terça-feira, 24 de maio de 2016

Instrução Geral do Missal Romano: bom começo para o estudo da liturgia eucarística


A Instrução Geral do Missal Romano - IGMR é documento oficial da Igreja.

Ao promulgar o Missal Romano (Constituição Apostólica Missale Romanum), restaurado segundo o Concílio Ecumênico Vaticano II, o Papa Paulo VI afirmou:
 
Em primeiro lugar temos a Instrução Geral que, como Proêmio do livro, expõe as novas normas para a celebração do Sacrifício Eucarístico, tanto em relação aos ritos e funções de cada participante, como às alfaias e lugares sagrados.

Em sua Carta Apostólica Mane Nobiscum Domine, de 7 de outubro de 2004, São João Paulo II colocou o estudo da Instrução Geral do Missal Romano como um dos compromissos do Ano da Eucaristia, visando celebrar bem e decorosamente, com participação do povo, o Mistério Eucarístico:

Grande mistério, a Eucaristia! Mistério que deve ser, antes de mais nada, bem celebrado. É preciso que a Santa Missa seja colocada no centro da vida cristã e que, em cada comunidade, tudo se faça para celebrá-la decorosamente, segundo as normas estabelecidas, com a participação do povo, valendo-se dos diversos ministros no desempenho das atribuições que lhes estão previstas, e com uma séria atenção também ao aspecto de sacralidade que deve caracterizar o canto e a música litúrgica. Um compromisso concreto deste Ano da Eucaristia poderia ser estudar a fundo, em cada comunidade paroquial, os «prænotanda» da Instrução Geral do Missal Romano. O caminho privilegiado para ser introduzido no mistério da salvação, actuada nos «sinais» sagrados, continua a ser o de seguir com fidelidade o desenrolar do ano litúrgico. Os Pastores empenhem-se na catequese «mistagógica», muito apreciada pelos Padres da Igreja, que ajuda a descobrir as valências dos gestos e das palavras da liturgia, ajudando os fiéis a passar dos sinais ao mistério e a implicar no mesmo toda a sua existência. (n. 17) - grifei em negrito.

Bento XVI, na sua Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis, de 22 de fevereiro de 2007, realçou as virtudes da Instrução Geral do Missal Romano:

Ao ressaltar a importância da arte da celebração, consequentemente põe-se em evidência o valor das normas litúrgicas.(121) Aquela deve favorecer o sentido do sagrado e a utilização das formas exteriores que educam para tal sentido, como, por exemplo, a harmonia do rito, das vestes litúrgicas, da decoração e do lugar sagrado. A celebração eucarística é frutuosa quando os sacerdotes e os responsáveis da pastoral litúrgica se esforçam por dar a conhecer os livros litúrgicos em vigor e as respectivas normas, pondo em destaque as riquezas estupendas da Instrução Geral do Missal Romano e da Instrução das Leituras da Missa. Talvez se dê por adquirido, nas comunidades eclesiais, o seu conhecimento e devido apreço, mas frequentemente não é assim; na realidade, trata-se de textos onde estão contidas riquezas que guardam e exprimem a fé e o caminho do povo de Deus ao longo dos dois milénios da sua história. Igualmente importante para uma correcta arte da celebração é a atenção a todas as formas de linguagem previstas pela liturgia: palavra e canto, gestos e silêncios, movimento do corpo, cores litúrgicas dos paramentos. Com efeito, a liturgia, por sua natureza, possui uma tal variedade de níveis de comunicação que lhe permitem cativar o ser humano na sua totalidade. A simplicidade dos gestos e a sobriedade dos sinais, situados na ordem e nos momentos previstos, comunicam e cativam mais do que o artificialismo de adições inoportunas. A atenção e a obediência à estrutura própria do rito, ao mesmo tempo que exprimem a consciência do carácter de dom da Eucaristia, manifestam a vontade que o ministro tem de acolher, com dócil gratidão, esse dom inefável. (n. 40) - grifei em negrito.

O estudo da IGMR proposto por São João Paulo II continua válido (e estará sempre válido), sobremodo pela observação do seu sucessor na sede de São Pedro de que o conhecimento e o devido respeito pelo livros litúrgicos, bem assim pela riqueza dos sinais, não se dá por adquirido nas comunidades, como confirmam estas palavras de Bento XVI:

Talvez se dê por adquirido, nas comunidades eclesiais, o seu conhecimento e devido apreço, mas frequentemente não é assim (Sacramentum Caritatis, n. 40).

Em conclusão, o estudo da Instrução Geral do Missal Romano - IGMR (esta, como disse Paulo VI, é um proêmio do Missal Romano, motivo pelo qual ela se encontra logo nas primeiras páginas do Missal), a instâncias dos nomeados Pontífices, merece, com maior razão, ser estudada nas comunidades paroquiais, visando à formação litúrgica ou seu aprofundamento, para que, segundo São João Paulo II:

[...] a Santa Missa seja colocada no centro da vida cristã e que, em cada comunidade, tudo se faça para celebrá-la decorosamente, segundo as normas estabelecidas, com a participação do povo, valendo-se dos diversos ministros no desempenho das atribuições que lhes estão previstas, e com uma séria atenção também ao aspecto de sacralidade que deve caracterizar o canto e a música litúrgica.



Leia mais:

Missal Romano e Lecionário: princípios e normas


Fonte da imagem:
http://grupomaranatha.webnode.com.br/products/instru%C3%A7%C3%A3o%20geral%20do%20missal%20romano/

terça-feira, 10 de maio de 2016

Tempo Comum do Ano C - São Lucas (2015-2016) - segunda fase



O Tempo Comum - TC sofre uma suspensão. No seu curso, entra o Tempo da Quaresma. Daí a divisão em duas fases. 

A primeira fase do TC já vimos. Hoje, trataremos da segunda fase do TC, que é a retomada, em continuidade, do TC suspenso.

Ao término do Tempo Quaresmal, veio o Tempo Pascal. O Tempo Pascal dá lugar à continuidade do TC. Esta segunda fase começa com a sétima semana do TC, no dia 16 de maio de 2016, segunda-feira, e vai até o dia 26 de novembro de 2016, sábado.

A cor litúrgica do TC é, preponderantemente, a verde.

Para acompanhamento do Tempo Comum (Ano C - São Lucas) nesta segunda fase, consultar o Diretório da Liturgia - 2016 às páginas 109-198.
 
Desde o dia 8 de dezembro de 2015, Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, até o dia 20 de dezembro de 2016, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, transcorre o Ano Santo da Misericórdia do proclamado Jubileu Extraordinário da Misericórdia, evento este que enriquece intensamente o Ano C - São Lucas (2015-2016).

Mais detalhes oficiais sobre o Jubileu da Misericórdia, confira aqui.


Leia mais:

Papa Francisco audiência geral: Por que um jubileu da Misericórdia


Fonte da imagem:
http://www.franciscanos.org.br/?p=45479