terça-feira, 29 de abril de 2008

São Pio V: restaurador da liturgia

Dia 30 de abril, quarta-feira, a Igreja celebra a memória (facultativa) do Papa São Pio V.

Antonio Miguel Ghislieri nasceu em Bosco Marengo, na província de Alexandria, na Itália, em 17 de janeiro de 1504.

Aos quatorze anos ingressou na Ordem dos Pregadores (Dominicanos). Ordenado presbítero (padre), foi professor, prior de convento e superior provincial. Foi Bispo, e elevado a Cardeal pelo Papa Paulo IV.

Em 1566 foi eleito Papa, assumindo o nome de Pio V.

Para Pio V, o Concílio de Trento devia reformar a Igreja "na cabeça e nos membros". Foi o aplicador do Concílio de Trento. Começou pelas reformas internas. Fez publicar e divulgou o Catecismo Tridentino, reformulou o Breviário e o Missal Romano. Enfim, como diz o Missal Romano (página 575), "atuou na reforma da Igreja em todos os setores, seguindo as linhas traçadas pelo Concílio tridentino. Publicou os novos textos do Missal (1570), do Breviário (1568) e do catecismo romano."

Faleceu em 1º de maio de 1572, em Roma.

Foi canonizado pelo Papa Clemente XI, em 22 de maio de 1712.

A Oração do dia da Celebração Eucarística (Missa) em memória de São Pio V, Papa, invoca:

"Ó Deus, que suscitastes na Igreja o papa São Pio V,
para defender a fé e restaurar a liturgia,
concedei-nos, por sua intercessão,
participar dos vossos mistérios
com fé ardente e fecunda caridade.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo."


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Fonte da imagem:
http://www.diario-universal.com/2007/05/morreu/sao-pio-v/

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Santa Catarina de Sena: contemplação e ação


A Igreja celebra dia 29/4, terça-feira, a memória de Santa Catarina de Sena.

Catarina Benincasa nasceu em Siena, na Itália, no dia 25 de março de 1347. Seus pais Giacomo di Benincasa e Mona Lapa eram cristãos e tiveram vinte e cinco filhos. Catarina era filha gêmea, sendo a 24ª ou 25ª. Seu pai era tintureiro.

Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos aos dezesseis anos de idade. As Fraternidades Leigas de São Domingos são hoje as substitutas da Ordem Terceira de São Domingos, ou da Ordem Terceira Dominicana.

Catarina dedicou-se não apenas à vida contemplativa, mas também à ajuda aos doentes numa época em que a peste assolava a Europa. E mais, agiu diplomatica e politicamente para as causas que diziam respeito à Igreja, intervindo para que o Papa Gregório XI abandonasse Avinhão, na França, e voltasse para Roma, o que ocorreu em 13 de setembro de 1377.

Catarina escreveu Cartas, Orações e Diálogo. Escreveu é modo dizer, mas seus escritos foram por elas ditados. O Diálogo, por exemplo, foi todo ditado em estado de êxtase.

Catarina veio a falecer no dia 29 de abril de 1380, em Roma, com trinta e três anos.

Papa Pio II elevou Catarina às honras dos altares (santa), em 29 de junho de 1461, e o Papa Paulo VI a proclamou doutora da Igreja, no dia 4 de outubro de 1970.

Uma vida para Cristo, para a Igreja e para os irmãos. Contemplação e ação andaram inseparavelmente com Catarina Benincasa.

A Celebração Eucarística (Missa) em memória de Santa Catarina de Sena abre com esta Antífona da entrada (Missal Romano, página 574):

"Esta é uma virgem sábia
uma das jovens prudentes,
que foi ao encontro de Cristo
com sua lâmpada acesa."


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Definitivamente: o Documento de Aparecida

O tema deste post não constitui novidade. No próximo mês de maio se completa um ano da realização da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe que deu origem ao denominado Documento de Aparecida.

O CELAM - Conselho Episcopal Latino-Americano realizou a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe em Aparecida do Norte (Brasil), entre os dias 13 e 31 de maio de 2007.

O tema da Conferência Geral: "Discípulos e missionários de Jesus de Cristo, para que nossos povos nele tenham vida - Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6).

No dia 13 de maio de 2007, o Papa Bento XVI discursou na sessão inaugural dos trabalhos da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, cujo texto na íntegra, em português, pode ser lido aqui. Vale lembrar que foi nesta ocasião que Bento XVI aflora os contudentes problemas sociais e políticos, com severas críticas aos sistemas marxista e capitalista.

O Papa retorna ao Vaticano. Os Bispos continuam os trabalhos e, no dia 31 de maio, dão por concluídos, aprovando o Documento Conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe.

O Documento Conclusivo (que leva o nome de Aparecida) foi entregue, no dia 11 de junho de 2007, em audiência reservada com o Papa Bento XVI, pelos três presidentes da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. Os três presidentes foram os cardeais Francisco Javier Errázuriz, do Chile, Giovanni Battista Re, do Vaticano, e Geraldo Majella Agnelo, do Brasil.

Bento XVI autorizou a publicação do Documento Conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, denominado Documento de Aparecida, conforme Carta de S.S.Bento XVI aos irmãos no Episcopado da América Latina e Caribe, assinada no Vaticano, no dia 29 de junho de 2007, solenidade dos santos Apóstolos Pedro e Paulo (em espanhol). Este é, pois, o Documento oficial, e não outro, para toda a Igreja na America Latina e no Caribe.

O CELAM disponibiliza o Documento Conclusivo, denominado Documento de Aparecida, em sua página na internet, em espanhol e em francês, antecedido pela Carta de Bento XVI, de 29 de junho de 2007, autorizando a publicação do Documento e do Discurso proferido pelo Papa na sessão inaugural da V Conferência Geral, em 13 de maio de 2007.

A edição nacional sob o título de "Documento de Aparecida: Texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe", que leva o selo das Edições CNBB e das editoras Paulus e Paulinas, traz a Carta de Sua Santidade Bento XVI autorizando a publicação, o texto completo e oficial do Documento Conclusivo, do discurso do Santo Padre na sessão inaugural da V Conferência Geral, outros discursos e homilias do Papa, além de índices analítico e geral.


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Fonte da primeira imagem:
http://www.paulus.com.br/lojavirtual/secoes/detalhamento.php?id=2270&produto=livros&cat_produto=produtos_livros&produto_dir=livros&categoria=Pastoral,%20Catequese%20e%20Liturgia&id_cat=0#

Fonte da segunda imagem:
http://www.vicariadepastoral.org.mx/5-aparecida/aparecida_00.htm

sábado, 26 de abril de 2008

Ano Catequético 2009: divulgação do cartaz


O tema do Ano Catequético: Palavra, Eucaristia e Missão.

O cartaz selecionado para o Ano Catequético é da autoria de Dirceu Coelho, da Diocese de Rondonópolis (MT). E, nas palavras da Irmã Zélia Batista, assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, o ganhador "conseguiu agregar os principais elementos do tema".

Segundo Dom Eugênio Rixen, presidente da mesma Comissão, o Ano Catequético não vai ser um acontecimemento isolado, mas faz parte de algo bem maior dentro da Igreja, que envolve o Documento de Aparecida, as novas Diretrizes Evangelizadoras da Igreja no Brasil etc..

Por certo que as conclusões do Sínodo dos Bispos que se realizará no Vaticano, no período de 5 a 26 de outubro de 2008, sobre o tema "A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja", terão peso para o Ano Catequético 2009.


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Fonte da imagem:
http://www.cnbb.org.br/index.php?op=noticia&subop=17613

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Bento XVI e Bernice King: "não podemos esperar"

Um breve encontro de grande dimensão. Em outras palavras, o Papa Bento XVI e Bernice King mantiveram uma conversa por ocasião do encontro ecumênico na última sexta-feira (18/4), realizado na Igreja de São José, em Nova York.

Esse encontro entre Bento XVI e a filha de Martin Luther King Jr tem uma significação simbólica muito grande. Além do aspecto ecumênico (Bernice, como os pais, não é católica), tem o caráter de convalidar, dar continuidade à luta pacífica pela igualdade dos direitos civis entre brancos e negros, à luta pela liberdade e dignidade da pessoa humana em qualquer parte do mundo. Encontro esse que tem tal valor simbólico que ultrapassa a causa americana.

Essa visão maior, por certo acolhida por Bento XVI e Bernice King, já fora profetizada por Martin Luther King, mártir da luta pela igualdade dos direitos civis: "A determinação dos negros norte-americanos de se libertarem de todas as formas de opressão, deriva dos mesmos motivos profundos que inspiram as lutas de todos os povos oprimidos do mundo. Os descontentamentos na Ásia e na África são expressões de um anseio de liberdade e de dignidade humana por pessoas que, por longo tempo, foram vítimas do colonialismo e do imperialismo. Num sentido verdadeiro, a crise racial dos Estados Unidos é parte de uma crise mais ampla, que abrange o mundo inteiro".

"Não podemos esperar" é o título de um dos livros de Martin Luther King Jr. Se à época, a luta pacífica não podia "esperar", porque - e com injustiça - atingia na carne os negros, hoje, na era de alta tecnologia da comunicação, com mais razão não podem as lideranças religiosas "esperar": quer para diálogo ecumênico quer para a justiça e a paz entre raças e nações.

No livro "Não podemos esperar", Martin Luther King faz uma dedicatória: "A meus filhos Yolanda, Martin III, Dexter e Bernice, para os quais sonho que um dia no futuro próximo não mais sejam julgados pela cor de sua pele, mas, sim, pelo conteúdo de seu caráter".


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Fonte da imagem à esquerda: http://maf.dept.uncg.edu/programs/opportunities/mlk.htm

Fonte da imagem à direita: http://www.fatimamissionaria.pt/noticia5.php?recordID=13658&seccao=3

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Dia Internacional dos Monumentos e Sítios Arqueológicos

A UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, agência especializada da ONU, aprovou a instituição do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios Arqueológicos, a ser celebrado no dia 18 de abril, por indicação do Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios, em inglês, ICOMOS - International Council on Monuments and Sites.

Para este 18 de abril de 2008, o Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios elegeu o tema "Patrimônio Religioso e Espaços Sagrados", que objetiva despertar a comunidade para o reconhecimento e valorização dos edifícios e obras de arte religiosas, assim como dos espaços que assumem o caráter de sacralidade, ou seja, espaços sagrados.


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Fonte da primeira imagem:
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=58814&seccaoid=8&tipoid=184


Fonte da segunda imagem:
http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/vivendo-polo.php?cod_area=3&cod_polo=26

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Abraçar uma cultura de justiça e verdade

O título deste post foi extraído do discurso de boas-vindas do Presidente dos Estados Unidos da América do Norte, George Bush, ao recepcionar o Papa Bento XVI, na Casa Branca, na quarta-feira (16/4). E, para gáudio de todos, na feliz data de aniversário natalício de Bento XVI.

Vale conferir o discurso do Presidente George Bush clicando aqui.

O Papa agradeceu as boas-vindas que o Presidente deu em nome do povo estadunidense. "Estou ainda feliz de estar aqui como um hóspede de todos os americanos. Venho como amigo, um pregador do Evangelho, e com grande respeito por esta sociedade de vasta pluralidade" - afirma o Papa.

Essas palavras do Papa e todo o seu pronunciamento você pode ler clicando aqui.

Bento XVI completou ontem (16/4) 81 anos. Logo pela manhã, às 08:00 horas (local), o Papa celebrou Missa em ação de graças, na capela da Nunciatura Apostólica em Washington.

Parabéns ao Papa Bento XVI pelo seu aniversário! Parabéns ao povo americano que o acolhe com carinho e alegria!

Concluo com as palavras de Bento XVI: "Em uma palavra, a liberdade é sempre nova. É um desafio dirigir-se a cada geração, e isso deve ser conseguido constantemente pela causa do bem (cf. Spe Salvi, 24)."


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Fonte da primeira imagem: http://www.whitehouse.gov/president/

Fonte da segunda imagem: http://www.radiovaticana.org/BRA/index.asp

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Bento XVI: viagem aos Estados Unidos

O Papa Bento XVI viajará amanhã, dia 15/4 (terça-feira), aos Estados Unidos da América do Norte, onde permanecerá até o dia 21/4 (segunda-feira). No dia 18/4 (sexta-feira), visitará a sede das Organizações das Nações Unidas - ONU e discursará para a Assembléia Geral da ONU.

Depois de eleito Papa, essa é a primeira viagem de Bento XVI aos Estados Unidos. A finalidade primária dessa viagem é religiosa, de conteúdo religioso, e assim se diz viagem apostólica.

A página oficial do site da Santa Sé traz o programa da viagem do Santo Padre e pode ser consultada clicando aqui.

Em 15 de março, a Rádio Vaticano noticiava: "Na viagem que realizará em abril próximo aos EUA, o papa terá um encontro com mais de 200 reitores de escolas superiores católicas, e hoje, a um mês da chegada do pontífice, cresce a apreensão entre eles por uma mensagem "severa" do papa. [...] Para o presidente da Universidade Católica, prof. David M. O'Connell, "o papa acentuará a importância de que as escolas entendam que fazem parte da Igreja, e não são empresas independentes"." Sobre o tema leia mais clicando em Reitores de Escolas Americanas aguardam discurso "severo" do Papa.

Bento XVI faz aniversário no dia 16 de abril (quarta-feira), segundo dia da visita.

Reina muita expectativa em torno da viagem apostólica: não só para a Igreja nos Estados Unidos da América do Norte, mas também para toda a Igreja no mundo. E também para as relações internacionais, diálogo ecumênico e diálogo inter-religioso.


Leia mais:



Fonte da primeira imagem:
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/index_po.htm

Fonte da segunda imagem: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/travels/2008/index_stati-uniti_po.htm

domingo, 13 de abril de 2008

Bispos: profetas ameaçados

Mais uma vez chega ao conhecimento do público que três Bispos da Igreja Católica Romana no Brasil estão sendo ameaçados.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB divulgou Nota de Solidariedade com os Bispos que "sofrem perseguição e até ameças de morte, como se lê neste trecho: "Nós Bispos, juntamente com os Organismos, assessores e colaboradores da Igreja no Brasil, reunidos na 46ª Assembléia Geral da CNBB, em Itaici, Indaiatuba (SP), vimos nos solidarizar com os Bispos que, atualmente, por causa do Evangelho, sofrem perseguição e até ameaças de morte: Dom Erwin Krautler, da Prelazia do Xingu, Dom José Luiz Azcona Hermoso, da Prelazia do Marajó, e Dom Flávio Giovenale, da Diocese de Abaetuba. Qualquer agressão a eles atinge a todos nós, seus irmãos no ministério episcopal, e ao povo a quem servem com destemido zelo e corajosa profecia. (cf. Jr 18,18-23)."

Sempre que a Igreja denuncia estruturas ou casos concretos injustos recebe em contrapartida ameaças para amordaçá-la, que vão de intimidação, perseguição e até a morte. Hoje, no caso do Brasil, não são ameaças por parte do Império (Estado), mas por parte de cidadãos ou de organizações, todos interessados na manutenção do estado de injustiça. É certo, porém, que não raras vezes as injustiças são decorrentes da omissão do Estado, que também se acomoda a interesses daqueles que detêm poder econômico.

A injustiça, via de regra, se faz e prospera contra pessoas sem poder de organização. E a denúncia, própria do profetismo bíblico, conscientiza, alerta, e o que era disperso, amorfo, se aglutina, ganha visibilidade. Irrita e desestabiliza os que da injustiça vivem, e vivem muitas vezes faustosamente em detrimento daqueles a que lhes falta o imprescindível para sobreviverem.


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Fonte da primeira imagem:
http://oglobo.globo.com/blogs/amazonia/default.asp?a=251&cod_blog=171&palavra=&pagAtual=3%20&periodo=200705

Fonte da segunda imagem:
http://coracaofiel.com.br/blog/?p=191

Fonta terceira imagem:
http://www.isma.org.br/informativo/cgi/informisma.php?numero=42&metodo=get&acao=visualizar

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Ainda Emaús: Ano Catequético - 2009

É com os olhos em Emaús (Lc 24, 13-35) que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB está convocando a Igreja no Brasil para o Ano Catequético a ser celebrado em 2009, comemorando os cinqüenta anos do primeiro Ano Catequético (1959).

Segundo a CNBB, "O Ano Catequético terá sua culminância com a 3ª Semana Brasileira de Catequese que se realizará de 7 a 11 de outubro de 2009 em Itaici - Indaiatuba (SP). O tema desta Semana é "Catequese, caminho para o discipulado" e o lema: "Nosso Coração arde quando Ele fala, explica as Escrituras e parte o pão". (cf. Lc 24,13-35).

O Ano Catequético não pretende ser um fato isolado. Integra um contexto maior formado pelo Documento da Conferência de Aparecida e pelas novas Diretrizes Evangelizadoras da Igreja no Brasil, recentemente aprovadas pelos Bispos reunidos em Itaici, Indaiatuba (SP), e outras mais ações eclesiais.

A passagem "Os Discípulos de Emaús" é o eixo do conteúdo bíblico do Ano Catequético.

Vale ler, apreendendo a mensagem, o evangelista São Lucas, capítulo 24, versículos 13 a 35.


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Fonte das imagens:
http://www.capuchinhos.org/porciuncula/encontro_biblia/emaus.htm

quarta-feira, 9 de abril de 2008

G. K. Chesterton e a Ortodoxia

Gilbert Keith Chesterton (1874-1936), escritor inglês, mais conhecido entre nós pelo livro "O Homem que foi Quinta-Feira (um pesadelo)", passou por uma evolução espiritual que foi de um juvenil agnosticismo até converter-se ao cristianismo. Tornou-se um dos intelectuais católicos mais importantes da primeira metade do século XX.

Homem de espírito jocoso, Chesterton debateu com os grandes intelectuais da época, como Bertrand Russell, Clarence Darrow, George Bernard Shaw e H. G. Wells.

Há cem anos, precisamente em 1908, Chesterton publicava o livro Orthodoxy. Comemorando o centenário do livro, a Editora Mundo Cristão, em edição comemorativa, publica, em português, o livro Ortodoxia, na tradução de Almiro Pisetta.

A tradução é enriquecida com o "Prefácio à edição comemorativa em português", de autoria de Philip Yancey.

O humor, graça, gentileza e bonomia fazem de Chesterton um escritor muito querido. O humor em Chesterton é também um meio para chegar às grandes verdades, como sucede com o centenário livro Ortodoxia.

Chesterton escreveu biografias célebres: São Francisco de Assis e São Tomás de Aquino.

Afinal, Chesterton é um artista na escrita. É um dos maiores romancistas ingleses.

A grandeza de Ortodoxia pode ser apreendida desta passagem do Prefácio à edição comemorativa em português", de Philip Yancey: "Não entendo como os leitores se deixam atrair por um título tão imperscrutável, mas um dia foi exatamente o que fiz, e minha fé nunca mais foi a mesma. Na época em que eu passava por um período de aridez espiritual; tudo parecia estar velho, desgastado e sem vida. A leitura de Ortodoxia me trouxe novo refrigério e, acima de tudo, novo espírito de aventura."

E Philip Yancey confessa no mesmo Prefácio: "Sempre que percebo que minha fé volta a correr o risco de tornar-se árida, vou até minha estante e apanho um livro de G. K. Chesterton. E assim começa de novo a aventura."

Chesterton assinala que o livro Ortodoxia é autobiográfico (pág. 15). O autor diz: "quero apresentar a minha crença como uma resposta específica a essa dupla necessidade espiritual, a necessidade da mistura do conhecido com o desconhecido que a cristandade corretamente chamou de romance. Pois até mesmo a palavra "romance" tem em si o mistério e o antigo significado de Roma" (pág. 19). "Precisamos ver o mundo de tal modo que nele se combine uma de idéia de deslumbramento com uma idéia de acolhimento" (pág. 20). "Estes ensaios pretendem apenas discutir o fato real de que a teologia cristã central (suficientemente resumida no Credo dos Apóstolos) é a melhor raiz de energia e ética sólida" (pág. 23).

E ainda: "Todo o segredo do misticismo é este: que o homem pode compreender tudo com a ajuda daquilo que não compreende" (pág. 48).

Mais adiante: "O cristianismo veio ao mundo acima de tudo para afirmar com veemência que o homem não só devia olhar para dentro, mas devia olhar para fora, contemplar com assombro e entusiasmo uma companhia divina e um capitão
divino" (pág. 126).

Mas, antes dizia Chesterton: "Tentei fundar uma heresia só minha; e quando lhe dei o último acabamento descobri que era a ortodoxia" (pág. 22). "Quando a palavra "ortodoxia" é usada aqui, ela significa o Credo dos Apóstolos, como era entendido por todos os que se chamavam cristãos até pouco tempo atrás e a conduta histórica daqueles que adotavam esse credo" (pág. 23).

E a constatação do escritor: "Eu sou o homem que com a máxima ousadia descobriu o que já fora descoberto antes" (pág. 21).

O livro Ortodoxia, em edição comemorativa 1908- 2008, está aí, com o estilo "chestertoniano", para ser saboreado, lido à vontade.

E boa leitura!


Leia mais:



Fonte da primeira imagem:
http://timotheosprologizes.blogspot.com/2006/11/chesterton-on-original-sin.html

Fonte da segunda imagem:
http://www.mundocristao.com.br/imgprod/p10575_gg.jpg

terça-feira, 8 de abril de 2008

Diretório Nacional de Catequese

A 43ª Assembléia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, realizada em Itaici - Idaiatuba (SP), entre os dias 9 e 17 de agosto de 2005, aprovou o texto definitivo do Diretório Nacional de Catequese, aprovado pela Congregação para o Clero em 8 de setembro de 2006.

Já falamos do Diretório da Liturgia, editado anualmente, e de outras publicações que levam o selo da CNBB, como Guia Litúrgico-Pastoral e Sou Católico - Vivo a minha fé, que recebeu uma bem-vinda postagem de Educação On-line by Fernando Pimentel.

A CNBB esclarece o sentido da nomenclatura "Diretório": "Os Diretórios tornaram-se quase manuais, vade-mecuns ou compêndios, um conjunto de princípios, critérios e normas de natureza bíblico-teológica e metodológico-pastoral com a função de coordenar a ação pastoral."

O Diretório Nacional de Catequese, como se deduz da própria denominação, é de aplicação para toda a Igreja no Brasil. Relembra princípios e critérios já conquistados, por certo que adiciona outros, mas sobretudo quer fazê-los andar, avançar, para estimular, motivar estudos e pesquisas que respondam aos anseios presentes e futuros da catequese.

Por certo que a catequese ocupa hoje um espaço de grande responsabilidade quer não só pela formação integral da criança e da juventude, mas também pela reciclagem dos adultos. Formar tanto cidadãos da Igreja quanto - diante do imediatismo e do individualismo formador das instituições de ensino - cidadãos da vida civil.

A catequese implica um dado a mais: a coerência da teoria com a prática - testemunho.

O Diretório Nacional de Catequese contém 224 páginas. Além da aprovação da Congregação para o Clero e da apresentação do Secretário-Geral da CNBB, das siglas e abreviaturas, bem assim uma introdução, o Diretório divide-se em duas partes: I Parte: Fundamentos teológico-pastorais da catequese e seu contexto; e II Parte: Orientações para a catequese na Igreja Particular. Finaliza-se com a Conclusão, que ocupa as páginas 189 e 190.

O Diretório é enriquecido, ao final, com um glossário (páginas 191-197), índice temático (páginas 199-213) e o sumário (páginas 215-221).


Leia mais:





Fonte da primeira imagem:
http://www.edicoescnbb.com.br/loja/script/apresentacao_livro.asp?pid=93

Fonte da segunda imagem:
http://www.revistadeliturgia.com.br/materiacapa192.asp

segunda-feira, 7 de abril de 2008

São João Batista de La Salle: Padroeiro Universal dos Educadores

A Igreja celebra dia 7/4, segunda-feira, a memória de São João Batista de La Salle.

João Batista de La Salle nasceu em Reims, na França, no dia 30 de abril de 1651. Era o filho mais velho do casal Luis de La Salle e Nicole Moët. Seu pai foi conselheiro de Luís XIV.

La Salle foi ordenado presbítero (padre) em 1678, depois de ter sua licenciatura em Filosofia e em Teologia. Celebrou sua primeira Missa na Catedral de Reims, onde desempenhava seu ofício sacerdotal, além de ser diretor espiritual de comunidades religiosas.

Mas La Salle viria a ser conhecido no mundo inteiro pela dedicação à educação em prol da infância e da juventude.

Criou, em 1680, as Escolas Cristãs com outros professores. Em 1684, esse grupo se torna a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, hoje Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, que contribuiu para educação do povo.

João Batista de La Salle faleceu no dia 7 de abril de 1719, em Rouen, na França.

As obras educativas de La Salle estão hoje espalhadas pelo mundo em oitenta e dois países.

La Salle foi canonizado no dia 24 de maio de 1900 pelo Papa Leão XIII.

E declarado Padroeiro Universal dos Educadores em 15 de maio de 1950 pelo Papa Pio XII.

A Oração do dia do Missal Romano (pág. 568) invoca: "Ó Deus, que escolhestes São João Batista de La Salle para a educação cristã dos jovens, suscitai na vossa Igreja educadores que se consagrem inteiramente à formação humana e cristã da juventude. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo."

Sobre a vida e os princípios pedagógicos de La Salle leia aqui. Conheça também uma das famosas e boas Escolas Cristãs da Associação Brasileira de Educadores Lassalistas (ABEL), nome jurídico da Província Lassalista de São Paulo, intitulado "Instituto Abel", na cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro (Brasil).

Em resumo, um homem, cristão, cuja vida esteve voltada inteiramente para a educação integral da juventude, e cujos princípios educacionais iluminam os professores e os alunos.


Leia mais:



Fonte da primeira imagem:
http://www.lasallecaxias.com.br/quemsomos/identidade1.htm

Fonte da segunda imagem:
http://www.lasalle.org.br/rede/niteroi/index.htm

sábado, 5 de abril de 2008

O itinerário da fé pascal


Do livro do padre Álvaro Barreiro, SJ, tomo por empréstimo o título deste post.

No Tempo Pascal dão-se as aparições do Jesus ressuscitado, ou cristofanias. É o tempo em que se vai como que preparando o atual tempo da história da salvação, chamado tempo da Igreja, ou o tempo do Espírito Santo.

Era o primeiro dia da semana (equivalente ao domingo). Abatidos com a morte do seu líder, dois discípulos abandonaram Jerusalém. Talvez quisessem tocar suas vidas fora do centro político, econômico e religioso - Jerusalém. Dirigiram-se, então, para um povoado chamado Emaús, distante de Jerusalém uns dez quilômetros.

Todos os acontecimentos da semana anterior, sobremodo a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e os seus sofrimentos da quinta a sexta-feira, estavam frescos na cabeça dos discípulos. E, enquanto caminhavam, comentavam entre si esses fatos. E, naturalmente, a eles se juntou um viajante que acabou por interromper a viagem.

O evangelista Lucas descreve esse episódio dos dois discípulos, conhecido sob o título de Os dois discípulos de Emaús, ou Os discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35) .

Neste tempo das aparições - Tempo Pascal -, a Igreja coloca a narração lucana em duas celebrações litúrgicas: eucaristia (missa) da quarta feira na Oitava da Páscoa (26/3) e eucaristia (missa) do terceiro Domingo da Páscoa (6/4).

"O itinerário da fé pascal" dos discípulos de então e dos de hoje passa pelo encontro com o Cristo - o viajante que, sem alarde, se junta a nós, para dar esperança, dar sentido à vida.

Sempre me fascinou essa maravilha de Os discípulos de Emaús. Nela, via e vejo como que a primeira Celebração Eucarística (Missa), em sua inteireza fundamental (liturgia da palavra e liturgia eucarística). Ou, como diz a Instrução Geral sobre o Missal Romano: "A Missa consta, por assim dizer, de duas partes, a saber: a liturgia de palavra e a liturgia eucarística, tão intimamente unidas entre si, que constituem um só ato de culto" (n. 28).

E ainda: o retorno dos discípulos a Jerusalém para unir-se aos demais bem define o sentido da celebração eucarística fazer um só corpo e um só espírito. E mais o ide da Missa coincide com o sentido do retorno: confirmar a alegre novidade; anunciá-la, não guardando só para si.

O livro "O itinerário da fé pascal", de autoria do padre Álvaro Barreiro, SJ, está plasmado em cima do texto Lucas (Lc 24,13-35), razão pelo qual a ele me reporto. O livro como que, trabalhando uma aparição do Tempo Pascal, ajuda a viver a espiritualidade deste kairós. É livro para ser lido e meditado não apenas no Tempo Pascal, mas a todo tempo, pois todo o tempo é tempo de escutar o Cristo, partir e repartir, retornar à unidade na fé, alegrar-se e anunciar.

Concluo com as palavras do padre Álvaro Barreiro, com perguntas, cujas repostas serão encontradas no decorrer do livro: "O relato da aparição de Jesus aos discípulos de Emaús responde às perguntas que eram feitas nas comunidades contemporâneas do evangelista; perguntas que continuam a ser feitas em nossas comunidades: Por que Jesus ressuscitado, "o Vivente" (vv. 5.24), não se manifesta? Por que nossos olhos são incapazes de vê-lo? Por que nossos corações são lentos para crer?" [1].


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[1] Álvaro Barreiro, SJ, O itinerário da fé pascal: A experiência dos discípulos de Emaús e a nossa (Lc 24, 13-35), São Paulo, Edições Loyola, 4ª edição, revista e ampliada, junho de 2005, p. 16.


Fonte da primeira imagem:
http://www.vilakostkaitaici.org.br/texto_estudos_quevedo21.htm

Fonte da segunda imagem:
http://www.escoladeevangelizacao.com.br/redir.php?show=shopping.php

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Martin Luther King: o sonho continua

Dr. Martin Luther King Jr. (15 de janeiro de 1929 - 4 de abril de 1968), negro estadunidense, Prêmio Nobel da Paz (1964), marcou época por sua luta pela igualdade de direitos civis entre brancos e negros. Seus discursos eram inflamados. Reunia multidões.

Em 28 de agosto de 1963, Luther King pronunciou para imensa multidão seu famoso e inesquecível discurso "Eu tenho um sonho". Ou, em inglês: "I Have a Dream".

Luther King, reconhecido internacionalmente pelo seu pacificismo, foi assassinado no dia 4 de abril de 1968, em Memphis (Tennessee).

Ao lado de Gandhi, João XXIII e John Kennedy, Luther King entrou para a galeria dos grandes homens que marcaram e estiveram além das épocas em que viveram. São exemplos perenes.

E Luther King sonhava:

"Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!"

Sonhava o sonho do cristão: "Esta é nossa esperança."


E o sonho continua...


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Fonte da primeira imagem:
http://www.afscme.org/about/mlk-memorial.cfm

Fonte da segunda imagem:
http://www.dezemtudo.com/artigos_1.asp?CodigoArtigo=66&Pagina=4&tipo=artigo

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Papa João Paulo II: o adeus que continua

Era o dia 2 de abril de 2005, sábado. O dia já dava lugar para a véspera do Domingo da Divina Misericórdia (Segundo Domingo da Páscoa), quando a nós, brasileiros, chegava a notícia, proveniente de Roma, de que João Paulo II acabava de falecer. O Papa dava o seu adeus.

Hoje, dia 2/4/2008, quarta-feira da segunda semana da Páscoa, completam-se três anos do falecimento de João Paulo II.

Para nós, brasileiros, fica o registro: João Paulo II foi o primeiro Papa a visitar o Brasil (de 30 de junho a 11 de julho de 1980). Seus passos em nosso solo foram acompanhados com muita emoção e alegria. Seus pronunciamentos, catalogados em livro sob o título "Pronunciamentos do Papa no Brasil", estão aí para documentar tão intensa peregrinação em solo brasileiro. [1]

Se quiser recordar a primeira visita de João Paulo II ao Brasil, confira no arquivo JB ONLINE.

Vale conferir a página oficial do site do Vaticano dedicada a Ionnes Paulus II: Em memória de João Paulo II no aniversário do seu falecimento.

E mais. Três anos depois, é possível tornar a ver aquelas imagens que comoveram o mundo, escutar o toque dos sinos anunciando a morte de João Paulo II e as palavras do porta-voz do Vaticano Joaquim Navarro-Vals, acessando aqui.

O Departamento de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice notifica que o Papa Bento XVI presidirá, no dia 2/4 (hoje), 10:30 horas (horário do Vaticano), a celebração da Santa Missa, no terceiro ano da morte de João Paulo II. Em italiano, a notificação do referido Departamento pode ser lida aqui. A Rádio Vaticano noticia a matéria sob o título: Terceiro aniversário da morte de João Paulo II vai ser assinalado no Vaticano.

Aprofunde-se mais lendo: João Paulo II, 3 anos depois.

Por derradeiro, perdoem-me meus leitores: não posso deixar de recordar, nesta mesma data, os 40 anos do adeus do meu pai, na longínqua manhã do dia 2 de abril de 1968. Os dois adeuses marcam para mim esse dia de entrada de ambos para a vida plena, em Deus.


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http://mundoschoenstatt.blogspot.com/2005_04_01_archive.html