segunda-feira, 31 de outubro de 2011

História da Salvação



Em gráfico, síntese da História da Salvação:


Para ver em tamanho maior, clique aqui.


Fonte da primeira imagem:
http://www.ccub.org.br/anaacutelise-criacutetica-da-histoacuteria-biacuteblica-2009.html

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ano da Fé




É mais um tempo forte. Como sucedeu com o Ano Paulino, afigura-me ser nesse sentido o Ano da Fé anunciado por Bento XVI, a ser comemorado no período de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013.

O Ano da Fé está em seguimento ao Concílio Vaticano II, que, em 11 de outubro de 2012, estará completando 50 anos da sua abertura.

O que vem a ser o Ano da Fé? À pergunta, consideremos o que conclui o próprio Papa: "Será um momento de graça e compromisso para uma plena conversão a Deus, para fortalecer a nossa fé n'Ele e a anunciá-Lo com alegria ao homem do nosso tempo."

Oficialmente, a proclamação do Ano da Fé vem com a "Carta Apostólica sob forma de motu proprio Porta Fidei do Sumo Pontífice Bento XVI com a qual se proclama o Ano da Fé", datada de 11 de outubro de 2011, cujo texto em português pode ser lido aqui.

Não é a primeira vez que se proclama Ano da Fé. O Papa Paulo VI já o fizera em 1967, cuja comemoração se encerrou no dia 30 de junho de 1968, com o Credo do Povo de Deus.

Na Carta de Proclamação do Ano da Fé, Bento XVI realça a incompletude do itinerário do homem nesta vida (n. 6, 2º parte).

Santo Agostinho, em suas Confissões (I Livro, n.1), já afirmava que "inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em ti [Senhor]."

Um outro aspecto, afora outros tantos, é a dimensão pública da fé. Neste aspecto da fé, o Papa afirma: "Por sua vez, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um facto privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este «estar com Ele» introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um acto da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita. No dia de Pentecostes, a Igreja manifesta, com toda a clareza, esta dimensão pública do crer e do anunciar sem temor a própria fé a toda a gente. É o dom do Espírito Santo que prepara para a missão e fortalece o nosso testemunho, tornando-o franco e corajoso." (n. 10)

Essas e outras mais riquezas sobre a fé podem ser lidas já na Carta Apostólica Porta da Fé.


Leia mais:




Fonte da imagem: http://www.materecclesiaedobrasil.com/2010_04_01_archive.html

domingo, 16 de outubro de 2011

História da Salvação e liturgia



Dá-se o nome de História da Salvação a um outro modo de viver a mesma história humana.

A salvação (shalôm, sôtêría, salus) diz respeito à plenitude de vida no plano pessoal e social, material e divina. Em outras palavras, se Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança (Gn 1, 26-27), a salvação é o viver plenamente essa condição divina, usufruindo as coisas humanas saudáveis, desde a saúde e a liberdade até a paz e a serenidade de espírito.

É a história repleta da presença e de ações salvadoras de Deus, iniciando-se com a criação, e a presença e a intervenção que se tornam plenas e manifestas ao entrar na carnalidade humana (Jesus).

Criação e encarnação são faces da mesma dinâmica de Deus em se revelar à humanidade e ao mundo.

A comunicação de Deus se faz por diálogo, e ele o faz com a humanidade e com o mundo, que formam toda a criação. Da parte de Deus: o Verbo (Cristo) e o Espírito Santo; conteúdo: revelação e graça. Da parte da humanidade: o povo de Israel e a Igreja; conteúdo: liberdade e fé. Da parte do mundo: a realidade cósmica e histórica, com sua civilização, cultura, progresso; conteúdo: acontecimentos humanos e mundanos sem os quais o diálogo não assume toda a realidade criada.

Na História da Salvação há um antes e um depois de Jesus, ou seja, há um tempo de preparação, um tempo de realização (demonstração definitiva) e um tempo de cumprimento (ou de oferta à conversão de todos).

“A liturgia não celebra o Jesus histórico, mas o Cristo da fé; ou seja, não o Jesus do passado, mas o Cristo Senhor, atual, presente no meio da sua Igreja. (...). A liturgia é atualidade e não recordação. Por isso, não é teatro, mas mistério, celebração dos mistérios.” (Luís Maldonado, Como se celebra, in A Celebração na Igreja, vol 1, pág. 223).

Presentemente, estamos no último tempo da História da Salvação, o chamado tempo da Igreja ou tempo do Espírito Santo, que se expressa e se atualiza ao longo da liturgia. A liturgia é, pois, o momento atual da história da salvação, cujos sacramentos são a expressão significativa da continuidade do diálogo.


Leia mais:

Constituição Dogmática Dei Verbum sobre a Revelação Divina 

Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia



Fonte da imagem: http://calmeiro-matias.blogspot.com/2009/02/final-da-historia-humana-e-salvacao.html

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Leigo: uma questão terminológica?


E foi em Antioquia que os discípulos, pela primeira vez, foram chamados de “cristãos”
(At 11,26)

 O termo “leigo” está, no plano normativo, sancionado pelo Direito Canônico para denominar os membros do povo de Deus que não são ministros sagrados (Cânone 207). Parte-se do peculiar para o geral, para conceituar, por exclusão, o leigo. Não diferentemente, já o fizera o Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática Lumen Gentium (n. 31).

O adjetivo grego “laikós” (em latim, laicus), donde “leigo”, não é bíblico. No entanto, o substantivo “laós”, matriz daquele, é bíblico. “Laós” quer dizer povo e, na linguagem judia e cristã, designava o povo consagrado por oposição aos outros povos, ditos profanos. Por volta do ano 150 da nossa Era, São Justino empregava o termo “laós” para designar o povo da Nova Aliança.

Por sua vez, “laikós” quer dizer do povo, membro desse povo consagrado ou da Nova Aliança. Para o padre francês Yves Congar (1904-1995), grande estudioso do tema, a não distinção entre “leigos” e “clérigos” no vocabulário do Novo Testamento não permite afirmar que a Igreja apostólica era indiferenciada. 

Para o teólogo Leonardo Boff, em sua obra O Destino do Homem e do Mundo: “Enquanto membro do povo de Deus, também o papa, os bispos e os ministros presbiterais são leigos”. 

No Século I, São Clemente Romano, que foi o 4º Papa da Igreja, foi o primeiro a usar, em língua grega, o termo “leigo” por distinção a sacerdote ministerial, numa carta por ele redigida à Igreja de Deus em Corinto (n. 40, 5).

O desvio do significado de “leigo”, no decorrer da História, deve-se, no plano religioso, a tendência de as relações humanas, também aqui, se organizarem no sentido da relação senhor-escravo, fruto da degeneração do amor-serviço em forma de poder de submissão de um ao outro.

Assim como o desvio do leito de um rio não importa dizer que as suas águas não continuem a fluir maleavelmente e com as mesmas características, o mesmo sucede com o termo “leigo”. Garimpado, desvela-se a originalidade do seu significado e sua aptidão para qualificar a mulher e o homem na sua pertença ao povo de Deus. 

Transcrevo a elucidativa nota de rodapé de autoria de Dom Paulo Evaristo Arns à Carta do papa São Clemente Romano aos Coríntios (n. 40, 5), por ele traduzida do original grego: “O termo ‘leigo’, aqui empregado pela primeira vez na língua grega, já significa o homem que pertence a Deus, e não é nem sacerdote nem levita. Apesar do sentido pejorativo e anti-religioso que por vezes se lhe atribuiu na História, esta mesma noção será continuamente revalorizada, como acaba de acontecer no Concílio Vaticano II (Lumen Gentium, c. 4).” 





Fonte da imagem: http://procio.com.br/site/2011/04/leigos-%E2%80%9Cgigante-adormecido%E2%80%9D-da-igreja/

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O adeus de Steve Jobs


Muito já se escreveu e se falou sobre Steve Jobs, falecido na quarta-feira nos Estados Unidos, mas muito se há de aprender dele, como gostar do que se faz, construir laços de família, tomar o arado e não olhar para trás e muito mais.

L'Osservatore Romano, que é o jornal da Santa Sé, dedica espaço a Steve Jobs sob o título "Il talento di Mr. Apple". Uma versão em castelhano pode ser lida aqui.

L'Osservatore Romano, em tradução livre, diz que "Steve Jobs foi um dos protagonistas e dos símbolos da revolução do Vale do Silício. Revolução da informática, sem dúvida, mas também revolução de costume, de mentalidade, de cultura."

Fica aí o testemunho de um grande homem, não apenas para ser recordado, mas para, efetivamente,  servir de estímulo, quer na profissão quer, sobretudo, nos fatos da vida como um todo.



Leia mais:

O que Steve Jobs significa para mim

Steve Jobs foi surpreendente lição de vida aos estudantes de Standford


Fonte da primeira imagem: http://info.abril.com.br/noticias/mercado/steve-jobs-reaparece-em-conferencia-da-apple-31052011-17.shl

Fonte da segunda imagem: http://jornalolharbrasileiro.blogspot.com/2011/10/o-mundo-chora-morte-de-steve-jobs.html