quinta-feira, 29 de maio de 2008

TV exibe: "Dom Aloísio: Pastor Alegre e Fiel"

Esteja antenado!

A Rede Vida de Televisão exibe a partir do próximo domingo (1/6), no horário das 19:30 horas, uma série de programas (três domingos seguidos) sobre o Cardeal Dom Aloísio Lorscheider, falecido em 23 de dezembro de 2007, intitulada "Dom Aloísio: Pastor Alegre e Fiel".

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB noticia a matéria com mais detalhes, podendo ser lida aqui.

Dom Aloísio participou do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), desde a abertura até o seu encerramento. Esteve à frente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB e do Conselho Episcopal Latino-Americano - CELAM. Com vasta bagagem, conhecimento e experiência, não há como deixar de acompanhar a série "Dom Aloísio: Pastor Alegre e Fiel".

Conheça a biografia do Cardeal Dom Aloísio Lorscheider, escrita e falada, acessando aqui.


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Fonte da imagem:
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2007/12/23/327737149.asp

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Ano Paulino: Indulgência plenária

A Penitenciária Apostólica, que é um tribunal da Cúria Romana, concedeu indulgência plenária a todos os fiéis cristãos (urbis et orbis) por ocasião da celebração dos dois mil anos do nascimento do Santo Apóstolo Paulo, formalizada mediante o Decreto assinado em 10 de maio de 2008, pelo Cardeal James Francis Staffort, Penitenciário-Mor, e por Gianfranco Girotti, OFM Conv., Regente.

A Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina de Sua Santidade o Papa Paulo VI sobre a Doutrina das Indulgências, datada em 1° de janeiro de 1967, define: "Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos" (N.1.)

A Penitenciária Apostólica, disciplinando a matéria sobre indulgências, decretou a quarta edição do Enchiridion Indulgentiarum, datado em 16 de julho de 1999 (texto em latim).

O Código de Direito Canônico de 1983, em seu cânone 992, repete a definição acima reproduzida da Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina. No plano do Direito Canônico, as indulgências estão reguladas pelos cânones ns. 992 a 997 (Capítulo IV - Das Indulgências).

A indulgência plenária é aquela que libera totalmente da pena devida pelos pecados (cf. N.2. da Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina e cânone 993 do Código de Direito Canônico) .


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Fonte da imagem:
http://www.vatican.va/various/basiliche/san_paolo/index_po.html


sexta-feira, 23 de maio de 2008

Domingo: dia de Missa

Os Bispos da Irlanda mostram-se preocupados com os tantos entretenimentos ou afazeres outros que afastam os jovens da missa aos domingos. A chamada dos Bispos recai sobre os "pais, treinadores esportivos e empregadores", como noticia a Agência Zenit, em 13 de março de 2008.

Na cultura moderna, o Domingo cedeu lugar para o "fim de semana", ou ainda para o "feriadão", "feriado prolongado", ou outra denominação.

O Domingo, enquanto Dia da Ressurreição do Senhor, é de criação cristã e é fundamental para os cristãos. Sua origem mais distante está no grego kyriaké hemera ou simplesmente kyriaké, que quer dizer "dia do senhor", traduzido para o latim como dies dominicus ("dia do senhor"), ou simplesmente dominicus, ou dominicum (dominus). E a nossa palavra domingo provém do latim.

O dies solis ("dia do sol") dos romanos acabou perdendo o lugar para o dies dominicus.

Os primeiros cristãos tinham-no como tempo sagrado, celebrativo, sem o qual o existir para eles perdia sentido. E isso pode ser constatado pelos escritos antigos, como atestam as Actas dos Mártires [1]. Com efeito, os antigos cristãos afirmavam, com sólida convicção e sem temor, perante as autoridades do Império Romano, que: "não podemos viver sem o dominicum". Essa resposta foi dada pelo cristão Emérito ao procônsul romano, no ano 304, na ocasião em que eles e seus companheiros foram surpreendidos celebrando "uma reunião e o dominicum." E isso aconteceu na região de Abitinas, que ficava na África proconsular – província do Império Romano, correspondendo hoje ao norte da Tunísia e à costa mediterrânica da Líbia. A essas alturas, os cristãos eram proibidos de se reunirem.


O tema comporta outras colocações, posto não ser coisa exclusiva da Irlanda mas também de tantos outros países. E também envolve jovens, adultos e famílias inteiras. Ainda: a mudança no quadro sócio-econômico, como a industrialização, o deslocamento das pessoas da zona rural para as cidades. As cidades que se esvaziam nos chamados "fins de semana", ou "feriadão"...

A preocupação pastoral dos Bispos irlandeses não deixa de ser um alerta para toda a Igreja, para todos os cristãos. Recuperar o sentido fundante do Domingo: Dia do Senhor. Motivar a sociedade.

Ou a religião, ou melhor Deus, não é mais determinante para o mundo de hoje?


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[1] Antologia Litúrgica: textos litúrgicos, patrísticos e canônicos do primeiro milênio, recolha de textos, tradução e organização da obra: José de Leão Cordeiro, Fátima (Portugal), Secretariado Nacional da Liturgia, pp. 580-583.


Fonte da primeira imagem:
http://cantodapaz.com.br/blog/09-o-que-e-a-quaresma/domingo-de-pascoa/

Fonte da segunda imagem:
http://deiatatu.wordpress.com/2007/10/04/irlanda/


sexta-feira, 16 de maio de 2008

Santo Ivo: acesso à justiça para os pobres

Ivo Hélory de Kermartin nasceu em 1253, na região de Bretanha, na França, e morreu em 19 de maio de 1303, na cidade francesa de Louanne.

Um homem cuja vida foi marcada por sua dedicação aos pobres e à prática da justiça. Uma vida em busca de justiça para aqueles que nada têm: órfãos, viúvas, abandonados, enfim os pobres. Ele tornou a justiça acessível aos pobres, mediante seu trabalho profissional pessoal.

Estudou filosofia, teologia, direito civil e direito canônico.

Em 1284 Ivo Hélory foi ordenado presbítero (padre). Passados alguns anos, deixa todos os cargos oficiais, e se dedica aos trabalhos pastorais na cidade de Trédrez e depois em Lovannec, onde construiu um hospital assistindo pessoalmente os enfermos.

Ivo Hélory de Kermartin faleceu no dia 19 de maio de 1303.

O Papa Clemente VI elevou Ivo Hélory de Kermartin à glória dos altares, no dia 19 de maio de 1347.

Santo Ivo entrou para o Calendário dos Santos da Igreja Católica, e sua memória é celebrada no dia 19 de maio de cada ano.

Entre outros títulos, Santo Ivo, que ficou conhecido como "advogado dos pobres", é padroeiro dos advogados, dos juízes e dos escrivães.


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Fonte da imagem: http://s.ivo.tripod.com/id9.html

sábado, 10 de maio de 2008

Odo Casel: expoente da renovação litúrgica

Em 2008, completam-se quarenta anos da morte de Odo Casel, monge beneditino.

Segundo o abade Salvatore Marsili, OSB, (1910-1983): "O mistério pascal ocupou e dirigiu toda a sua pesquisa e toda a sua vida, até marcar também a sua morte. Com efeito, ele morreu na Páscoa de 1948, quando entoava o "precônio pascal" Exultent divina mysteria..." [1]. No entanto, Juan Javier Flores afirma: "No dia 28 de março de 1948 sofreu um infarto enquanto estava entoando o Lumen Christi da vigília pascal, e morreu na manhã de Páscoa" [2]. Lumen Christi (latim) significa em português Luz de Cristo.

O certo é que Dom Odo Casel morreu na Páscoa, seja na Vigília, sábado, seja no dia seguinte, Domingo da Páscoa.

Johannes Casel nasceu na cidade de Koblenz-Lützel, região da Renânia, na Alemanha, no dia 27 de setembro de 1886.

Ingressou na abadia beneditina de Maria Laach em 1905. No dia 24 de fevereiro de 1907 emitiu os votos de profissão monástica, adotando o nome de Odo. Em 17 de setembro de 1911 foi ordenado presbítero (padre).

O nome de Dom Odo Casel, monge beneditino, está diretamente ligado ao Movimento Litúrgico.

A grandeza de Dom Odo Casel para a liturgia pode ser medida desta afirmação do abade Salvatore Marsili, co-fundador e primeiro presidente do Pontifício Instituto Litúrgico de Roma: "Odo Casel foi um autêntico precursor do Concílio" [3].

Em língua portuguesa, a obra atual e disponível sobre a vida e a obra de Dom Odo Casel é do teólogo Juan Javier Flores, monge beneditino, e presidente do Pontifício Instituto Litúrgico de Roma, cujo título é Introdução à Teologia Litúrgica, tradução de Antonio Efro Feltrin, mencionada na nota 2 abaixo.


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[1] A Eucaristia - teologia e história da celebração, de S. Marsili, A. Nocent, M. Augé e A. J. Chupungco, tradução de Benôni Lemos, São Paulo, Editora Paulus, 2ª edição, 1996, p. 60, nota de rodapé n. 60.

[2] Introdução à Teologia Litúrgica, tradução de Antonio Efro Feltrin, São Paulo, Editora Paulinas, 2006, p. 162.

[3] Prefácio de S. Marsili à obra de Odo Casel O mistério do culto cristão (síntese), citado por Juan Javier Flores, Introdução à Teologia Litúrgica, tradução de Antonio Efro Feltrin, São Paulo, Editora Paulinas, 2006, p. 205.


Fonte da primeira imagem:
http://www.canonlaw.info/liturgysacraments.htm

Fonte da segunda imagem:
http://www.paulinas.org.br/loja/DetalheProduto.aspx?idProduto=7742

domingo, 4 de maio de 2008

Triságio: aclamação trinitária

Triságio é uma palavra de origem grega (triságion), em latim trisagium, que faz parte da liturgia cristã [1]. Significa "três vezes santo".

O triságio encontra suas raízes lá no Antigo Testamento, no livro de Isaías, capítulo 6, versículo 3: "Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos, a terra inteira está repleta de sua glória." [2]

Na Sexta-Feira Santa, nos Lamentos do Senhor da Celebração da Paixão do Senhor (Missal Romano, páginas 262-263), encontramos traços que expressam o triságio:

"Deus Santo,
Deus forte,
Deus imortal,
tende piedade de nós!"

Na liturgia oriental, o triságio aparece no rito da palavra, na pequena entrada, como se pode notar da Divina Liturgia de São João Crisóstomo. O sacerdote recita a Oração do Hino do Triságio, e é concluída com o canto:

"Santo Deus, Santo poderoso, Santo imortal, tem piedade de nós! (3 vezes).
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém! Santo imortal, tem piedade de nós!
Santo Deus, Santo poderoso, Santo imortal, tem piedade de nós!"

A Divina Liturgia corresponde para nós, do rito latino, à Missa (celebração da Eucaristia).

E o triságio também está presente na Missa. Está, na parte denominada liturgia eucarística, ou mais especificamente no Prefácio (que é a primeira parte da prece eucarística), que se conclui pela aclamação do triságio (cantado ou recitado): Sanctus, Sanctus, Sanctus:

"Santo, Santo, Santo,
Senhor, Deus do universo!
O céu e a terra proclamam a vossa glória.
Hosana nas alturas!
Bendito o que vem
em nome do Senhor!
Hosana nas alturas!" [3]

O triságio, que deita raízes na liturgia judaica, aparece, documentado, em As Constituições Apostólicas (compostas no século IV), Livro VIII, Liturgia Eucarística: A Oração de Oblação, n. 12:27 - Introdução ao Sanctus: "Santo, Santo, Santo, o Senhor do universo; o céu e a terra estão cheios da sua glória, bendito és Tu pelos séculos. Amen" [4].

Inicialmente, o triságio, que é uma aclamação que provém de Isaías 6, 3, era lido em termos cristológicos (referente apenas a Cristo), como presente no Concílio Ecumênico de Calcedônia, realizado em 451, e, posteriormente, foi ampliada a sua compreensão e é lido em dimensão trinitária (referente ao Deus Trino: Pai, Filho e Espírito Santo).


[1] Dicionário de Liturgia, de Ricardo Pascual Dotro e Gerardo García Helder, tradução de Gilmar Saint'Clair Ribeiro, São Paulo, Edições Loyola, 2006, pág. 165, registra: "Triságio (do grego tris, três, e hagios, santo: três vezes santo): Aclamação de louvor trinitária. (...)"

[2] Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª edição, 2002, página 862.

[3] Missal Romano, tradução da 2ª edição típica para o Brasil realizada e publicada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil com acréscimos aprovados pela Sé Apostólica, São Paulo, Editora Paulus, 6ª edição, 1999, página 405 (Rito da Missa Celebrada com o Povo).

[4] Antologia Litúrgica: Textos Litúrgicos, Patrísticos e Canônicos do Primeiro Milênio, recolha de textos, tradução e organização de José de Leão Cordeiro, Fátima (Portugal), Secretariado Nacional de Liturgia, n. 1615, pp. 433-4.


Fonte da primeira imagem:
http://www.centrotrinitario.com.ar/solemnidad%20santisima%20trinidad.htm

Fonte da segunda imagem:
http://www.altotaquari-mt.com.br/cidade/21%20anos%20048.jpg