínodo:

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"Hoje perfilam-se problemáticas até há poucos anos inéditas, desde a difusão dos casais de facto, que não acedem ao matrimónio e às vezes excluem esta própria ideia, até às uniões entre pessoas do mesmo sexo, às quais não raro é permitida a adoção de filhos. Entre as numerosas novas situações que exigem a atenção e o compromisso pastoral da Igreja, será suficiente recordar: os matrimónios mistos ou inter-religiosos; a família monoparental; a poligamia; os matrimónios combinados, com a consequente problemática do dote, por vezes entendido como preço de compra da mulher; o sistema das castas; a cultura do não-comprometimento e da presumível instabilidade do vínculo; as formas de feminismo hostis à Igreja; os fenómenos migratórios e reformulação da própria ideia de família; o pluralismo relativista na noção de matrimónio; a influência dos meios de comunicação sobre a cultura popular na compreensão do matrimónio e da vida familiar; as tendências de pensamento subjacentes a propostas legislativas que desvalorizam a permanência e a fidelidade do pacto matrimonial; o difundir-se do fenómeno das mães de substituição (“barriga de aluguel”); e as novas interpretações dos direitos humanos. Mas sobretudo no âmbito mais estritamente eclesial, o enfraquecimento ou abandono da fé na sacramentalidade do matrimónio e no poder terapêutico da penitência sacramental."

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Por ser de real interesse para os fiéis, aliada a sua repercussão nos meios de comunicação, reproduzo o Questionário  de que cuida o item III do documento preparatório:

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"III – Questionário

As seguintes perguntas permitem às Igrejas particulares participar ativamente na preparação do Sínodo Extraordinário, que tem a finalidade de anunciar o Evangelho nos atuais desafios pastorais a respeito da família. 

1 - Sobre a difusão da Sagrada Escritura e do Magistério da Igreja a propósito da família

a) Qual é o conhecimento real dos ensinamentos da Bíblia, da “Gaudium et spes”, da “Familiaris consortio” e de outros documentos do Magistério pós-conciliar sobre o valor da família segundo a Igreja católica? Como os nossos fiéis são formados para a vida familiar, em conformidade com o ensinamento da Igreja? 

b) Onde é conhecido, o ensinamento da Igreja é aceite integralmente. Verificam-se dificuldades na hora de o pôr em prática? Se sim, quais? 

c) Como o ensinamento da Igreja é difundido no contexto dos programas pastorais nos planos nacional, diocesano e paroquial? Que tipo de catequese sobre a família é promovida? 

d) Em que medida – e em particular sob que aspectos – este ensinamento é realmente conhecido, aceite, rejeitado e/ou criticado nos ambientes extra-eclesiais? Quais são os fatores culturais que impedem a plena aceitação do ensinamento da Igreja sobre a família?

2 - Sobre o matrimónio segundo a lei natural

a) Que lugar ocupa o conceito de lei natural na cultura civil, quer nos planos institucional, educativo e académico, quer a nível popular? Que visões da antropologia estão subjacentes a este debate sobre o fundamento natural da família? 

b) O conceito de lei natural em relação à união entre o homem e a mulher é geralmente aceite, enquanto tal, por parte dos batizados? 

c) Como é contestada, na prática e na teoria, a lei natural sobre a união entre o homem e a mulher, em vista da formação de uma família? Como é proposta e aprofundada nos organismos civis e eclesiais? 

d) Quando a celebração do matrimónio é pedida por batizados não praticantes, ou que se declaram não-crentes, como enfrentar os desafios pastorais que disto derivam? 

3 – A pastoral da família no contexto da evangelização

a) Quais foram as experiências que surgiram nas últimas décadas em ordem à preparação para o matrimónio? Como se procurou estimular a tarefa de evangelização dos esposos e da família? De que modo promover a consciência da família como “Igreja doméstica”? 

b) Conseguiu-se propor estilos de oração em família, capazes de resistir à complexidade da vida e da cultural contemporânea? 

c) Na atual situação de crise entre as gerações, como as famílias cristãs souberam realizar a própria vocação de transmissão da fé? 

d) De que modo as Igrejas locais e os movimentos de espiritualidade familiar souberam criar percursos exemplares? 

e) Qual é a contribuição específica que casais e famílias conseguiram oferecer, em ordem à difusão de uma visão integral do casal e da família cristã, hoje credível? 

f) Que atenção pastoral a Igreja mostrou para sustentar o caminho dos casais em formação e dos casais em crise? 

4 – Sobre a pastoral para enfrentar algumas situações matrimoniais difíceis

a) A convivência ad experimentum é uma realidade pastoral relevante na Igreja particular? Em que percentagem se poderia calculá-la numericamente? 

b) Existem uniões livres de facto, sem o reconhecimento religioso nem civil? Dispõem-se de dados estatísticos confiáveis? 

c) Os separados e os divorciados recasados constituem uma realidade pastoral relevante na Igreja particular? Em que percentagem se poderia calculá-los numericamente? Como se enfrenta esta realidade, através de programas pastorais adequados? 

d) Em todos estes casos: como vivem os batizados a sua irregularidade? Estão conscientes da mesma? Simplesmente manifestam indiferença? Sentem-se marginalizados e vivem com sofrimento a impossibilidade de receber os sacramentos? 

e) Quais são os pedidos que as pessoas separadas e divorciadas dirigem à Igreja, a propósito dos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação? Entre as pessoas que se encontram em tais situações, quantas pedem estes sacramentos? 

f) A simplificação da praxe canónica em ordem ao reconhecimento da declaração de nulidade do vínculo matrimonial poderia oferecer uma contribuição positiva real para a solução das problemáticas das pessoas interessadas? Se sim, de que forma? 

g) Existe uma pastoral para ir ao encontro destes casos? Como se realiza esta atividade pastoral? Existem programas a este propósito, nos planos nacional e diocesano? Como a misericórdia de Deus é anunciada a separados e divorciados recasados e como se põe em prática a ajuda da Igreja para o seu caminho de fé? 

5 - Sobre as uniões de pessoas do mesmo sexo

a) Existe no vosso país uma lei civil de reconhecimento das uniões de pessoas do mesmo sexo, equiparadas de alguma forma ao matrimónio? 

b) Qual é a atitude das Igrejas particulares e locais, quer diante do Estado civil promotor de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, quer perante as pessoas envolvidas neste tipo de união?

c) Que atenção pastoral é possível prestar às pessoas que escolheram viver em conformidade com este tipo de união? 

d) No caso de uniões de pessoas do mesmo sexo que adotaram crianças, como é necessário comportar-se pastoralmente, em vista da transmissão da fé? 

6 - Sobre a educação dos filhos no contexto das situações de matrimónios irregulares

a) Qual é nestes casos a proporção aproximativa de crianças e adolescentes, em relação às crianças nascidas e educadas em famílias regularmente constituídas? 

b) Com que atitude os pais se dirigem à Igreja? O que pedem? Somente os sacramentos, ou inclusive a catequese e o ensinamento da religião em geral? 

c) Como as Igrejas particulares vão ao encontro da necessidade dos pais destas crianças, de oferecer uma educação cristã aos próprios filhos? 

d) Como se realiza a prática sacramental em tais casos: a preparação, a administração do sacramento e o acompanhamento? 

7 - Sobre a abertura dos esposos à vida

a) Qual é o conhecimento real que os cristãos têm da doutrina da Humanae vitae a respeito da paternidade responsável? Que consciência têm da avaliação moral dos diferentes métodos de regulação dos nascimentos? Que aprofundamentos poderiam ser sugeridos a respeito desta matéria, sob o ponto de vista pastoral? 

b) Esta doutrina moral é aceite? Quais são os aspectos mais problemáticos que tornam difícil a sua aceitação para a grande maioria dos casais? 

c) Que métodos naturais são promovidos por parte das Igrejas particulares, para ajudar os cônjuges a pôr em prática a doutrina da Humanae vitae

d) Qual é a experiência relativa a este tema na prática do sacramento da penitência e na participação na Eucaristia? 

e) Quais são, a este propósito, os contrastes que se salientam entre a doutrina da Igreja e a educação civil? 

f) Como promover uma mentalidade mais aberta à natalidade? Como favorecer o aumento dos nascimentos? 

8 - Sobre a relação entre a família e a pessoa

a) Jesus Cristo revela o mistério e a vocação do homem: a família é um lugar privilegiado para que isto aconteça? 

b) Que situações críticas da família no mundo contemporâneo podem tornar-se um obstáculo para o encontro da pessoa com Cristo? 

c) Em que medida as crises de fé, pelas quais as pessoas podem atravessar, incidem sobre a vida familiar? 

9 - Outros desafios e propostas

Existem outros desafios e propostas a respeito dos temas abordados neste questionário, sentidos como urgentes ou úteis por parte dos destinatários?"

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O Papa Francisco quer, pois, saber a opinião dos fiéis sobre as questões novas ou controvertidas que afetam a família, como as que, em linhas gerais, foram expostas no trecho acima reproduzido do documento preparatório, bem como aquelas que foram objeto das perguntas diretas e explícitas do Questionário. 

As respostas do Questionário, somando 38 questões, ou perguntas, servirão de base para os trabalhos de debate do Sínodo dos Bispos.


Leia mais:

As 38 questões para o Sínodo sobre a família


A família e os seus desafios pastorais - uma reflexão em tempo de preparação do Sínodo

Sínodo sobre a Família: dioceses preparam síntese do Questionário


Fonte da primeira imagem:
https://docs.google.com/forms/d/1r4PtN-R_ZlWFAMjM91M0ZedPRZvidE8UntB1uqy_87Y/viewform

Fonte da segunda imagem:
http://arqrio.org/noticias/detalhes/1337/sinodo-dos-bispos-questionario-pretende-avaliar-a-familia-no-mundo-atual

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Para além do Programa Bolsa Família



Li e gostei do artigo escrito por Dom Aloísio Roque Oppermann, Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Uberaba (MG), publicado na página da CNBB, na internet, datado de 27 de novembro de 2013.

"Para além do Programa Bolsa Família" é um artigo que merece reflexão, e o próprio articulista a provoca nestes termos:

É preciso louvar o Bolsa Família, porque ajudar o semelhante é obra boa em qualquer circunstância. Mas já deu o que podia. Falta dar um passo adiante. Esse Programa é limitado por ser assistencialista. Em vez de formar homens livres, forma eleitores cativos. Ele não é libertador. Um técnico suíço da ONU, Jean Ziegler, prevê que, mesmo prolongando por mais 50 anos, não se resolvem os problemas.

Aqui me vem aquela figura da Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha na expressão do Papa Francisco:

«Vejo com clareza — continua — que aquilo de que a Igreja mais precisa hoje é a capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis, a proximidade. Vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha. É inútil perguntar a um ferido grave se tem o colesterol ou o açúcar altos. Devem curar-se as suas feridas. Depois podemos falar de tudo o resto. Curar as feridas, curar as feridas... E é necessário começar de baixo».

No caso do Bolsa Família, feitas as necessárias urgências, é tempo de avançar, para formar homens e mulheres livres, cidadãos e cidadãs.

Em tudo, desde as curas das feridas, que é o começar por baixo, até o "ensinar a pescar" e alçar as alturas de uma cidadania sadia e plena, o compromisso cristão deve estar presente. A Igreja precisa fazer-se próxima.

Sugiro, pois, a leitura do artigo "Para além do Programa Bolsa Família" aqui; e, na oportunidade, a releitura da entrevista do Papa Francisco concedida ao Diretor da revista La Civiltà Cattolica aqui.


Fonte da imagem:
http://www.portaldodelta.com/programa-bolsa-familia-vem-sendo-desvirtualizado-de-sua-real-funcao/

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Tempo Comum - Ano A - São Mateus (2013-2014) - 1ª fase



O Tempo Comum, primeira fase, se inicia no dia 13 de janeiro de 2014, segunda-feira, e vai até o dia 4 de março de 2014, terça-feira, inclusive.

A cor litúrgica é verde. A liturgia das celebrações dessa fase do Tempo Comum encontra-se às páginas 47 a 66 do Diretório da Liturgia - Ano A - São Mateus (2013-2014). O próprio do Tempo Comum (1ª semana) e domingos encontra-se às páginas 344 a 352 do Missal Romano (2ª edição típica para o Brasil). O próprio dos santos encontra-se, no mesmo Missal, às páginas 533 a 726.


Fonte da imagem:
http://ideeanunciai.wordpress.com/2012/01/17/vinde-apos-mim-eu-vos-farei-pescadores-de-homens-terceiro-domingo-do-tempo-comum-marcos-1-14-20/

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Missas na Casa Santa Marta: resumo das reflexões do Papa Francisco



O Papa Francisco vem celebrando toda manhã a Santa Missa na Casa Santa Marta, que fica nas dependências do Vaticano.

Os resumos das reflexões do Papa Francisco nas homilias das Santas Missas celebradas em cada manhã, que são de real importância para a vida de todos e da Igreja, podem ser conferidos na página oficial da agência News.Va clicando aqui.

É interessante registrar que a partir de janeiro de 2014 fiéis das paróquias da Diocese de Roma poderão participar da Santa Missa celebrada pelo Papa na Casa Santa Marta, conforme noticiado pelo Padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.


Fonte da imagem:
http://www.news.va/pt/sites/homilias

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Retrospectiva: o Papa Francisco no Brasil e a Jornada Mundial da Juventude



O Semanário Ecclesia publicou, em edição especial, a Visita Apostólica do Papa Francisco ao Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude - JMJ-2013.

A edição especial, datada de 30 de julho de 2013, me pareceu completa e muito bem ilustrada. É bonita e atraente.

Com o fim do ano de 2013, é gratificante recordar os inesquecíveis dias da Jornada e do Papa Francisco no Brasil.

Pois bem, para saborear tudo isso basta acessar a edição especial do Semanário Ecclesia, clicando aqui.


Fonte da imagem:
http://www.acatolica.com/2013/11/melhores-frases-de-francisco-no-brasil.html