Li e gostei do artigo escrito por Dom Aloísio Roque Oppermann, Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Uberaba (MG), publicado na página da CNBB, na internet, datado de 27 de novembro de 2013.
"Para além do Programa Bolsa Família" é um artigo que merece reflexão, e o próprio articulista a provoca nestes termos:
É preciso louvar o Bolsa Família, porque ajudar o semelhante é obra boa
em qualquer circunstância. Mas já deu o que podia. Falta dar um passo
adiante. Esse Programa é limitado por ser assistencialista. Em vez de
formar homens livres, forma eleitores cativos. Ele não é libertador. Um
técnico suíço da ONU, Jean Ziegler, prevê que, mesmo prolongando por
mais 50 anos, não se resolvem os problemas.
Aqui me vem aquela figura da Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha na expressão do Papa Francisco:
«Vejo com
clareza — continua — que aquilo de que a Igreja mais precisa hoje é a
capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis, a
proximidade. Vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma
batalha. É inútil perguntar a um ferido grave se tem o colesterol ou o
açúcar altos. Devem curar-se as suas feridas. Depois podemos falar de
tudo o resto. Curar as feridas, curar as feridas... E é necessário
começar de baixo».
No caso do Bolsa Família, feitas as necessárias urgências, é tempo de avançar, para formar homens e mulheres livres, cidadãos e cidadãs.
Em tudo, desde as curas das feridas, que é o começar por baixo, até o "ensinar a pescar" e alçar as alturas de uma cidadania sadia e plena, o compromisso cristão deve estar presente. A Igreja precisa fazer-se próxima.
Sugiro, pois, a leitura do artigo "Para além do Programa Bolsa Família" aqui; e, na oportunidade, a releitura da entrevista do Papa Francisco concedida ao Diretor da revista La Civiltà Cattolica aqui.
Fonte da imagem:
http://www.portaldodelta.com/programa-bolsa-familia-vem-sendo-desvirtualizado-de-sua-real-funcao/
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