quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Feliz e Próspero Ano Novo - 2016 !


“O importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá.”
(Madre Teresa de Calcutá)




Feliz e Próspero Ano Novo !



Fonte da frase:
http://www.frasesfamosas.com.br/frase/madre-teresa-de-calc-o-importante-nao-e-o-que-se-d/

Fonte da imagem:
http://www.dw.com/pt/madre-teresa-de-calcut%C3%A1-ser%C3%A1-canonizada-pelo-vaticano/a-18927526

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Retrospectiva 2015: Um ano com o Papa Francisco

A Igreja Católica Romana em ação no mundo, ou breve retrospectiva de 2015: um ano com o Papa Francisco.



Fonte do vídeo:
http://br.radiovaticana.va/news/2015/12/29/retrospectiva_2015_um_ano_com_papa_francisco/1197479

sábado, 26 de dezembro de 2015

Homilia do Papa Francisco na Santa Missa da Noite de Natal



O momento convida-nos a dar continuidade às alegrias do Natal do Senhor (E que bom se tal júbilo permanecesse ativo como algo sempre novo, sensivelmente motivador das nossas vidas!).

Nesse contexto, vamos reviver alguns desses momentos. E aqui me detenho na homilia do Papa Francisco proferida na Santa Missa da Noite do Natal do Senhor, 24 de dezembro de 2015. Destaco esta passagem:

Numa sociedade frequentemente embriagada de consumo e prazer, de abundância e luxo, de aparência e narcisismo, Ele chama-nos a um comportamento sóbrio, isto é, simples, equilibrado, linear, capaz de individuar e viver o essencial. Num mundo que demasiadas vezes é duro com o pecador e brando com o pecado, há necessidade de cultivar um forte sentido da justiça, de buscar e pôr em prática a vontade de Deus. No seio duma cultura da indiferença, que não raramente acaba por ser cruel, o nosso estilo de vida seja, pelo contrário, cheio de piedade, empatia, compaixão, misericórdia, extraídas diariamente do poço de oração.

Para ler isso e muito mais, reproduzo o texto completo da homilia:

Nesta noite, resplandece «uma grande luz» (Is 9, 1); sobre todos nós, brilha a luz do nascimento de Jesus. Como são verdadeiras e actuais as palavras que ouvimos do profeta Isaías: «Multiplicaste a alegria, aumentaste o júbilo» (9, 2)! O nosso coração já estava cheio de alegria vislumbrando este momento; mas, agora, aquele sentimento multiplica-se e sobreabunda, porque a promessa se cumpriu: finalmente realizou-se. Júbilo e alegria garantem-nos que a mensagem contida no mistério desta noite provém verdadeiramente de Deus. Não há lugar para a dúvida; deixemo-la aos cépticos, que, por interrogarem apenas a razão, nunca encontram a verdade. Não há espaço para a indiferença, que domina no coração de quem é incapaz de amar, porque tem medo de perder alguma coisa. Fica afugentada toda a tristeza, porque o Menino Jesus é o verdadeiro consolador do coração.

Hoje, o Filho de Deus nasceu: tudo muda. O Salvador do mundo vem para Se tornar participante da nossa natureza humana: já não estamos sós e abandonados. A Virgem oferece-nos o seu Filho como princípio de vida nova. A verdadeira luz vem iluminar a nossa existência, muitas vezes encerrada na sombra do pecado. Hoje descobrimos de novo quem somos! Nesta noite, torna-se-nos patente o caminho que temos de percorrer para alcançar a meta. Agora, deve cessar todo o medo e pavor, porque a luz nos indica a estrada para Belém. Não podemos permanecer inertes. Não nos é permitido ficar parados. Temos de ir ver o nosso Salvador, deitado numa manjedoura. Eis o motivo do júbilo e da alegria: este Menino «nasceu para nós», foi-nos «dado a nós», como anuncia Isaías (cf. 9, 5). A um povo que, há dois mil anos, percorre todas as estradas do mundo para tornar cada ser humano participante desta alegria, é confiada a missão de dar a conhecer o «Príncipe da paz» e tornar-se um instrumento eficaz d’Ele no meio das nações.

Por isso, quando ouvirmos falar do nascimento de Cristo, permaneçamos em silêncio e deixemos que seja aquele Menino a falar; gravemos no nosso coração as suas palavras, sem afastar o olhar do seu rosto. Se O tomarmos nos nossos braços e nos deixarmos abraçar por Ele, dar-nos-á a paz do coração que jamais terá fim. Este Menino ensina-nos aquilo que é verdadeiramente essencial na nossa vida. Nasce na pobreza do mundo, porque, para Ele e sua família, não há lugar na hospedaria. Encontra abrigo e protecção num estábulo e é deitado numa manjedoura para animais. E todavia, a partir deste nada, surge a luz da glória de Deus. A partir daqui, para os homens de coração simples, começa o caminho da verdadeira libertação e do resgate perene. Deste Menino, que, no seu rosto, traz gravados os traços da bondade, da misericórdia e do amor de Deus Pai, brota – em todos nós, seus discípulos, como ensina o apóstolo Paulo – a vontade de «renúncia à impiedade» e à riqueza do mundo, para vivermos «com sobriedade, justiça e piedade» (Tt 2, 12).

Numa sociedade frequentemente embriagada de consumo e prazer, de abundância e luxo, de aparência e narcisismo, Ele chama-nos a um comportamento sóbrio, isto é, simples, equilibrado, linear, capaz de individuar e viver o essencial. Num mundo que demasiadas vezes é duro com o pecador e brando com o pecado, há necessidade de cultivar um forte sentido da justiça, de buscar e pôr em prática a vontade de Deus. No seio duma cultura da indiferença, que não raramente acaba por ser cruel, o nosso estilo de vida seja, pelo contrário, cheio de piedade, empatia, compaixão, misericórdia, extraídas diariamente do poço de oração.

Como os pastores de Belém, possam também os nossos olhos encher-se de espanto e maravilha, contemplando no Menino Jesus o Filho de Deus. E, diante d’Ele, brote dos nossos corações a invocação: «Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia, concede-nos a tua salvação» (Sal 85/84, 8).

Confira o vídeo da Santa Missa aqui.


Fonte do texto da homilia:
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2015/documents/papa-francesco_20151224_omelia-natale.html

Fonte da imagem:
http://livrosmarianos.blogspot.com.br/2014/12/os-simbolos-do-natal.html

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Feliz e Santo Natal do Senhor !


“Vejam! O Criador do ser humano se fez homem para que, Aquele que governa do mundo sideral, se alimentasse de leite; para que o Pão tivesse fome; para a Fonte tivesse sede, a Luz adormecesse, o Caminho se fatigasse na viagem, a Verdade fosse acusada por falsos testemunhos, o Juiz dos vivos e dos mortos fosse julgado por um juiz mortal, a Justiça fosse condenada pelos injustos, a Disciplina fosse açoitada com chicotes, o Cacho de uvas fosse coroado de espinhos, o Alicerce fosse pendurado no madeiro; para que a Virtude se enfraquecesse, a Saúde fosse ferida e morresse a própria Vida”
(Santo Agostinho, Sermão 191,1: PL 38,1010).




Feliz e Santo Natal do Senhor!



Fonte do texto:
http://www.agustinosrecoletos.com/news/view/258-ultimas-noticias-actualidad/265-natal-segundo-santo-agostinho

Fonte da imagem:
http://verbo-pai.blogspot.com.br/2015/12/novena-de-natal-5-dia.html

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Tempo do Natal do Ano C - São Lucas (2015-2016)



O Natal do Senhor está chegando!

Com o término do Tempo do Advento, inicia-se o Tempo do Natal.

O Tempo do Natal se inicia com Vésperas da Solenidade do Natal do Senhor e termina com a Festa do Batismo do Senhor. Ou seja, o Tempo do Natal começa no dia 24 de dezembro de 2015, quinta-feira, com as Primeiras Vésperas, e termina no dia 10 de janeiro de 2016, Domingo, com a Festa do Batismo do Senhor.

No Tempo do Natal, a cor litúrgica é branca. Na celebração do Natal do Senhor, podem ser usadas vestes sagradas festivas ou mais nobres (Instrução Geral do Missal Romano, n. 346, g, e Instrução Redemptionis Sacramentum, n. 127).

Quais são, então, as cores para esse dia mais solene? São, por exemplo, as cores dourada e prateada.

A Missa do Natal do Senhor é celebração festiva: as cores, as luzes, as flores, os cantos...


Leia mais:




Fonte da imagem:
http://arquidiocesecampinas.com/natal-de-nosso-senhor-jesus-cristo.html

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Diocese de Santos: Jubileu da Misericórdia com gestos concretos



Para a melhor vivência e proveito do Ano Santo da Misericórdia na Diocese de Santos (SP), Dom Tarcísio Scaramussa, SDB, editou o "Decreto para o Ano Santo da Misericórdia 2015-2016", onde estão explicitadas as ações concretas propostas e as condições para ganhar Indulgência Plenária, cujo texto completo pode ser lido aqui.

Dom Tarcísio está, pois, impulsionando e motivando a vivência do Jubileu Extraordinário da Misericórdia na sua Diocese.

No dia 11 de dezembro de 2015, sexta-feira, às 19h30, Dom Tarcísio presidirá a solene Missa de inauguração do Ano Santo da Misericórdia, na Catedral de Santos, com a abertura da Porta Santa.

Em linguagem simples e concisa, vejamos o vídeo em que Dom Tarcísio conclama os fiéis a viverem o Ano Santo da Misericórdia 2015-2016 com gestos concretos:



Leia mais:

(Jubileu Extraordinário da Misericórdia: Missa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, Praça de São Pedro, 8 de dezembro de 2015, terça-feira)

O que é um Jubileu e um Ano Santo?


Fonte da imagem:
https://pebesen.wordpress.com/2015/04/18/proclamacao-do-jubileu-da-misericordia/

domingo, 6 de dezembro de 2015

Acompanhe o Jubileu da Misericórdia



O Jubileu Extraordinário da Misericórdia proclamado pelo Papa Francisco será aberto no Vaticano (abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro), no dia 8 de dezembro de 2015, terça-feira, data em que a Igreja celebra a Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.

Confira os detalhes do desenvolvimento do Jubileu da Misericórdia, acessando aqui. Por exemplo:

O Jubileu que terá início no dia 8 de dezembro será uma experiência de misericórdia que permitirá a todos experimentar o amor de Deus. Assim o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Arcebispo Rino Fisichella, iniciou a apresentação esta manhã, 4, na Sala de Imprensa da Santa Sé, do desenvolvimento do Jubileu da Misericórdia, que será aberto com uma celebração presidida pelo Papa Francisco no Basílica e na Praça São Pedro no dia 8, às 9h30. A Rádio Vaticano transmitirá a cerimônia, com comentários em português, a partir das 6h20, horário de Brasília.

Pela primeira vez na história dos Jubileus, no domingo dia 13 serão abertas as Portas Santas em todas as Catedrais do mundo. A data coincide com as celebrações do 50º aniversário de conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II.


Leia mais:

O que é um Jubileu e um Ano Santo?


Fonte da imagem:
http://www.iubilaeummisericordiae.va/content/gdm/pt/news/evidenza/2015-10-06-pcpne.html

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Tempo do Advento - Ano C - São Lucas (2015-2016)



Nos dizeres das Normas Universais do Ano Litúrgico,

O Tempo do Advento começa com as Primeiras Vésperas do domingo que cai no dia 30 de novembro ou no domingo que lhe fica mais próximo, terminando antes das Primeiras Vésperas do Natal do Senhor (n. 40).

Em outras palavras, o Tempo do Advento do Ano C - São Lucas (2015-2016) começa na tarde de sábado do dia 28 de novembro de 2015, quando já se celebra a liturgia (Missa Vespertina) do Primeiro Domingo do Advento, e termina na quinta-feira do dia 24 de dezembro de 2015, antes do cair da tarde.

Um símbolo bem popular que acompanha esse Tempo é a Coroa do Advento. E, para maiores detalhes, conferir aqui.

A cor litúrgica é roxa, podendo ser usada a rósea no Terceiro Domingo do Advento (dia 13 de dezembro de 2015), que também se denomina Domingo Gaudete.


Leia mais:

Meditações para o caminho de Advento, por José Tolentino Mendonça

Hora da Missa Vespertina


Fonte da imagem:
http://gporainhadapaz.blogspot.com.br/2014/12/que-maravilhoso-e-belo-e-o-tempo-do.html

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Ano Novo Litúrgico: Ano C - São Lucas (2015-2016)



O ano novo litúrgico está chegando!

Como já postado, o tempo litúrgico se desenvolve em ritmos diário, semanal e anual. O ritmo anual compreende três ciclos. No primeiro, chamado ciclo A, lê-se o Evangelho de Mateus; no segundo, chamado ciclo B, lê-se o Evangelho de Marcos; e no terceiro, chamado ciclo C, lê-se o Evangelho de Lucas.

O próximo ano litúrgico é o ano C - São Lucas (2015-2016).

O novo ano litúrgico (Ano C - São Lucas) já começa no sábado, dia 28 de novembro de 2015, à tarde, com as Primeiras Vésperas do Primeiro Domingo do Advento, e termina no dia 26 de novembro de 2016, sábado, antes das Primeiras Vésperas.


Fonte da imagem:
http://catequesederendufinho.blogspot.com.br/p/ano-liturgico.html

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Diretório da Liturgia - 2016



O Diretório da Liturgia - Ano C - São Lucas (2015-2016) foi lançado pelas Edições CNBB nas versões brochura (imagem acima), espiral e de bolso. E já se encontra à venda nas livrarias católicas.

Sobre a importância do Diretório da Liturgia e outras informações podem ser conferidas aqui.

Esclareça-se que todo o Tempo do Advento e parte do Tempo do Natal do Ano C - São Lucas (2015-2016) encontram-se no Diretório da Liturgia - 2015 (páginas 195-214).


Leia mais:

O ano litúrgico e o calendário


Fonte da imagem:
http://www.edicoescnbb.com.br/liturgia/diretorio-da-liturgia-2016-brochura

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Cartaz divulgado em rede social desvirtua a noção de família

O homem hoje já não é capaz de formas de discernimento que ultrapassem o fôlego curto do útil e do imediato: já não reconhece o que corresponde ou o que repele as peculiaridades que o tornam verdadeiro homem. 
(Gerhard Ludwig Müller, Pobre para os pobres: A missão da Igreja, Paulus Editora, Lisboa, pp. 93-94)


O Papa Francisco, na recente Viagem Apostólica aos Estados Unidos da América do Norte, afirmou solenemente que a família tem uma carta de cidadania divina.

Porém, não é, assim, como pensa um órgão público do Brasil. Com efeito, o Conselho Nacional do Ministério Público divulgou em rede social (Facebook) cartaz com imagens de bonequinhos, expandindo indevidamente a noção de família, para defini-la como pessoas que se amam e querem ficar juntas ou, como se desponta do cartaz, pessoas e animais que se amam. Ou ainda, como dito na rede social: 

Família = pessoas que se amam e querem ficar juntas

O cartaz acima instila mais. Pelas imagens do cartaz, uma mulher e um felino (gata/o) é uma família! 

É uma situação simplesmente grotesca!

Diante do que o cartaz injeta no imaginário da opinião pública, move a dizer que uma pessoa montada num cavalo possa constituir uma família (pessoa e cavalo). Para a instituição divulgadora do cartaz, isso não é inimaginável!

Na contramão do que incita o cartaz, Jacques Leclercq, com claridade e segurança, aponta o caminho da essência da instituição familiar em A Família (Editora Quadrante e Editora da Universidade de São Paulo, SP):

A sexualidade tem sido estudada no nosso tempo mais do que em nenhum outro, e nesses estudos sublinhou-se a repercussão do sexo sobre o conjunto da personalidade, não somente física, mas intelectual e moral, como também se fez notar até que ponto o homem e a mulher são complementares um do outro, de todos os pontos de vista. A conclusão que daí se desprende é que a união dos sexos não é somente física nem se limita às satisfações propriamente físicas da união, mas tem um caráter moral que exige a união da vida comum, a entreajuda mútua em todas as atividades. O amor dá ao homem e à mulher o desejo dessa união. 
[...]
O amor humano tem, pois, por objeto a união tão completa quanto possível de um homem e de uma mulher que encontram um no outro o seu complemento.
[...]
O homem e a mulher têm necessidade um do outro em toda a progressão de suas vidas, e a vida é um todo contínuo. O desenvolvimento da personalidade masculina reclama a união com uma personalidade feminina correspondente, e o mesmo se passa, em sentido contrário, com a personalidade feminina. (pp. 14-15)

A religião tem muito a ver com a família. Pontes de Miranda reconhece, em sua clássica obra Introdução à Sociologia Geral (Editora Forense, Rio, 2ª edição), que:

Todas as religiões desenvolvem, em sistema de valores, o seu plano de adaptação acima da moral, da economia, do direito, da política. (p. 160)

Ainda esse grande jurista brasileiro:

É por isto que, em certo sentido, a religião julga a moral e esta o direito. (p. 17)

Rodolfo Sacco escreveu, entre outras obras, um livro sobre a antropologia voltada para a área jurídica intitulado Antropologia jurídica: contribuição para uma macro-história do direito (Editora WMF Martins Fontes, São Paulo, p. 315), onde constata que:

Do matrimônio e da filiação, nasce a família nuclear, instituição universal, que satisfaz determinadas necessidades sexuais, econômicas, reprodutivas, educativas.

Genuínos direitos fundamentais são aqueles reconhecidos pelo Estado, isto é, são aqueles que o Estado fundamentalmente os declara, não os cria. Tais direitos antecedem ao Estado. A família é um deles. Ela precede ao Estado.

A família tem seu germe na relação entre um homem e uma mulher. Disso se segue que, para o Direito Civil, ela é declarada pelo instituto do casamento (Art. 1514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados); e, para o Direito Canônico, a família é firmada pelo sacramento do matrimônio (pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si o consórcio de toda vida..., cfr. cânone 1055, § 1).

Nas normas de ambos os Códigos (Direito Civil e Direito Canônico) não se registram, e de outra forma não poderia ser, pessoas outras que não sejam o homem e a mulher a gestar uma família. Figuras outras, eventuais, que escapem a esse figurino estruturante da sociedade, e também divino, podem ter outros nomes (para coisa nova, nome novo), mas nunca o nome de família. A semente da família está no encontro entre um homem e uma mulher. E não entre dois homens ou duas mulheres, e muito menos entre uma pessoa e um ou mais animais (ainda que domésticos).

O Conselho Nacional do Ministério Público está vulgarizando, banalizando o conceito de família perante a opinião pública. É isso é muito ruim!

A família tem sua base nuclear no amor que leva à união de um homem e de uma mulher

Ademais, o povo brasileiro, na sua quase totalidade, tem na sua gênese a formação religiosa judaico-cristã.

O amor é o eixo do cristianismo. Nesse sentido, Romano Guardini afirma-o em O mundo e a pessoa: ensaio para uma doutrina cristã do homem (Livraria Duas Cidades, São Paulo, p. 207):

Diz-se - e o Novo Testamento parece confirmá-lo - , que o cristianismo é a religião do amor.

O reducionismo do amor a interesse ou a gosto pessoal contradiz com a matriz de formação do povo brasileiro.

Concluo com as palavras do grande estadista britânico Winston Churchill:

Onde a família começa? Ela começa com um jovem se apaixonando por uma garota - nenhuma alternativa superior foi encontrada ainda.


Leia mais:


Fonte da imagem:
https://www.facebook.com/cnmpoficial/photos/a.320163384712345.73373.188813301180688/973550232706987/?type=3&theater

sábado, 24 de outubro de 2015

Quais são os "poderes" de um diácono permanente?



O canonista Edson Sampel escreveu o artigo sob o título Quais são os "poderes" de um diácono permanente?, divulgado em 21 de outubro de 2015 pela Agência Zenit, que reproduzo a seguir:

Antes de darmos uma resposta à pergunta sobre os “poderes diaconais”, é importante lembrar que o Concílio Vaticano II felizmente restaurou a figura do diácono permanente, cuja origem se encontra nos primórdios do cristianismo (At 6, 1-6). 

Vamos, agora, direto ao ponto, pois há bastantes dúvidas por parte dos católicos. Afinal de contas, um leigo (ou uma leiga), com autorização especial, em determinadas circunstâncias, pode executar qualquer ofício litúrgico ou eclesiástico atribuído a um diácono? A resposta é afirmativa. E a explicação é assaz simples: o diácono frui do sacerdócio comum de todos os fiéis. Por exemplo, tanto quanto um leigo, o diácono, transitório ou permanente, não pode celebrar uma missa. O diácono permanente não é um sacerdote, como o são o presbítero (padre) e o bispo. Por este motivo, em vista do papel desempenhado pelos chamados leigos ministros extraordinários, muitas dioceses ainda não viram a necessidade pastoral de ordenar homens casados para o diaconato. Em alguns lugares, por exemplo, leigos de vida ilibada assistem aos matrimônios, após o beneplácito do bispo, com a competente delegação da testemunha qualificada, isto é, do pároco. 

As atribuições próprias do diácono permanente não decorrem do sacramento da ordem, mas do direito canônico; vale dizer, do código ou de leis extravagantes. Por exemplo, o diácono permanente, no rito latino, é ministro ordinário do sacramento do batismo (cânon 861, § 1.º), embora a administração do referido sacramento seja encargo precípuo do pároco (cânon 530, 1.º). Sem embargo, qualquer ser humano, varão ou mulher, católico, acatólico ou mesmo ateu, dispõe do “poder” de batizar. Já não se dirá o mesmo, por exemplo, com a função de, no confessionário, perdoar os pecados em nome de Jesus, conferida tão somente aos padres e bispos, por força do sacramento da ordem, recebido em segundo e terceiro graus, respectivamente. As bênçãos dadas por um diácono permanente a objetos de uso piedoso, disciplinadas pelo direito canônico, estão teologicamente fundamentadas na vocação evangelizadora de que gozam todos os batizados. 

Em resumo, os ditos “poderes” do diácono permanente não advém do sacramento da ordem, e sim do sacramento do batismo, porquanto o diácono permanente, tal como o leigo, está revestido do sacerdócio comum e não do sacerdócio ministerial. 

De qualquer modo, fique clara uma coisa: não é adequado usar a palavra “poder”, para criar uma distinção sacramental entre os membros da hierarquia (diáconos, padres e bispos) e os leigos, 90 por cento do povo de Deus. Desta feita, não se é um cristão mais santo, em virtude da recepção do sacramento da ordem. Um bispo não é melhor que um padre ou que uma leiga. Não se há de nutrir uma visão mágica dos sacramentos! A propósito, o papa Francisco explicitou bem este tema, demonstrando que a única diferença ontológica e teologal entre os seres humanos repousa no sacramento do batismo, disponível a quem quiser. Escreveu o vigário de Cristo: “O sacerdócio ministerial é um dos meios que Jesus utiliza a serviço do seu povo, mas a grande dignidade vem do batismo, acessível a todos.” (Evangelii Gaudium, n. 104). E conclui o bispo de Roma: “Na Igreja, as funções não dão justificação à superioridade de uns sobre os outros. Com efeito, uma mulher, Maria, é mais importante do que os bispos.” (Idem).


Fonte do texto reproduzido:
http://www.zenit.org/pt/articles/quais-sao-os-poderes-de-um-diacono-permanente

Fonte da imagem:
http://oanunciador.com/2011/04/08/conheca-identidade-e-desafios-do-diaconato-permanente/

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Acompanhe o Sínodo dos Bispos sobre a Família



Os trabalhos do Sínodo da Família já se iniciaram nesta segunda-feira (dia 5/10) e vão até 25 de outubro de 2015, cujo acompanhamento diário pode ser feito aqui.


Leia mais:

A família, de acordo com o Papa Francisco


Fonte da imagem:
http://www.duc-in-altum.com.br/papa_francisco_homilia_diaria.html

domingo, 4 de outubro de 2015

Família: Missa de abertura da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos



Presidida pelo Papa Francisco, veja aqui a Missa do XXVII Domingo do Tempo Comum (4/10/2015), celebrada na abertura da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que tem por tema "A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo".

«Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor chegou à perfeição em nós» (1 Jo 4, 12). 

As Leituras bíblicas deste Domingo parecem escolhidas de propósito para o evento de graça que a Igreja está a viver, ou seja, a Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos que tem por tema a família e é inaugurada com esta celebração eucarística.

Aquelas estão centradas em três argumentos: o drama da solidão, o amor entre homem-mulher e a família.

Essas e outras passagens da homilia do Papa Francisco podem ser lidas aqui.

Vale lembrar que hoje, dia 4 de outubro, a abertura do Sínodo da Família coincide com a celebração da memória de São Francisco de Assis. O Cardeal Jorge Mario Bergoglio, uma vez eleito Papa, passou a utilizar o nome Francisco, em referência ao Santo de Assis. Tal concurso de circunstâncias é bom, deita luzes na compreensão dos desígnios divinos.



Fonte da primeira imagem:
http://www.a12.com/formacao/detalhes/a-caminho-do-sinodo-ordinario-em-2015

Fonte da segunda imagem:
http://www.agr1324-cne-escutismo.org/Lobitos/index.php/sao-franscisco

sábado, 3 de outubro de 2015

A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo



No dia 4 de outubro de 2015, Domingo, será inaugurada no Vaticano a XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que se prolongará até o dia 25 de outubro, para tratar do tema "A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo".

Toda a Igreja estará atenta aos trabalhos da referida assembleia sinodal.


Confiemos os frutos do Sínodo à ação do Espírito Santo, orando:


Oração à Sagrada Família

Jesus, Maria e José, em vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor; a Vós, com confiança, nos dirigimos. 

Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, escolas autênticas do Evangelho e pequenas Igrejas domésticas. 

Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais se faça, nas famílias, experiência de violência, egoísmo e divisão: quem ficou ferido ou escandalizado depressa conheça consolação e cura. 

Sagrada Família de Nazaré, que o próximo Sínodo dos Bispos possa despertar, em todos, a consciência do caráter sagrado e inviolável da família, a sua beleza no projeto de Deus. 

Jesus, Maria e José, 
escutai, atendei a nossa súplica.


Leia mais:

Relatio Synodi da III Assembleia Geral Extraordinária (5-19 de outubro de 2014)


Fonte da imagem:
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/nacional/sinodo-2015-bispo-de-portalegrecastelo-branco-pede-oracao-pelas-familias/

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A família tem uma carta de cidadania divina, afirma Papa Francisco



No Encontro Mundial das Famílias - 2015, em Filadélfia (Estados Unidos da América do Norte), o Papa Francisco, deixando de lado o texto oficial, fez, de forma espontânea, o discurso que abaixo reproduzo:

“Queridos irmãos e irmãs, queridas famílias A beleza nos leva a Deus. Um testemunho verdadeiro nos leva a Deus. Porque Deus também é verdade. Beleza e Verdade. E um testemunho dado para servir é bom, nos faz bons, porque Deus é bondade. Todos os bons, todos os verdadeiros, toda a beleza nos levam a Deus, porque Deus é bom, é belo, é verdade. Obrigado a todos, a todos que deram testemunho, e a presença de vocês que também é um testemunho de que vale a pena a vida em família. De que uma sociedade cresce forte, cresce boa, cresce sólida se se edifica na família. 

Uma vez, uma criança me perguntou. Sabem, crianças fazem perguntas difíceis. Padre, o que Deus fazia antes de criar o mundo? 

Lhes asseguro que me custou muito responder. E disse o que vou dizer agora: antes de criar o mundo, Deus amava, porque Deus é amor. 

Era tal o amor, do Pai, Filho e Espírito Santo que transbordava, não sei se e muito teológico, era tão grande que não poderia ser egoísta, tinha que sair de si mesmo. Para compartilhar o amor quem ele amava, e então Ele criou esse mundo lindo em que vivemos. E, por estarmos um pouco confusos, o estamos destruindo. Mas o mais lindo que Deus fez foi a família. 

Criou o homem e a mulher, e lhes entregou tudo. O mundo. Cresçam, multipliquem-se, cultivem a terra, façam produzir, crescer, com todo o amor que fez a Criação, entregou a uma família. Todo o amor, a beleza e entrega a família... quando essa abre os braços e recebe. 

Não existe paraíso na terra. Existem problemas, porque por astúcia do diabo os homens aprenderam a se dividir. Todo esse amor que Deus nos deu, foi quase perdido. Em pouco tempo, o primeiro crime, o primeiro fratricídio. Um irmão mata outro irmão. A guerra, o amor, a beleza e a verdade de Deus e a destruição da guerra, e entre essas duas posições, caminhamos hoje. 

Cabe a nós escolher, decidir o caminho que queremos seguir. Vamos para trás...quando o homem e sua mulher se equivocaram, Deus não os abandonou. É muito grande o amor de Deus, que começou então a caminhar com seu povo até que chegou o momento justo e deu a maior expressão de seu Amor, seu Filho: e para onde mandou seu Filho? A um palácio, uma empresa... não, mandou-O a uma família. 

Pôde fazer isso porque era uma família que tinha o amor aberto ao coração, as portas abertas. Pensemos em Maria, não poderia acreditar. Como isso pode acontecer? Quando explicaram, ela obedeceu. Pensemos em José, cheio de planos e, de repente, se encontra nessa situação que não entende, mas aceita. E em obediência, de amor de Maria e José, se dá uma família em que Deus vem. Deus sempre bate às portas dos corações. Ele gosta de fazer isso. Ele sai de dentro. Mas sabe o que mais gosta? Bater às portas das famílias, encontrar famílias que se amam, que fazem crescer seus filhos, que os levam adiante, que criam uma sociedade de bondade, de verdade e de beleza. 

Estamos na festa da família. A família tem cidadania divina. A carta de identidade que elas têm foi dada por Deus para que no coração da famílias cresçam a bondade, verdade e beleza. 

Alguns podem dizer. Padre, você fala isso porque é solteiro. A família tem dificuldade. Em família discutimos. A família, às vezes quebra pratos. Nas famílias, os filhos dão dor de cabeça, não falemos das sogras. 

Mas, nas famílias, sempre há cruz. Porque o amor de Deus, do Filho de Deus, também nos abriu esse caminho. Mas nas famílias depois da cruz há ressurreição, porque o Filho de Deus nos abriu esse caminho. Por isso a família é uma fábrica de esperança, de esperança e ressurreição. Deus abriu este caminho e os filhos, dão trabalho, sim. Nós como filhos demos trabalho. Às vezes, em casa, vejo alguns de meus colaboradores que vêm trabalhar com olheiras, que têm um bebe de 1 mês, 2 meses...e pergunto: não dormiste? - Não pude porque eles não dormiram a noite toda. Na família há dificuldades. Mas essas dificuldades se superam com amor. O ódio não supera nenhuma dificuldade.

A divisão dos corações não supera nenhuma dificuldade. Somente o amor é capaz de superar. O amor é festa. O amor é alegria. O amor é seguir em frente. Não quero falar muito porque já é tarde, mas queria dizer de dois pontos sobre as famílias. 

Queria que se tivesse... não só queria, mas temos que ter cuidado: das crianças e dos avós. 

As crianças e os jovens são a força, são aqueles nos quais colocamos as esperanças. Os avós são a memória das famílias. São os que nos deram a fé, nos transmitiram a fé. Cuidar dos avós e das crianças é a mostra do amor, não sei se maior, mas mais promissor da família, porque promete o futuro. Um povo que não sabe cuidar das crianças e um povo que não sabe cuidar dos avós é um povo sem futuro. Porque não tem a força e não tem a memória que o leva adiante. 

A família é beleza, mas tem problemas. Às vezes há inimizades. Maridos que brigam com as mulheres, os filhos que não se entendem com os pais. Lhes sugiro um conselho: nunca terminem um dia sem fazer as pazes. Em uma família não se pode terminar o dia em guerra. Que Deus os abençoe. Que Deus lhes dê a força que lhes anime a seguir adiante. Cuidemos a família, defendamos a família, porque aí está em jogo o nosso futuro. Rezem por mim”.

O fato de a família ter uma carta de cidadania divina coloca-a em situação privilegiada. Não é a lei dos homens que a cria, competindo, sim, a lei humana reconhecê-la. Ela antecede à lei dos homens. E isso é muito importante!


Fonte do texto: 
http://br.radiovaticana.va/news/2015/09/27/papa_na_festa_das_fam%C3%ADlias_%E2%80%9Ca_fam%C3%ADlia_tem_cidadania_divina%E2%80%9D/1175036

Fonte da imagem:
http://www.acidigital.com/noticias/apresentado-no-vaticano-o-encontro-mundial-das-familias-filadelfia-2015-53220/

domingo, 13 de setembro de 2015

Misericórdia - O agir do Pai: o agir dos filhos

A misericórdia de Deus é a sua responsabilidade por nós.
 (Papa Francisco)




Misericórdia é categoria bíblica muito realçada pelo Papa Francisco, própria do Deus da Bíblia, cuja visibilidade encarnada foi expressada nestes precisos termos na abertura da Bula Misericordiae Vultus - O rosto da misericórdia:
Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai.
A misericórdia é tão importante, norte do viver cristão, que mereceu ser objeto de um ano de graça, porque, como diz o Papa:
Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai (Misericordiae Vultus, n. 3)
Nessa linha de conscientização e ação, Francisco proclamou um Jubileu Extraordinário da Misericórdia. É um Ano Santo, que começa no dia 8 de dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição, e termina no dia 20 de dezembro de 2016, solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo.

A misericórdia dá concretude ao amor e ela constitui o modo do agir de Deus para conosco, como dá contas o Papa Francisco:
Na Sagrada Escritura, como se vê [refere-se, entre outras expressões da misericórdia divina, a parábolas ricas em misericórdia extraídos de Lucas e Mateus], a misericórdia é a palavra-chave para indicar o agir de Deus para conosco. Ele não Se limita a afirmar o seu amor, mas torna-o visível e palpável. Aliás, o amor nunca poderia ser uma palavra abstrata. Por sua própria natureza, é vida concreta: intenções, atitudes, comportamentos que se verificam na atividade de todos os dias. A misericórdia de Deus é a sua responsabilidade por nós. Ele sente-Se responsável, isto é, deseja o nosso bem e quer ver-nos felizes, cheios de alegria e serenos. E, em sintonia com isto, se deve orientar o amor misericordioso dos cristãos. Tal como ama o Pai, assim também amam os filhos. Tal como Ele é misericordioso, assim somos chamados também nós a ser misericordiosos uns para com os outros. (Misericordiae Vultus, n. 9).
Por tudo isso,
É o tempo de regresso ao essencial, para cuidar das fraquezas e das dificuldades dos nossos irmãos. (Misericordiae Vultus, n. 10)
Para enriquecer o tema, tomo a liberdade de reproduzir as palavras de Luís Alonso Schökel, SJ (1920-1998), sobre a misericórdia, extraídas do Vocabulário de Notas Temáticas que acompanha a Bíblia do Peregrino:
Misericórdia. A misericórdia divina é a qualidade quase predominante de Deus com relação ao homem; inclui os aspectos de compaixão, ternura, clemência, piedade, paciência, tolerância. A rigor, todo benefício de Deus ao homem tem caráter de misericórdia, pois não se baseia em direitos ou méritos humanos. Entra na definição de Deus (Ex 34,6; Sl 86,15; 103,8). Sua extensão é universal (Jonas); sua duração, eterna (Sl 136, com estribilho comum na liturgia). Motiva a prece e funda a confiança. Adia o castigo, mitiga-o e até mesmo o suspende, e triunfa libertando o necessitado. A misericórdia é o arco extremo que abrange todas as etapas históricas e estabelece a última: porque a misericórdia de Deus torna a conversão possível e a transformação do homem real. O homem deve ser misericordioso com seu próximo (Pr 3,27; 20,28; Eclo 40,17; Sb 12,19). NT: a) Jesus dá mostras constantes de misericórdia em sentimento e em obras: à multidão (Mc 6,34), aos doentes (Mt 14,14), à viúva (Lc 7,13); preocupa-se, compadece-se (Hb 4,15); assim se revela o perfil de seu Pai. b) Deus é rico em misericórdia (Ef 2,4, Cf. Ex 34,6), pela qual nos salva (Tt 3,5), nos regenera (1Pd 1,3); na parábola do filho pródigo (Lc 15,20), com os pagãos (Rm 15,9), o leva como título (2Cor 1,3); pelo que o homem deve imitá-lo (Lc 6,36). c) O cristão: tem uma bem-aventurança (Mt 5,7), o bom samaritano ((Lc 10,33), o mau administrador (Mt 18,33); sentimentos (Cl 3,12); vale mais que o sacrifício (Mt 9,13) e que as observâncias (Mt 23,23).
O Salmo 136 (135) a que recorre a Misericordiae Vultus (n. 7) não se cansa de reiterar a cada versículo essa qualidade que entra na definição de Deus (Luís Alonso Schökel), porque é eterna sua misericórdia.
Neste Jubileu, deixemo-nos surpreender por Deus. Ele nunca Se cansa de escancarar a porta do seu coração, para repetir que nos ama e deseja partilhar conosco a sua vida. (Misericordiae Vultus, n. 25).
Não se pode deixar de mencionar que a misericórdia divina foi muito cara a João Paulo II, que dedicou a ela a Carta Encíclica Dives in Misericordia sobre a Misericórdia Divina, onde o Papa diz: 
O amor misericordioso, é sobretudo indispensável entre aqueles que estão mais próximos: os cônjuges, os pais e os filhos e os amigos; e é de igual modo indispensável na educação e na pastoral. (Dives in Misericordia, n. 14.)
O Pontifício Conselho para Promoção da Nova Evangelização, responsável pela organização do evento, criou uma página oficial na internet sobre o Jubileu da Misericórdia, que pode ser acessada: http://www.iubilaeummisericordiae.va/content/gdm/pt.html

E há também o Jubileu da Misericórdia no Facebook:
https://www.facebook.com/IubilaeumMisericordiae.pt


Leia mais:

O Brasão do Papa Francisco

Significado do Jubileu da Misericórdia, por Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho


Fonte da imagem:
http://www.iubilaeummisericordiae.va/content/gdm/pt/giubileo/logo.html

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Conselhos para uma boa homilia, segundo o Papa Francisco



Aos sacerdotes da Diocese de Roma, o Bispo Bergoglio (Papa Francisco) falou ser importante:

recuperar o encanto da beleza, que é o arrebatamento de todos que participam da celebração: o de entrar em uma atmosfera espontânea, normal e religiosa, mas não artificial.

Nesse contexto de recuperação do encanto da beleza litúrgica, o Papa afirmou também:

se a homilia é bem feita, mesmo o fiel mais ocasional ou distraído - aquele que vai à igreja apenas em funerais ou casamentos, por exemplo - pode ser atraído pela palavra de Deus, em vez de ficar do lado de fora da igreja para fumar um cigarro.

Da sua larga experiência pastoral e conhecimento bíblico e teológico, Francisco extrai dez conselhos para uma boa homilia:

. A homilia não se improvisa: deve ser cuidadosamente preparada, baseada no conhecimento profundo da Sagrada Escritura.

. A homilia deve ser organizada na sequência: escolher o que dizer, porque dizer, como dizê-lo ao público presente...

. As homilias são diferentes de acordo com a celebração: em dia de missa festiva, é recomendado um sermão curto.

. Para não ficar tediosa, você pode usar imagens ou narrativas.

. A homilia não é um show: deve  dar fervor e sentido à celebração.

. Durante a homilia, nunca dê notícias.

. O bom pregador deve alimentar a fé e preparar o interior para o momento da Comunhão com Cristo.

. A pregação deve ser positiva, para oferecer "sempre esperança", disse Francisco, e não se tornar "prisioneira da negatividade".

. As palavras do sacerdote não devem ser muito abstratas, devem revelar uma atitude perante a vida, uma visão humanista.

. O tom de voz é muito importante: nunca fazer uma homilia com o mesmo tom em que se dá avisos para a paróquia. É preciso falar com o coração para o coração.


Leia mais:

Papa Francisco recebeu em audiência o clero de Roma


Fonte das citações do texto:

O Meu Papa - A Revista Oficial do Papa Francisco, Ano 1/nº 1/Abril de 2015, Panini Magazines, pp. 8-9.


Fonte da imagem:
http://www.publico.pt/mundo/noticia/primeira-homilia-do-papa-sem-jesus-cristo-podemos-ser-uma-ong-piedosa-mas-nao-a-igreja-1587789

sábado, 1 de agosto de 2015

Papa Francisco: precisamos duma mudança. Três grandes tarefas



Na mais recente viagem internacional, aliás a segunda feita ao Continente Latino-americano, o Papa Francisco fez vários pronunciamentos, todos de magna relevância.

É bom frisar que o Papa Francisco, cujo país de origem é a Argentina, é desde longa data profundo conhecedor das realidades dos povos latino-americanos; as vivenciou.

Dentre os pronunciamentos realizados destaco, pela sua atualidade e dimensão sociocultural para toda a humanidade, aquele proferido no II Encontro Mundial dos Movimentos Populares, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), no dia 9 de julho de 2015, quinta-feira.

O discurso papal inicia-se por focalizar três realidades que reclamam satisfação imediata para os seus ouvintes e a todos quantos na mesma situação se encontram, porém com reflexos para toda a humanidade, quais sejam, os famosos três "T": terra, teto e trabalho.

Pois bem, os três famosos "T" são ganchos para textura do discurso como veremos.

Antes, porém, o Papa fala da necessidade de mudança, uma mudança querida, ou seja, de uma vontade de mudar, pois queremos uma mudança positiva em benefício de todos os nossos irmãos e irmãs - afirma Francisco.

O Papa não vende ilusões e diz dos percalços que cercam a mudança, mudança esta que não se esgota com uma só geração, mas é um processo. Com precisão, as palavras de Francisco:

Por último, gostaria que reflectíssemos, juntos, sobre algumas tarefas importantes neste momento histórico, pois queremos uma mudança positiva em benefício de todos os nossos irmãos e irmãs. Disto estamos certos! Queremos uma mudança que se enriqueça com o trabalho conjunto de governos, movimentos populares e outras forças sociais. Sabemos isto também! Mas não é tão fácil definir o conteúdo da mudança, ou seja, o programa social que reflicta este projecto de fraternidade e justiça que esperamos, não é fácil defini-lo. Neste sentido, não esperem uma receita deste Papa. Nem o Papa nem a Igreja têm o monopólio da interpretação da realidade social e da proposta de soluções para problemas contemporâneos. Atrever-me-ia a dizer que não existe uma receita. A história é construída pelas gerações que se vão sucedendo no horizonte de povos que avançam individuando o próprio caminho e respeitando os valores que Deus colocou no coração.

Em sequência, o Papa Francisco propõe três grandes tarefas a cargo da sociedade, que vão desde o mecanismo de concentração de riqueza, passando pelas novas formas de colonialismo, como o poder anônimo do ídolo dinheiro, do monopólio dos meios de comunicação social, este com a pretensão de impor padrões de consumo e de uniformização cultural (chamado de colonialismo ideológico), até a defesa da Mãe Terra. Esta objeto da Carta Encíclica Laudato Si sobre o Cuidado da Casa Comum, cujo texto completo em português pode ser lido aqui.

Quanto ao dinheiro, convém observar o quanto sobre ele já disse antes o Papa Francisco, ao prefaciar o livro Pobre para os pobres - A missão da Igreja, de Gerhard Müller:


O dinheiro é um instrumento que de algum modo - como a propriedade - prolonga e acresce as capacidades da liberdade humana, consentido-lhes atuar no mundo, agir, dar fruto. Em si próprio, é um instrumento bom, como quase todas as coisas de que o homem dispõe: é um meio que alarga as nossas possibilidades. Contudo, este meio pode virar-se contra o homem. Com efeito, o dinheiro e o poder econômico podem ser um meio que afasta o homem do próprio homem, confinando-o a um horizonte egocêntrico egoísta. 


O Papa Francisco coloca à reflexão, sobremodo da comunidade católica, essas exigências fundamentais e relacionadas essencialmente àqueles três ditos famosos "T" (terra, teto e trabalho), cuja prática não se esgota em uma só geração, mas tem um caráter de contínuo processo, sabendo, porém,  que exigências há que, bradando aos céus, reclamam imediata satisfação.

O texto completo, em português, do pronunciamento do Papa Francisco, no II Encontro Mundial dos Movimentos Populares, em Santa Cruz de la Sierra, pode ser lido aqui.


Fonte da imagem:
http://www.reciclaourinhos.com.br/?p=569

segunda-feira, 1 de junho de 2015

A presença e a ação do Espírito Santo na Liturgia



Presentemente, e até que a parusia se realize, a comunidade do Povo de Deus vive o Tempo do Espírito Santo, também chamado o Tempo da Igreja. É um tempo forte e profusamente marcado pela presença do Espírito.

O Espírito tem seu espaço desde a criação do mundo, eis que, como inscrito no Livro do Gênesis, o Espírito de Deus pairava sobre as águas (Gn 1,2).

Não é, pois, sem razão que o Concílio Ecumênico Vaticano II (Decreto Ad Gentes, n. 4; Constituição Sacrosanctum Concilium, n. 6) afirma:

Não há dúvida de que o Espírito Santo já operava no mundo antes da glorificação de Cristo.

Há uma presença difusa do Espírito no mundo. Assim como o sol emana sua luz e calor para todos indistintamente, o mesmo acontece com a difusão dos dons do Espírito.  

É, na Igreja, que o Espírito marca necessária e prodigamente a sua presença. Na passagem do Evangelho de João (Jo 19,30), os biblitas veem a transmissão do Espírito de Cristo à sua nova criação, ou seja, à Igreja. 

Nesse sentido, o biblista Jacques Guillet, no clássico Vocabulário de Teologia Bíblica (Espírito de Deus - IV: A Igreja recebe o Espírito), conclui enfaticamente: 

Esse Espírito é o Espírito de Jesus: faz repetir os gestos de Jesus, anunciar a palavra de Jesus 4,30; 5,42; 6,7; 9.20; 18,5; 19,10.20), repetir a oração de Jesus (At 7,50s = Lc 23,34.46; At 21,14 = Lc 22,42), perpetuar na fração do pão a ação de graças de Jesus; mantém entre os irmãos a união (At 2,42; 4,32) que agrupava os discípulos em torno de Jesus.

Ainda com vista à continuidade da missão para a qual o Filho habitou entre nós, o Cristo solenizou, tornou público o envio do Espírito Santo, em Pentecostes, sobre os discípulos e, com eles e seus sucessores, permanecendo para sempre (cf. Ad Gentes, n. 4). 

É na liturgia que se evidencia a profusão do Espírito Santo, como bem explica o liturgista Pedro Fernandez (A Celebração na Igreja, 1):

Sem o poder do Espírito, seria impossível celebrar a liturgia; por isso as celebrações litúrgicas começaram em pentecostes. O Espírito é, em Jesus Cristo, constitutivo do culto cristão e da assembleia cultual da Igreja. Assim, o Espírito é uma pessoa em muitas pessoas.

Mais recentemente, Bento XVI, na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis, reforça a presença ativa do Cristo na Igreja em razão da ação do Espírito, com estas palavras:

Portanto, é em virtude da ação do Espírito que o próprio Cristo continua presente e ativo na sua Igreja, a partir do seu centro vital que é a Eucaristia. (n. 12).

Como se constata, Cristo continua habitando entre nós, porque, ressuscitando, venceu a morte. Se venceu a morte, vivo está. Antes Jesus estava limitado pela assunção da nossa humanidade, agora, glorificado, seu corpo glorioso já não mais está sujeito às leis do espaço e do tempo.

As expressivas palavras da profissão de fé, pronunciadas pelo Papa Paulo VI, na conclusão do Ano da Fé celebrado por ocasião do XIX centenário do martírio dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, enaltecem a presença e a ação do Espírito Santo:

Cremos no Espírito Santo, Senhor que dá a vida e que com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado. Foi Ele que falou pelos profetas e nos foi enviado por Jesus Cristo, depois de sua ressurreição e ascensão ao Pai. Ele ilumina, vivifica, protege e governa a Igreja, purificando seus membros, se estes não rejeitam a graça. Sua ação, que penetra no íntimo da alma, torna o homem capaz de responder àquele preceito de Cristo: "Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste" (cf. Mt 5,48).

Essas vivas palavras do Papa Paulo VI, tiradas da homilia da Solene Concelebração na conclusão do Ano da Fé (Domingo, 30 de junho de 1968, na Praça de São Pedro), ficaram conhecidas como o Credo do Povo de Deus ou Credo de Paulo VI.


Leia mais:

O Espírito Santo na Liturgia, por Pe. Gregório Lutz, cssp

Audiência de João Paulo II, Quarta-feira, 4 de novembro de 1998


Fonte da imagem:
http://paroquiaconceicaoeisabel.blogspot.com.br/2012/02/dimensao-pneumatica-da-liturgia.html

terça-feira, 12 de maio de 2015

Revista dedicada ao Papa Francisco é lançada no Brasil



"O Meu Papa" (em italiano Il Mio Papa) é o título da revista dedicada ao Papa Francisco lançada no Brasil pela Panini Brasil Ltda.

A revista já vem sendo editada em vários outros países, e recebida com grande sucesso.

A publicação brasileira é mensal. O primeiro número de "O Meu Papa - A Revista Oficial do Papa Francisco", referente ao mês de abril de 2015, já se encontra à venda nas bancas de jornais.

A revista objetiva tratar, dentre outros temas, da rotina diária do Papa, e o faz em linguagem acessível. Desnecessário dizer que a revista interessa diretamente a todos os católicos romanos. Convém, porém, mencionar que a revista interessa a todos, posto que seu carro-chefe é essa figura singular, comunicativa, que é o Papa Francisco, preocupado com todos independentemente de seu credo religioso, de tê-lo ou não.

Gostei da revista "O Meu Papa", em seu todo.

Destaco as minhas impressões. Apresentação agradável, pouquíssimas propagandas comerciais e conteúdo claro e gostoso de se ler. A revista dedica as primeiras páginas à seção 30 dias com o Papa Francisco, onde a gente toma contato (e assim posso dizer) com o agir da Igreja. A seção O livro dos Santos se inicia com a fantástica vida de São Pedro apóstolo, enriquecida com farto material iconográfico, e, por fim, a seção As vozes da praça, onde a gente lê o que os peregrinos da praça de São Pedro pensam, e aqui se capta a universidade da Igreja, pois as histórias são de pessoas peregrinas não só de várias regiões da Itália, mas sobretudo de vários países. E ainda mais, na seção Passatempo, há palavras cruzadas. A maioria das matérias traz trechos destacados em amarelo, o que, à primeira vista, facilita uma rápida tomada de contato com o texto e a memorização daquilo para o qual se chama mais atenção.  Entretanto, na seção Almanaque, os santos desta edição referem-se aos do mês de março, sequer são os do mês da revista (abril). Os santos, no meu entender, deveriam ser os do mês de maio, que é o mês em curso (mês em que a revista chegou às bancas), para possibilitar, com proveito, o acompanhamento diário e presente da liturgia da Igreja.

Por isso, e por muito mais que essa revista formativa e informativa oferece, recomendo a sua leitura.

E que a revista tenha aqui, no Brasil, o grande sucesso como o vem tendo em todos os países onde está sendo publicada.

Boa e proveitosa leitura!


Fonte da imagem:
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,das-figurinhas-da-copa-a-vida-do-santo-padre-imp-,1684342

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Tempo Comum do Ano B - São Marcos (2014-2015) - 2ª fase



Já tratei da primeira fase do Tempo Comum do Ano B - São Marcos (2014-2015). 

Agora, vou tratar desse mesmo Tempo Comum, porém em sua segunda fase.

Como é sabido, o Tempo Comum sofre como que um corte em seu curso. Ele para e dá lugar ao Ciclo Pascal (Quaresma, Tríduo Pascal e Tempo Pascal). 

Ele, o Tempo Comum - TC vai, no entanto, recomeçar no dia 25 de maio de 2015, segunda-feira, e vai até o seu término, no dia 28 de novembro de 2015, sábado (antes das Primeiras Vésperas do Primeiro Domingo do Advento, cf. NALC, n. 44). Este reinício do Tempo Comum é chamada segunda fase do TC.

Esta segunda fase do TC pode ser acompanhada no Diretório da Liturgia - 2015, às páginas 110 a 195. No Missal Romano (2ª edição típica), o próprio do TC se distribui pelas páginas 344 a 385, sendo que o TC reinicia com a oitava semana (ver Diretório da Liturgia, p. 111).

A cor litúrgica é verde, em regra.


Leia mais:

Liturgia: A Espiritualidade do Tempo Comum


Fonte da imagem:
http://jmvalferrarede.blogspot.com.br/2012/11/liturgia-do-xxxii-domingo-do-tempo.html

domingo, 29 de março de 2015

Tempo Pascal - Ano B - São Marcos (2014/2015)



O Tempo Pascal começa com o Primeiro Domingo da Páscoa, ou seja, com o Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor, que cai no dia 5 de abril de 2015, e vai até o Domingo de Pentecostes, no dia 24 de maio de 2015.

O Tempo Pascal deve ser celebrado com alegria e exultação como se fosse um só dia de festa, ou melhor, na expressão de Santo Atanásio, "como um grande domingo" (cfr. Normas Universais do Ano Litúrgico e Calendário Romano Geral, n. 22)

A cor litúrgica do Tempo Pascal é branca. No Domingo de Pentecostes a cor é vermelha.

A liturgia do Tempo Pascal deve ser acompanhada pelo Diretório da Liturgia - 2015, às páginas 89 a 110, e pelo Missal Romano (2ª edição típica), às páginas 293 a 343.

Sobre a espiritualidade para o Tempo Pascal, conferir aqui.


Fonte da imagem:
http://dedico-teomeublog.blogspot.com.br/2012/04/em-tempo-pascal.html

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Semana Santa e Tríduo Pascal do Ano B - São Marcos (2014-2015)

Ele, para cumprir a vossa vontade e reunir um povo santo em vosso louvor, estendeu os braços na hora da sua paixão, a fim de vencer a morte e manifestar a ressurreição. (Oração Eucarística II, Missal Romano, p. 477).


Segundo as Normas Universais do Ano Litúrgico e o Novo Calendário Romano Geral - NALC,

A Semana Santa visa recordar a Paixão de Cristo, desde sua entrada messiânica em Jerusalém (n. 31)

A Semana Santa (Ano B - São Marcos - 2014-2015) começa no 6º Domingo da Quaresma chamado Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor (cf. NALC, n. 30), que cai no dia 29 de março de 2015.

Para o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor a cor litúrgica é vermelha. Para Segunda, Terça, Quarta e Quinta-Feira Santas (antes da Ceia da Senhor), a cor litúrgica é roxa. Para a Missa vespertina da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa, a cor litúrgica é branca. Para a Sexta-Feira Santa e o Sábado Santo, a cor litúrgica é roxa.

Para a Missa da Vigília Pascal, na noite do dia 4 de abril de 2014 (sábado), a cor litúrgica é branca. No dia 5 de abril, Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor a cor litúrgica é branca.

Na Semana Santa se conclui o Tempo da Quaresma, e nela se compreende todo o Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor.

O sagrado Tríduo Pascal resplandece como o ápice de todo o ano litúrgico (NALC, n. 18). De acordo com as sobreditas Normas Universais do Ano Litúrgico, 

O Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor começa com a Missa vespertina na Ceia do Senhor, possui o seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do domingo da Ressurreição (n. 19).

Para o acompanhamento das celebrações da Semana Santa, conferir o Diretório da Liturgia-2015, às páginas 80 a 89, e o Missal Romano (2ª edição típica para o Brasil), às páginas 220 a 296. 

Sugiro a consulta ao Pequeno Manual para a Semana Santa, do site Presbíteros, clicando aqui.


Leia mais:

Início da Semana Santa e do Tríduo Pascal do Ano C - Lucas (2012-2013)

A superficialidade de fazer da Semana Santa um feriadão pode ser um equívoco


Fonte da imagem:
http://liturgiahoje.blogspot.com.br/2010/04/vigilia-pascal-na-noite-santa.html

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Campanha da Fraternidade - 2015: "Eu vim para servir"



A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB lançou para o Tempo da Quaresma a Campanha da Fraternidade - CF 2015, com estas palavras iniciais:

Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.

O binômio Igreja e Sociedade está no centro da CF-2015. O forte apelo evangélico Eu vim para servir, traduzido pela figura do Papa Francisco no gesto concreto do lava-pés, fala por si.

Textos e hinos da CF-2015 podem ser encontrados aqui.


Leia mais:

A indiferença e a renovação da Igreja no centro da Mensagem do Papa para a Quaresma-2015

Eu vim para servir!, por Dom Orani João Tempesta, Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro


Fonte da imagem:
http://www.cnbb.org.br/campanhas-1/fraternidade/15079-cnbb-publica-texto-base-da-cf-2015

sábado, 31 de janeiro de 2015

A indiferença e a renovacão da Igreja no centro da Mensagem do Papa para a Quaresma-2015

Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.
(Papa Francisco)


O Tempo da Quaresma está próximo. É tempo propício à conversão. E mais, o Papa Francisco, convocando a  todos e a cada um em particular à renovação, acentua com veemência:

Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2 Cor 6, 2).

O Papa Francisco acaba de divulgar a sua Mensagem para a Quaresma de 2015 (Ano B - São Marcos).

Fortalecei os vossos corações (Tg 5, 8). Esta passagem da Carta do Apóstolo Tiago inspira a Mensagem.

O estilo do Papa Francisco, já bem conhecido, se traduz em linguagem direta e simples.

Em sua Mensagem, o Papa não deixa de indicar os pontos, ou melhor, três passagens bíblicas, para reflexão no curso da Quaresma, válidos, diga-se, para quaisquer tempos e lugares. Ou, nas palavras do Papa:

Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação. 

As três passagens bíblicas são:

1. «Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros» (1 Cor 12, 26): A Igreja.

2. «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9): As paróquias e as comunidades

3. «Fortalecei os vossos corações» (Tg 5, 8): Cada um dos fiéis

As reflexões, como se vê, partem do todo para o particular, ou seja, da Igreja, como um todo universal, passando pelas paróquias e as comunidades, para chegar a cada fiel.

Tudo isso e todo o mais, em texto completo e em português, pode ser conferido aqui.


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Editorial: Vertigem da indiferença

Quaresma: Papa desafia Igreja à renovação
 
Fonte da imagem:
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