
Homem de espírito jocoso, Chesterton debateu com os grandes intelectuais da época, como Bertrand Russell, Clarence Darrow, George Bernard Shaw e H. G. Wells.
Há cem anos, precisamente em 1908, Chesterton publicava o livro Orthodoxy. Comemorando o centenário do livro, a Editora Mundo Cristão, em edição comemorativa, publica, em português, o livro Ortodoxia, na tradução de Almiro Pisetta.
A tradução é enriquecida com o "Prefácio à edição comemorativa em português", de autoria de Philip Yancey.
O humor, graça, gentileza e bonomia fazem de Chesterton um escritor muito querido. O humor em Chesterton é também um meio para chegar às grandes verdades, como sucede com o centenário livro Ortodoxia.
Chesterton escreveu biografias célebres: São Francisco de Assis e São Tomás de Aquino.
Afinal, Chesterton é um artista na escrita. É um dos maiores romancistas ingleses.
A grandeza de Ortodoxia pode ser apreendida desta passagem do Prefácio à edição comemorativa em português", de Philip Yancey: "Não entendo como os leitores se deixam atrair por um título tão imperscrutável, mas um dia foi exatamente o que fiz, e minha fé nunca mais foi a mesma. Na época em que eu passava por um período de aridez espiritual; tudo parecia estar velho, desgastado e sem vida. A leitura de Ortodoxia me trouxe novo refrigério e, acima de tudo, novo espírito de aventura."
E Philip Yancey confessa no mesmo Prefácio: "Sempre que percebo que minha fé volta a correr o risco de tornar-se árida, vou até minha estante e apanho um livro de G. K. Chesterton. E assim começa de novo a aventura."
Chesterton assinala que o livro Ortodoxia é autobiográfico (pág. 15). O autor diz: "quero apresentar a minha crença como uma resposta específica a essa dupla necessidade espiritual, a necessidade da mistura do conhecido com o desconhecido que a cristandade corretamente chamou de romance. Pois até mesmo a palavra "romance" tem em si o mistério e o antigo significado de Roma" (pág. 19). "Precisamos ver o mundo de tal modo que nele se combine uma de idéia de deslumbramento com uma idéia de acolhimento" (pág. 20). "Estes ensaios pretendem apenas discutir o fato real de que a teologia cristã central (suficientemente resumida no Credo dos Apóstolos) é a melhor raiz de energia e ética sólida" (pág. 23).
E ainda: "Todo o segredo do misticismo é este: que o homem pode compreender tudo com a ajuda daquilo que não compreende" (pág. 48).
Mais adiante: "O cristianismo veio ao mundo acima de tudo para afirmar com veemência que o homem não só devia olhar para dentro, mas devia olhar para fora, contemplar com assombro e entusiasmo uma companhia divina e um capitão
Mas, antes dizia Chesterton: "Tentei fundar uma heresia só minha; e quando lhe dei o último acabamento descobri que era a ortodoxia" (pág. 22). "Quando a palavra "ortodoxia" é usada aqui, ela significa o Credo dos Apóstolos, como era entendido por todos os que se chamavam cristãos até pouco tempo atrás e a conduta histórica daqueles que adotavam esse credo" (pág. 23).
E a constatação do escritor: "Eu sou o homem que com a máxima ousadia descobriu o que já fora descoberto antes" (pág. 21).
O livro Ortodoxia, em edição comemorativa 1908- 2008, está aí, com o estilo "chestertoniano", para ser saboreado, lido à vontade.
E boa leitura!
Leia mais:
Fonte da primeira imagem:
http://timotheosprologizes.blogspot.com/2006/11/chesterton-on-original-sin.html
Fonte da segunda imagem:
http://www.mundocristao.com.br/imgprod/p10575_gg.jpg
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