terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Ano Novo de Paz e Alegria - 2014!

O sorriso e a paz em cada coração!



Feliz e Próspero 2014 !


Fonte da imagem:
http://www.teckler.com/pt/Morgui/PapaFranciscoeapombadaPaz-10894

Dia Mundial da Paz: Fraternidade, fundamento e caminho para a paz



No dia primeiro dia do Ano Novo (2014) a Igreja celebra o XLVII Dia Mundial da Paz.

Foi o Papa Paulo VI o promotor e incentivador da celebração do "Dia da Paz", hoje denominado "Dia Mundial da Paz", celebrado no dia 1° do ano civil. Em outras palavras, "Dia da Paz" para ser celebrado no dia 1° de janeiro de cada ano.

O Papa Francisco enriquece a data com sua mensagem intitulada Fraternidade, Fundamento e Caminho para a Paz.
 
O texto completo da mensagem, em português, pode ser lido aqui. E também aqui.

Por fim,

O necessário realismo da política e da economia não pode reduzir-se a um tecnicismo sem ideal, que ignora a dimensão transcendente do homem. Quando falta esta abertura a Deus, toda a actividade humana se torna mais pobre, e as pessoas são reduzidas a objecto passível de exploração. Somente se a política e a economia aceitarem mover-se no amplo espaço assegurado por esta abertura Àquele que ama todo o homem e mulher, é que conseguirão estruturar-se com base num verdadeiro espírito de caridade fraterna e poderão ser instrumento eficaz de desenvolvimento humano integral e de paz.
(Papa Francisco)


Leia mais:

Dia Mundial da Paz


Fonte da imagem:
http://www.franciscanos.org.br/?p=42764

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Papa Francisco: Oração à Sagrada Família



Oração à Sagrada Família, composta pelo Papa Francisco e por ele recitada no Angelus do Domingo, dia 29 de dezembro de 2013, Festa da Sagrada Família de Nazaré.

Reproduzo o texto completo, em português:

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ORAÇÃO À SAGRADA FAMÍLIA


Jesus, Maria e José,
em Vós, contemplamos
o esplendor do verdadeiro amor,
a Vós, com confiança, nos dirigimos.


Sagrada Família de Nazaré,
tornai também as nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
escolas autênticas do Evangelho
e pequenas Igrejas domésticas.


Sagrada Família de Nazaré,
que nunca mais se faça, nas famílias, experiência
de violência, egoísmo e divisão:
quem ficou ferido ou escandalizado
depressa conheça consolação e cura.


Sagrada Família de Nazaré,
que o próximo Sínodo dos Bispos
possa despertar, em todos, a consciência
do carácter sagrado e inviolável da família,
a sua beleza no projecto de Deus.


Jesus, Maria e José,
escutai, atendei a nossa súplica.


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E mais, confira o vídeo do Angelus aqui.


Leia mais:

Domingo da Sagrada Família - Papa Francisco fala da bênção que se transmite na família


Fonte do texto reproduzido:
http://www.vatican.va/holy_father/francesco/angelus/2013/documents/papa-francesco_angelus_20131229_po.html

Fonte da imagem:
http://pt.radiovaticana.va/news/2013/12/29/o_texto_da_ora%C3%A7%C3%A3o_do_papa_%C3%A0_sagrada_fam%C3%ADlia/bra-759693

sábado, 28 de dezembro de 2013

Cardeal Marc Ouellet: o verdadeiro grande evento deste ano foi a renúncia do Papa



A renúncia do Papa Bento XVI abriu grandes possibilidades - afirma o Cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos, em entrevista concedida à Radio Vaticana.

E, por tal abertura de grandes possibilidades proporcionada por Bento XVI, o Cardeal conclui: 

É por isso que considero que o verdadeiro grande evento deste ano que se está concluindo foi a renúncia do Papa, um gesto verdadeiramente novo. Foi a maior novidade na história da Igreja, que testemunhou uma grande humildade e, ao mesmo tempo, uma grande confiança no Espírito Santo para o futuro das coisas. É preciso ser muito reconhecedor ao Papa Bento XVI por ter aberto este horizonte e por ter tornado possível esta novidade do Papa Francisco. Creio que haja uma continuidade entre a primeira novidade e todas aquelas que o Papa Francisco tem trazido. Olhando para 2013, considero que estamos num momento de grande viravolta na história da Igreja, que descrevo como pastoral justamente em relação à figura do Papa Francisco.

Bento XVI possibilitou para a Igreja essa grande novidade que cativa todo mundo: Francisco, que já foi reconhecido a Pessoa do Ano.

Novas e importantes perspectivas para a Igreja foram abertas com a declaração de renúncia, ou declaratio: os seguidos pronunciamentos do Papa Bento XVI sobre a vida da Igreja (que podem ser conferidos aqui), depois a eleição do primeiro papa latino-americano (Cardeal Jorge Mário Bergoglio, que passou a chamar-se, em latim, Franciscus) e agora o extraordinário trabalho pastoral do Papa Francisco, que pode ser pesquisado aqui.


Reproduzo a seguir o texto completo da entrevista do Cardeal Ouellet e divulgada ontem, dia 27 de dezembro de 2013, sexta-feira, pela Radio Vaticana:

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Cidade do Vaticano (RV) - O ano que se está concluindo pode realmente definir-se extraordinário para a vida da Igreja. A renúncia ao ministério petrino por parte de Bento XVI e a sucessiva eleição do Papa Francisco são eventos que abriram grandes possibilidades para a Igreja. Foi o que ressaltou o prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet, entrevistado pela Rádio Vaticano:

Cardeal Marc Ouellet:- "A renúncia do Papa Bento XVI abriu grandes possibilidades. É por isso que considero que o verdadeiro grande evento deste ano que se está concluindo foi a renúncia do Papa, um gesto verdadeiramente novo. Foi a maior novidade na história da Igreja, que testemunhou uma grande humildade e, ao mesmo tempo, uma grande confiança no Espírito Santo para o futuro das coisas. É preciso ser muito reconhecedor ao Papa Bento XVI por ter aberto este horizonte e por ter tornado possível esta novidade do Papa Francisco. Creio que haja uma continuidade entre a primeira novidade e todas aquelas que o Papa Francisco tem trazido. Olhando para 2013, considero que estamos num momento de grande viravolta na história da Igreja, que descrevo como pastoral justamente em relação à figura do Papa Francisco."

RV: A reforma está propriamente no viver o Evangelho e no ser cristão?

Cardeal Marc Ouellet:- "Creio que seja a própria vontade do Papa Francisco; esta vontade de estabelecer um contato novo, mais próximo do Povo de Deus. A primeira reforma é esta: ir além de todas as formas, de todos os protocolos para estabelecer um contato imediato. E fazendo isso, oferece também a todos os bispos um modelo de proximidade pastoral, de busca de uma presença pastoral que seja calorosa, que seja misericordiosa, que traga consolação e que dê uma nova esperança. Há uma novidade e uma promessa na atitude e nos gestos do Papa Francisco. Mas acrescentaria também: aquilo que me parece muito importante em 2013 é a percepção do Papa Francisco na opinião pública mundial. Esse é um evento extraordinário de evangelização."

RV: Nesse sentido, vale lembrar que Francisco foi recentemente eleito personagem do ano pela revista estadunidense "Time"...

Cardeal Marc Ouellet:- "Exatamente. É o sinal dessa influência, dessa necessidade de esperança que há na humanidade e que encontrou na figura do Papa Francisco o seu ponto de referência. É uma grande "novidade", é uma boa nova! Creio que todos nós devemos alegrar-nos com isso."

RV: Desde o início de seu Pontificado criou-se um verdadeiro laço com os fiéis, um laço de amor, podemos dizer também de um interesse. Há esse mesmo interesse dentro da Igreja, no seio da Cúria? Como são percebidas essa sua mensagem e essa sua atitude surpreendente?

Cardeal Marc Ouellet:- "Creio que haja uma grande alegria em constatar a popularidade do Papa. É uma boa popularidade, que não é simplesmente baseada em coisas superficiais. Certamente isso nos interpela e nos obriga também a mudanças de comportamento. O Santo Padre quer a reforma de uma certa mentalidade clerical com ambições eclesiásticas ou ambições mundanas. Combate esse carreirismo! Creio que isso faça muito bem à Igreja, em todos os níveis, começando pela Cúria Romana. Estamos verdadeiramente num momento de graça e espero que o Espírito Santo lhe dê a saúde e a colaboração de que precisa para levar adiante a reforma da Igreja e a nova evangelização."

RV: Este ano de 2013 foi para o senhor caracterizado, portanto, pela passagem do Pontificado de Bento XVI. O senhor é um dos mais estreitos colaboradores do Papa Francisco. Como viveu essa passagem? Como está vivendo essas mudanças, mesmo havendo uma certa continuidade?

Cardeal Marc Ouellet:- "A simplicidade do Papa Francisco e o fato de conhecer Bergoglio já de antes – éramos amigos – torna a nossa colaboração extraordinariamente simples e se dá em plena harmonia. Para mim é uma grande alegria colaborar com ele, ajudando-o ao máximo. A humanidade precisa de uma figura paterna, uma figura próxima; uma figura que seja – ao mesmo tempo – referência moral segura, mas também calorosa e que desperte a esperança!" (RL)


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Leia mais:

A Cátedra de São Pedro está vaga

20 momentos mais importantes do Pontificado de Bento XVI


Fonte do texto reproduzido:
http://pt.radiovaticana.va/news/2013/12/27/card._ouellet:_ren%C3%BAncia_de_bento_xvi_foi_o_grande_evento_deste_ano,/bra-759107

Fonte da primeira imagem:
http://www.nossasenhorademedjugorje.com/2013/08/bento-xvi-o-papa-que-sempre-renunciou.html

Fonte da segunda imagem:
http://www.snpcultura.org/papa_francisco_chegou_castel_gandolfo_para_se_encontrar_bento_xvi.html

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Somos povo em caminho: há trevas e luz

«O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9, 1)


Passada a noite de Natal, é momento de melhor refletirmos sobre o que Deus nos fala hoje pelos seus profetas. Nesse sentido, para reflexão, reproduzo a homilia do Papa Francisco proferida na Santa Missa da Noite do Natal - Solenidade do Natal do Senhor (24 de dezembro de 2013, terça-feira):

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1. «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9, 1).

Esta profecia de Isaías não cessa de nos comover, especialmente quando a ouvimos na liturgia da Noite de Natal. E não se trata apenas dum facto emotivo, sentimental; comove-nos, porque exprime a realidade profunda daquilo que somos: somos povo em caminho, e ao nosso redor – mas também dentro de nós – há trevas e luz. E nesta noite, enquanto o espírito das trevas envolve o mundo, renova-se o acontecimento que sempre nos maravilha e surpreende: o povo em caminho vê uma grande luz. Uma luz que nos faz reflectir sobre este mistério: o mistério do andar e do ver.

Andar. Este verbo faz-nos pensar no curso da história, naquele longo caminho que é a história da salvação, com início em Abraão, nosso pai na fé, que um dia o Senhor chamou convidando-o a partir, a sair do seu país para a terra que Ele lhe havia de indicar. Desde então, a nossa identidade de crentes é a de pessoas peregrinas para a terra prometida. Esta história é sempre acompanhada pelo Senhor! Ele é sempre fiel ao seu pacto e às suas promessas. Porque fiel, «Deus é luz, e n’Ele não há nenhuma espécie de trevas» (1 Jo 1, 5). Diversamente, do lado do povo, alternam-se momentos de luz e de escuridão, fidelidade e infidelidade, obediência e rebelião; momentos de povo peregrino e momentos de povo errante.

E, na nossa historia pessoal, também se alternam momentos luminosos e escuros, luzes e sombras. Se amamos a Deus e aos irmãos, andamos na luz; mas, se o nosso coração se fecha, se prevalece em nós o orgulho, a mentira, a busca do próprio interesse, então calam as trevas dentro de nós e ao nosso redor. «Aquele que tem ódio ao seu irmão – escreve o apóstolo João – está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos» (1 Jo 2, 11). Povo em caminho, mas povo peregrino que não quer ser povo errante.

2. Nesta noite, como um facho de luz claríssima, ressoa o anúncio do Apóstolo: «Manifestou-se a graça de Deus, que traz a salvação para todos os homens» (Tt 2, 11). 

A graça que se manifestou no mundo é Jesus, nascido da Virgem Maria, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Entrou na nossa história, partilhou o nosso caminho. Veio para nos libertar das trevas e nos dar a luz. N’Ele manifestou-se a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne. Não se trata apenas dum mestre de sabedoria, nem dum ideal para o qual tendemos e do qual sabemos estar inexoravelmente distantes, mas é o sentido da vida e da história que pôs a sua tenda no meio de nós.

3. Os pastores foram os primeiros a ver esta «tenda», a receber o anúncio do nascimento de Jesus. Foram os primeiros, porque estavam entre os últimos, os marginalizados. E foram os primeiros porque velavam durante a noite, guardando o seu rebanho. É lei do peregrino velar, e eles velavam. Com eles, detemo-nos diante do Menino, detemo-nos em silêncio. Com eles, agradecemos ao Pai do Céu por nos ter dado Jesus e, com eles, deixamos subir do fundo do coração o nosso louvor pela sua fidelidade: Nós Vos bendizemos, Senhor Deus Altíssimo, que Vos humilhastes por nós. Sois imenso, e fizestes-Vos pequenino; sois rico, e fizestes-Vos pobre; sois omnipotente, e fizestes-Vos frágil.

Nesta Noite, partilhamos a alegria do Evangelho: Deus ama-nos; e ama-nos tanto que nos deu o seu Filho como nosso irmão, como luz nas nossas trevas. O Senhor repete-nos: «Não temais» (Lc 2, 10). Assim disseram os anjos aos pastores: «Não temais». E repito também eu a todos vós: Não temais! O nosso Pai é paciente, ama-nos, dá-nos Jesus para nos guiar no caminho para a terra prometida. Ele é a luz que ilumina as trevas. Ele é a misericórdia: o nosso Pai perdoa-nos sempre. Ele é a nossa paz. Amen.

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Papa fala do "mistério do andar e do ver" proporcionado pela leitura de Isaías, e que, segundo Francisco, somos povo em caminho, e ao nosso redor – mas também dentro de nós – há trevas e luz.
 
Os pastores eram pessoas sem posses, trabalhadores que não gozavam de destaque na sociedade da época. Eles guardavam, à noite, os rebanhos nos campos. Eram os vigias noturnos de então. Pois bem, é a estes, considerados últimos na sociedade, que os mensageiros de Deus dão, em primeira mão, a notícia do nascimento do Salvador. E que Boa Notícia!

Os pastores nos ensinam alguma coisa sobre o "mistério do andar e da luz". Eles guardavam os rebanhos, foram envoltos em luz. Lucas retrata esse momento indescritível com estas palavras:

Naquela região havia pastores, que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho.
Um anjo do Senhor apareceu aos pastores; a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles ficaram com muito medo.
Mas o anjo disse aos pastores: "Não tenham medo! Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo: 
hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor (Lc 2, 8-11).

Confira o ofício da celebração litúrgica da Solenidade do Natal do Senhor - Santa Missa da Noite, clicando aqui. E o vídeo da celebração pode ser visto aqui.


Fonte do texto reproduzido:
http://www.vatican.va/holy_father/francesco/homilies/2013/documents/papa-francesco_20131224_omelia-natale_po.html


Fonte da imagem:
http://www.news.va/pt/news/o-primeiro-natal-do-papa-francisco-a-versao-integr

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

E o Menino está entre nós




Feliz e Santo Natal do Senhor !


Fonte da imagem:
http://redecorrenteviva.wordpress.com/2010/12/23/entao-e-natal-e-festa-crista/

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Igreja: profissionalismo, serviço e santidade


 
O Papa Francisco está sempre surpreendendo. Agora, ele toca na administração da Igreja, especificamente, acerca das qualidades de quem serve na Cúria Romana.

No sábado (21/12/2013), ao discursar para os membros da Cúria Romana, por ocasião das felicitações de Natal, o Papa deixou claro três qualidades para quem serve na administração da Cúria (e isso, digo eu, se aplica também às dioceses, paróquias, capelas): profissionalismo, serviço e santidade.

Profissionalismo. Assenta-se numa base sólida de competência, estudo e atualização, sem o que se cai na mediocridade. O Papa afirma: Quando não há profissionalismo, lentamente vai-se escorregando para o nível da mediocridade.

Serviço. Sem este a igreja cai na burocracia, tudo se reduz a coisas estereotipadas. E sufoca a ação do Espírito Santo e o crescimento do povo de Deus. Ou, nas próprias palavras do Papa:

Por outro lado, quando o procedimento não é de serviço às Igrejas particulares e seus bispos, então cresce a estrutura da Cúria como uma alfândega pesadamente burocrática, inspectora e inquisidora, que não permite a acção do Espírito Santo e o crescimento do povo de Deus.

Santidade. Nesta passagem, o Papa diz:

A estas duas qualidades, profissionalismo e serviço, gostaria de acrescentar uma terceira, que é a santidade de vida. Bem sabemos que esta é a mais importante na hierarquia dos valores. Efectivamente, está na base também da qualidade do trabalho, do serviço. E quero reiterar aqui o que já mais de uma vez disse, publicamente, para agradecer ao Senhor: na Cúria Romana houve, e há, santos. Santidade significa vida imersa no Espírito, abertura do coração a Deus, oração constante, humildade profunda, amor fraterno nas relações com os colegas. Significa também apostolado, serviço pastoral discreto, fiel, realizado com zelo no contacto directo com o povo de Deus. Isto é indispensável para um sacerdote.

Aqui faço algumas reflexões próprias. O ideal de perfeição para a cultura grega era a busca do equilíbrio, da harmonia. Para o cristianismo, a santidade. E o cristianismo faz-se portador entre os gentios desse novo ideal: a santidade como ideal da perfeição.

Santidade é uma proximidade tão estreita com Deus, que leva o apóstolo Paulo a afirmar: Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim. E esta vida que agora vivo, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim (Gal 2,20)

Por fim, sabemos que mais coisas virão, e por conta do Conselho de Cardeais nomeado pelo Papa Francisco para ajudá-lo na reforma da Cúria Romana e no governo da Igreja universal (mais detalhes clique aqui). Como o nome diz a reforma não se restringe à Cúria, mas a toda Igreja, inclusive à particular.

O entendimento que normalmente se faz da figura do Papa deve mudar conforme diz o próprio Papa Francisco, "pois o Papa deve ser, como pretende Bergoglio, bispo de Roma e não um monarca vaticano." (mais detalhes clique aqui).

Texto completo do discurso (em português) e vídeo podem ser conferidos aqui.


Fonte da imagem:
http://pt.radiovaticana.va/news/2013/12/21/papa_francisco_%C3%A0_c%C3%BAria_romana:_profissionalismo,_servi%C3%A7o_e_santidade/bra-757703

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Natal: Deus está ao nosso lado, afirma Papa Francisco

 

"[...] o Natal de Jesus, festa da confiança e da esperança, que supera a incerteza e o pessimismo"
(Papa Francisco na Audiência Geral de 18 de dezembro de 2013)

A catequese do Papa sobre o Natal de Jesus é um convite à meditação acerca do significado do seu nascimento. Francisco extrai duas relevantes considerações, como segue:

Da contemplação jubilosa do mistério do Filho de Deus que nasceu para nós, podemos fazer duas considerações.

A primeira é que, se no Natal Deus se revela não como alguém que está no alto e que domina o universo, mas como Aquele que se abaixa, que desce sobre a terra pequenino e pobre, significa que para sermos semelhantes a Ele não devemos colocar-nos acima dos outros mas, ao contrário, abaixar-nos, pôr-nos ao seu serviço, tornar-nos pequeninos com os pequeninos, pobres com os pobres. Mas é triste quando vemos um cristão que não quer humilhar-se, que não aceita servir. É triste quando o cristão se vangloria em toda a parte: ele não é cristão, mas pagão. O cristão serve, abaixa-se. Façamos com que estes nossos irmãos e irmãs nunca se sintam sozinhos!

A segunda consideração: se, através de Jesus, Deus se comprometeu com o homem a ponto de se tornar como um de nós, quer dizer que tudo o que fizermos a um irmão ou a uma irmã, a Ele o fazemos. Foi o próprio Jesus quem no-lo recordou: quem alimenta, acolhe, visita e ama um destes mais pequeninos e mais pobres entre os homens, ao Filho de Deus que o faz.

O Natal de Jesus é evento que acontece neste mundo real e que nos motiva a reconhecer no rosto do próximo, sobretudo dos mais frágeis, o rosto do próprio Cristo.

O serviço da beata Irmã Dulce, retratado na figura acima, é a imagem viva do ensinamento do Papa Francisco, e assim se pode dizer que: Quem acolhe o recém nascido abandonado, acolhe o Menino Jesus que nasce. Quem alimenta a criança faminta, e faminta de carinho, alimenta e acaricia o Menino da Manjedoura. 
 
O vídeo e o texto da catequese (em português) podem ser conferidos aqui.

E a razão da nossa esperança é a seguinte: Deus está ao nosso lado, Deus ainda confia em nós!
(Papa Francisco)


Fonte da imagem:
http://www.irmadulce.org.br/bemaventurada/multimidia_galeria.php

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Tempo do Natal - Ano A - São Mateus (2013-2014)


http://2.bp.blogspot.com/-pjMCdKo3G4c/UNtYgpL93bI/AAAAAAAAAJM/YJX9a2waWJs/s1600/presepio+de+s%C3%A3o+francisco.jpg

O Tempo do Natal já se avizinha. Sua expressão máxima está no nascimento do Menino Jesus, cujo conjunto simbólico desse extraordinário acontecimento na História da Salvação e na História Humana o presépio procura retratar.

Segundo as Normas Universais do Ano Litúrgico e o Novo Calendário Romano Geral,

"O Tempo do Natal vai das Primeiras Vésperas do Natal do Senhor ao domingo depois da Epifania ou ao domingo depois do dia 6 de janeiro inclusive" (n. 33).

Em outras palavras, o Tempo do Natal começa no dia 24 de dezembro de 2013, à tarde, e vai até o dia 12 de janeiro de 2014 - Festa do Batismo do Senhor.

O ofício do Tempo do Natal encontra-se no Missal Romano (2ª edição típica para o Brasil) às páginas 149 a 174. E as necessárias indicações para as celebrações estão no Diretório da Liturgia - Ano C - São Lucas (2012-2013), às páginas 200, no fim, a 204, bem como no Diretório da Liturgia - Ano A - São Mateus (2013-2014), às páginas 42 a 47.

No Tempo do Natal predomina a cor litúrgica branca. Entretanto, conforme a Instrução Geral sobre o Missal Romano (3ª edição típica):

"Em dias mais solenes podem ser usadas vestes sagradas festivas ou mais nobres, mesmo que não sejam da cor do dia" (n. 346, g).

Quais são, então, as cores para esses dias mais solenes? São, por exemplo, as cores dourada e prateada.

A Missa do Natal do Senhor é celebração festiva: as cores, as luzes, as flores, os cantos...


Leia mais:

Tempo do Advento - Ano A - São Mateus (2013-2014)

Diálogo na intimidade - Palavra: AMOR

História da Salvação

O tempo na história da salvação

A história de Deus e a intrincada história humana


Fonte da imagem:
http://vocacionadosdedeusemaria.blogspot.com.br/2012/12/o-presepio-e-sao-francisco-de-assis.html

sábado, 14 de dezembro de 2013

Papa Francisco eleito a Pessoa do Ano


Person of the Year 2013

A renomada Revista Time elegeu o Papa Francisco a pessoa do ano, ou a personalidade do ano de 2013. 

Desde 1927 que a Time elege a "pessoa do ano" (person of the year). O Papa Francisco sucede, nessa ordem, ao Presidente Barack Obama, eleito em 2012.

Para a Time,

"O coração é um músculo forte e Francisco está a propor um plano de exercício rigoroso. E, em muito pouco tempo, uma vasta plateia ecuménica global mostrou-se desejosa de o seguir. Por arrancar o papado do palácio e o levar para as ruas, por forçar a maior Igreja do mundo a confrontar as suas necessidades mais profundas e por dosear julgamento e misericórdia, o Papa Francisco é a Personalidade do Ano eleita pela Time em 2013."

Escreve ainda Nancy Gibbs, editora da revista Time:

"Raras vezes um novo protagonista do palco mundial conseguiu chamar tanta atenção tão depressa – a novos e velhos, fiéis e cínicos – como o Papa Francisco. No espaço de nove meses, desde que assumiu funções, ocupou exactamente o centro das conversas fulcrais dos nossos tempos: sobre a riqueza e a pobreza, a equidade e a justiça, a transparência, a modernidade, a globalização, o papel das mulheres, a natureza do casamento, as tentações do poder."

Para o padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, o Papa Francisco:

“não busca fama e sucesso, pois faz o seu serviço do anúncio do Evangelho por amor a Deus e por todos. Se isto atrai homens e mulheres e lhes dá esperança, o Papa está contente.”

  A agência News Va. acrescenta que:

"O Papa Bergoglio é o terceiro Pontífice da história a ser eleito ‘Homem do ano’ pela revista Time, após João XXIII em 1962 e João Paulo II em 1994."

O Papa Francisco fala prazerosamente, numa linguagem direta tocando nas realidades com que a sociedade se defronta. E, acima de tudo, ele faz. Sem necessidade de explicações, o fazer fala direta e imediatamente aos corações e mentes.

Um Papa em sintonia com seu rebanho e que ausculta as aspirações de todos, crentes e não crentes, cristãos e não cristãos, sem apelos midiáticos.

E mais. O Papa Francisco recebeu ontem à noite, sexta-feira (13/12), o Prêmio Internacional como "Comunicador Global". Os organizadores do Prêmio assim se expressaram:

“Em apenas dez meses, Papa Francisco revolucionou o estilo de comunicação do Pontificado: instantaneidade, espontaneidade, sinceridade, convicção. A sua comunicação é global: Papa Francisco fala a todos, não tem preferências, porque todos precisam da sua palavra, que se transforma em mensagem”. 


Leia mais:

Papa Francisco eleito 'Homem do Ano' pela revista Time


Fonte da imagem:
http://poy.time.com/2013/12/11/social-reactions-to-times-person-of-the-year-2013/?iid=poy-article-featured-content-widget

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Oração do Papa Francisco à Imaculada Conceição



No dia 8 de dezembro de 2013, Domingo, na caminhada do Tempo do Advento, foi celebrada a Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.

O Papa Francisco, no ato de veneração da Imaculada Conceição na Praça de Espanha, proferiu uma singela mais profunda Oração, enraizada na realidade comum do povo, cujo texto reproduzo:


ORAÇÃO À IMACULADA


Virgem Santa e Imaculada,
a Ti, que és a honra do nosso povo,
e a defensora atenta da nossa cidade,
(a Ti) nos dirigimos com confiança e amor.

Tu és a Toda Bela, ó Maria!
Em Ti não há pecado.

Suscita em todos nós um renovado desejo de santidade:
brilhe na nossa palavra o esplendor da caridade,
habitem no nosso corpo pureza e castidade,
torne-se presente na nossa vida toda a beleza do Evangelho

Tu és a Toda Bela, ó Maria,
Em Ti se fez carne a Palavra de Deus.

Ajuda-nos a permanecer na escuta atenta da voz do Senhor:
nunca nos deixe indiferentes o grito dos pobres,
não nos encontre distraídos o sofrimento dos doentes e dos carecidos,
comovam-nos a solidão dos idosos e a fragilidade das crianças,
seja sempre amada e venerada por todos nós cada vida humana.

Tu és a Toda Bela, ó Maria!
Em Ti, a alegria plena da vida bem-aventurada, com Deus

Faz com que não percamos o significado do nosso caminho terreno,
ilumine os nossos dias a luz gentil da fé,
oriente os nossos passos a força consoladora da esperança,
anime o nosso coração o calor contagioso do amor
permaneçam os olhos de todos nós bem fixos em Deus, onde há a verdadeira alegria.

Amém!


Outra versão, em português de Portugal, pode ser lida na página oficial da Santa Sé, acessando aqui.


Fonte do texto (oração):
http://pt.radiovaticana.va/news/2013/12/08/texto_integral_da_ora%C3%A7%C3%A3o_de_francisco_%C3%A0_imaculada/bra-753928

Fonte da imagem:
http://www.franciscanos.org.br/?p=47778

domingo, 8 de dezembro de 2013

O adeus de Nelson Mandela


Nelson Mandela

As culturas têm os seus mitos. Mandela vai além da sua cultura nacional. É um mito mundial.

Nelson Rolihlahla Mandela (18 de julho de 1918 - 5 de dezembro de 2013) tornou-se um símbolo mítico, pelo qual é possível compreender e demonstrar o humanismo da não violência, da igualdade, da dignidade humana e de mais valores que fazem e enaltecem uma nação, que, para além, iluminam toda a humanidade.

Como político, fez da Política um ministério, um serviço ao povo. Isso é bastante e diz muito.

Não é paradigma para os políticos carreiristas. Logo, pouquíssimos o seguirão no exemplo.

Aqui cabe registrar o pesar do Papa Francisco, em mensagem telegráfica enviada ao presidente da República da África do Sul, Jacob Zuma, cujo texto, em português, pode ser lido aqui.

Nelson Mandela, prêmio Nobel da Paz, um cidadão do mundo!


Leia mais:
 
Mandela sempre esteve ciente do papel da Igreja na luta dos sul-africanos

Nelson Mandela


Fonte da imagem:
http://www.news.com.au/world/nelson-mandela-on-life-support-in-pretoria-hospital/story-fndir2ev-1226670566216

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Conclusão do Ano da Fé (2012-2013)


Annus Fidei - Indicazioni Apertura, 11 ottobre 2012

O Ano da Fé foi concluído no dia 24 de novembro de 2013, Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo. 

Ao Papa Emérito Bento XVI coube a sua proclamação com o "motu proprio" Porta Fidei. E ao Papa Francisco a sua conclusão, com a celebração da Missa da Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, cuja homilia, já traduzida na íntegra para o português, pode ser lida aqui.

Toda a programação havida do Ano da Fé pode ser conferida aqui.

Nesse ambiente do Ano da Fé, foi divulgada pelo Papa Francisco a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), que deita as suas raízes no tema da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos realizada no período de 7 a 28 de outubro de 2012, sobre o tema A nova evangelização para a transmissão da fé cristã.

Por ora, fiquemos por aqui e aproveitemos as riquezas da primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco. Boa e proveitosa leitura, cujo texto, em português, também pode ser lido aqui.


Fonte da imagem:
http://www.vatican.va/news_services/liturgy/2012/documents/ns_lit_doc_20121011_indicazioni_it.html