terça-feira, 29 de junho de 2010

São Tomás de Aquino nas catequeses de Bento XVI



São Tomás de Aquino, proeminente teólogo da Escolástica, foi a figura central das três catequeses do Papa Bento XVI, nas Audiências Gerais das Quartas-Feiras, proferidas em 2, 16 e 23 de junho de 2010.

Confira! A catequese do dia 2/6, em português, pode ser lida aqui. A do dia 16, aqui. E a do dia 23/6 clicando aqui.


Leia mais:

Iniciação a Santo Tomás de Aquino



Fonte da imagem:
http://dominicanos.pmeevolution.com/index.asp?art=6620

domingo, 27 de junho de 2010

Os folhetos de Missa e as leituras bíblicas



A questão que se coloca é: deve-se acompanhar as leituras bíblicas proclamadas nas Missas pelos folhetos (Deus Conosco, O Domingo, Sancta Missa e outros) ou deixá-los de lado e prestar atenção ao que está sendo lido, ou melhor, escutar a leitura que está sendo proclamada pela leitora ou leitor?

A Missa é uma celebração de natureza eclesial, ou seja, comunitária. O povo de Deus é convocado e reunido, para, sob a presidência do sacerdote (bispo, padre) que representa a pessoa de Cristo, celebrar a memória do Senhor ou sacrifício eucaristíco.

A Missa é o lugar por excelência da presença da Trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. A comunidade trinitária presente. A comunidade Povo de Deus também presente.

No significado da palavra celebrar (do latim, celebrare), está o efeito de fazer, em grande número, algo solene, notável. O indicador é, portanto, de pluralidade de pessoas. Daí, deduz-se que a Missa, ou a Eucaristia, não pode ser uma celebração de natureza individual.

No diálogo que se estabelece na Missa, Deus vem falar para a comunidade reunida. É Deus quem fala, e o faz por intermédio da leitora, leitor, salmista. E Cristo, presente em sua palavra, anuncia o Evangelho, e o faz na pessoa do sacerdote ministerial (padre).

Mais expressivo dizer que a Palavra de Deus é proclamada (do latim pro + clamare, ou seja, clamar em frente, diante). Ninguém brada para si. Proclamar (proclamare) já traz em seu conceito o sentido de clamar para muitas pessoas (público). É a Palavra de Deus bradada, ou melhor, clamada pela leitora ou leitor em voz alta e solenemente diante da assembléia.

Você já pensou: é Deus quem fala! Nesse momento cultual em que Deus fala por meio da leitora ou leitor, por que a gente não procura, reverente e atentamente, escutar a Palavra que está sendo proclamada?

Diz um notável teólogo da Liturgia: "Isso significa que a leitura litúrgica deve ser entendida como proclamação, ou seja, como uma leitura dirigida à assembléia que ouve. No momento cultual não há de fato lugar para a leitura privada ou pessoal; nem sequer para a que muitas vezes hoje em nossas igrejas cada qual é tentado a fazer no "seu" folheto." (Cesare Giraudo, Admiração eucarística. Para uma mistagogia da missa à luz da encíclica 'Ecclesia de Eucharistia', tradução de Orlando Moreira, São Paulo, Edições Loyola, 2008, pág.75). Ou, como diz o mesmo liturgista, "não fazem mais que repetir em particular as leituras" (pág. 71).

Em conclusão, enquanto se proclamam as leituras bíblicas, não é o momento cultual para, utilizando-se dos chamados "folhetos litúrgicos", fazer leitura individual das mesmas passagens bíblicas. Do contrário, Deus fala e Cristo anuncia para uma assembléia ocupada com a leitura dos folhetos. Em outros dizeres, os membros da assembléia olham, com as cabeças abaixadas, para os folhetos, e não escutam. Neste caso, o binômio proclamação e escuta está em ruído, ou seja, está falho.



Fonte da primeira imagem:
http://liturgiacatolica-liturgia.blogspot.com/2009/04/o-leitor.html

Fonte da segunda imagem:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/foto/0,,16207275-FMM,00.jpg

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Iniciação a Santo Tomás de Aquino



Para quem pretende ter um primeiro contato com a vida e as obras de Tomás de Aquino, o livro Iniciação a Santo Tomás de Aquino, Sua pessoa e sua obra, do padre Jean-PierreTorrell, OP, tradução de Luiz Paulo Rouanet, é uma excelente introdução, atualizada e bem fundamentada. A obra, publicada pelas Edições Loyola, está em segunda edição e são 460 páginas de boa e proveitosa leitura.

Jean-Pierre Torrell é uma credenciada autoridade no assunto e pertence à mesma ordem religiosa de São Tomás de Aquino, ou seja, à Ordem dos Pregadores, ou simplesmente Dominicanos, conhecidos pela sigla OP.

Recomenda-se a leitura como prelúdio para o melhor aproveitamento da leitura e estudo das obras de São Tomás de Aquino, como, por exemplo, a Suma Teológica (Summa Theologiae).


Fonte da imagem:
http://www.submarino.com.br/produto/1/131932/?franq=131310#