domingo, 26 de agosto de 2007

Modelos de santidade: Mônica e Agostinho

Falar de Santo Agostinho é falar de Mônica, sua mãe. E, inicialmente, dela falaremos.

Mônica era uma mulher cristã.

Modelo de virtudes cristãs, a Igreja Católica Romana celebra amanhã (segunda-feira), dia 27/8, a memória de Santa Mônica.

De família de classe média e de formação cristã, Mônica nasceu no ano 331, em Tagaste, na Numídia (hoje Song-Ahras, na Argélia), então província do império romano, ao norte da África, e faleceu em Óstia, Roma, no ano 387, quando retornava com o seu filho Agostinho para a África.

Era casada com Patrício, homem pagão de Tagaste.

Sabe-se que o casal teve três filhos: dois homens (Navígio e Agostinho) e uma mulher (Perpétua).

Por ser Mônica uma mulher determinada e de assídua oração, conseguiu com que Patrício se preparasse para o batismo, vindo este a morrer, depois de ter sido batizado, no ano 371. Por essa época, Agostinho estava com 16 anos.

Mônica, repita-se, era uma mulher de oração. E, mais uma vez, por sua constante oração, alcançou a graça da conversão do seu filho Agostinho, como veremos mais adiante.

Agostinho, filho de Santa Mônica, bispo e doutor da Igreja, cuja memória a Igreja celebra na próxima terça-feira, dia 28/8, é também modelo de virtudes cristãs.

Aurélio Augustinho, mais conhecido por Santo Agostinho, ou Agostinho de Hipona, nasceu em Tagaste no dia 13 de novembro de 354 e morreu aos quase 76 anos de idade, no dia 28 de agosto de 430, em Hipona, também cidade da província romana de Numídia (atual Aunaba, na Argélia).

O cristianismo deve à Santa Mônica ter Santo Agostinho entre os grandes seguidores do Cristo. Convertido a Cristo aos 32 anos (ano 386), Agostinho recebeu o sacramento do batismo das mãos de Santo Ambrósio, bispo de Milão, na Vigília Pascal da Primavera de 387.

Agostinho foi professor, filósofo, teólogo, catequista. Ordenado presbítero em 391. E eleito bispo para a diocese de Hipona em 396. Enfim, um grande pensador e escritor. Um homem apaixonado pela busca da verdade, contemplativo, defensor da fé que abraçou e promotor da vida comunitária. É autor de inúmeras obras, como Confissões, A Cidade de Deus, A Trindade, A Graça, A Doutrina Cristã, Comentários aos Salmos, A Virgem Maria, Diálogo sobre a Felicidade, além de uma regra monástica. "Seus escritos permanecem monumento de extra ordinária sabedoria e o qualificam como o maior entre os Padres e doutores da Igreja Latina", como reza o Missal Romano.

É de Santo Agostinho esta invocação: "[Senhor] fizeste-nos para ti, e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em ti". [1]


[1] Confissões, tradução de Maria Luíza Jardim Amarante, da Coleção Clássicos de Bolso, São Paulo, Editora Paulus, 2ª edição, 2003, p. 19, n. 1.


Fonte da primeira imagem:
http://www.agustinosrecoletos.org/nosotros_sanAgustin_pt/sanAgustin_05.php

Fonte da segunda imagem:
http://br.geocities.com/worth_2001/Patristica.html

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