quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Feliz e Próspero Ano Novo - 2015 !

Que Deus todo-poderoso, fonte e origem de toda bênção, vos conceda a sua graça, derrame sobre vós as suas bênçãos e vos guarde sãos e salvos todos os dias deste ano.
(Missal Romano)



Feliz e Próspero Ano Novo !


Fonte da imagem:
http://www.apassagemdeano.com/passagem-de-ano-em-roma/

Papa Francisco dá nome às doenças da Cúria Romana

Vos exorto a cuidar de vossa vida espiritual, da vossa relação com Deus, porque esta é a coluna vertebral de tudo aquilo que fazemos e de tudo o que somos. Um cristão que não se alimenta com a oração, os Sacramentos, a Palavra de Deus, inevitavelmente perde o vigor e seca.


O Papa Francisco apronta mais uma surpresa. Mas convenhamos, temos um Papa com grande bagagem de experiência pastoral, afinado com os problemas diários e mais comuns do povo e com os altos e baixos das administrações eclesiais.

A surpresa, desta vez, ficou por conta da apresentação dos tradicionais votos de Feliz Natal à Cúria Romana.

No discurso de felicitações, o Papa Francisco, na esteira da reforma e melhoria da Cúria Romana, cuidou de seduções do fascínio do poder. Ao mau funcionamento ou desvio de sua missão, o Papa, usando linguagem figurativa, compara a Cúria Romana ao corpo humano, sujeita a doenças, enfermidade, tentações.

Ninguém pense, porém, que as patologias do poder, reais ou possíveis (o Papa as nomeia em número de quinze "doenças") digam respeito exclusivamente à Cúria Romana. Pela mesma motivação, elas podem extensivamente alcançar todos os que exercem poder de administração na Igreja, inclusive nas paróquias. São doenças que rondam as pessoas que detenham qualquer parcela de poder (Cúria Romana, Cúrias Diocesanas, Paróquias).

Ninguém delas está livre. Nesse sentido, se expressa o Papa:

Irmãos, naturalmente todas estas doenças e tentações são um perigo para todo o cristão e para cada cúria, comunidade, congregação, paróquia, movimento eclesial, e podem atingir seja a nível individual seja comunitário.

Em síntese, a causa das doenças se depara nestas palavras do Papa Francisco:

A Cúria é chamada a melhorar, a melhorar sempre, crescendo em comunhão, santidade e sabedoria para realizar plenamente a sua missão.

Constato quatro palavras-chave: comunhão, santidade, sabedoria e missão. Cada palavra é de conteúdo denso e comporta estudo aprofundado em lugar próprio.

Para o Papa Francisco, o médico dessas doenças é o Espírito Santo:

É preciso deixar claro que o único que pode curar qualquer uma destas doenças é o Espírito Santo, a alma do Corpo Místico de Cristo, como afirma o Credo Niceno-Constantinopolitano: «Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida». É o Espírito Santo que sustenta todo o esforço sincero de purificação e toda a boa vontade de conversão.

Numa leitura rápida, três doenças chamam, por ora, a minha atenção: A doença da rivalidade e da vanglória (7ª), A doença da indiferença para com os outros (11ª) e A doença dos círculos fechados (14ª).

Por um ou outro viés, essas questões comportamentais têm ocupado a atenção de algumas pessoas. Por exemplo, Richard M. Gula, S.S., professor de Teologia Moral, tratou da ética em seu livro Ética no Ministério Pastoral. E já, em 1996, quando da publicação do livro nos Estados Unidos, afirmara:

Os ministros pastorais da Igreja Católica Romana não têm nenhum código formal de ética.

Propondo um Código de Ética (ver no mesmo livro), Richard M. Gula chegou a fazer um pequeno rol das virtudes morais a que todos os ministros devem aspirar, quais sejam: santidade, amor, confiabilidade, altruísmo e prudência. Estas virtudes comportam também explanações sobre elas em lugar próprio.

Por fim e por ser oportuno, a recente entrevista do Padre Antonio Spadaro, Diretor da revista La Civiltà Cattolica, à Radio Vaticano (RV), é neste aspecto muito interessante e esclarecedora, como a seguir reproduzo:

RV: Alguns repovam as contantes “batidas” que Francisco dá nos católicos e destacam como, pelo contrário, o fato de o Papa ser muito apreciado em ambientes distantes da Igreja e seja muito apreciado e considerado também por muitos ateus. Na sua opinião, o que significa tudo isto?

“São duas coisas diferentes. A primeira: eu diria que o Papa não “bate” nos fiéis, quando muito dirige a eles um apelo, um exame de consciência e um exercício espiritual. Também o famoso discurso à Cúria, para as felicitações de Natal, foi um discurso muito denso, muito forte, que teve o seu núcleo num apelo para se recordar da relação com Cristo: evitar o Alzheimer espiritual”, como ele o definiu. Portanto, fazer memória do encontro com Cristo para seguir em frente. Claramente, fazendo memória, nos damos conta de como é a vida que nós vivemos. É uma vida marcada por misérias, por pecados. E assim, o Papa faz um apelo para uma consciência nova, sobretudo para que o pecado não acabe se transformando em corrupção. Portanto, o Papa se torna muito duro, muito forte, porque quer que a Igreja testemunhe Cristo e não testemunhe uma série de práticas, de idéias que coloquem em risco o cristianismo. Por outro lado, esta mensagem é muito acolhida em ambientes também distantes, porque no fundo, a mensagem que prega Francisco é um Evangelho puro: não é tanto o Papa que toca, mas a mensagem que ele consegue comunicar com a sua pessoa, com absoluta simplicidade e coerência. Portanto, chega diretamente: se uma vez existia a necessidade de grandes interpretações – às vezes a mensagem do Papa na sua pureza foi depois fechada e engaiolada em interpretações e visões – aqui o Papa comunica diretamente. A mensagem chega no momento em que parte, poderíamos assim dizer...Esta é uma grande força: é o fascínio do Evangelho, no final das contas”.

O discurso do Papa Francisco, em sua íntegra e em português, pode ser lido aqui.


O amor e o poder não são necessariamente oponentes.
(Richard M. Gula, S.S.)


Fonte da imagem:
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/vaticano/vaticano-papa-fala-sobre-15-doencas-na-igreja-no-encontro-de-natal-com-a-curia-romana/

sábado, 27 de dezembro de 2014

Dia Mundial da Paz - 2015: Mensagem do Papa Francisco

Hoje como ontem, na raiz da escravatura, está uma concepção da pessoa humana que admite a possibilidade de a tratar como um objecto.
(Papa Francisco)


A Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz a ser celebrado no dia 1º de janeiro de 2015 leva o título: Já não escravos, mas irmãos

É bem sabido que foi o Papa Paulo VI o promotor e incentivador da celebração do "Dia da Paz", hoje denominado "Dia Mundial da Paz", celebrado no dia 1º do ano civil. Em outras palavras, "Dia da Paz" para ser celebrado no dia 1° de janeiro de cada ano.

A Mensagem do Papa Francisco, em sua íntegra e em português, pode ser lida aqui.


Fonte da imagem:
http://www.arquidiocesepoa.org.br/paf.asp?catego=19&exibir=5746

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Feliz e Santo Natal do Senhor

hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor.




Feliz e Santo Natal do Senhor !



Fonte da imagem:
http://www.aascj.org.br/home/2011/12/23/nascimento-do-menino-jesus-momento-sublimissimo/

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Natal, delicadeza de Deus!

Olha para o presépio e não te envergonhes de ser o jumento do Senhor. Levarás Cristo, e não te enganarás no caminho que percorres, porque sobre ti vai o caminho.
 (Agostinho de Hipona, Sermão 189, 4.)


Do Natal do Senhor, no contexto da Bíblia, pouco se fala e menos se vive, a não ser o domínio de uma certa emoção um tanto difusa. Mas, e até demais ao próprio bolso, não poucos se deixam levar pelo natal mágico dos shoppings.

O Natal do Nascimento de Jesus é evento para ser celebrado na comunidade religiosa e também, por exemplo, na família. O natal consumista, este, sim, por ser mágico, atrai a todos. Os shoppings e as agências de viagens que o digam!

Nestes dias de corre-corre, das compras e mais compras, de enfeites e mais enfeites, de gente que se diz cansada e estressada, sem pesadas e rancorosas críticas é necessário encontrar o oásis, para, na contramão dessa dinâmica do mágico natal consumista, preparar, na candura e na tranquilidade, o Natal do Senhor, do Deus que se faz humano, criança, por amor a nós mesmos.

Nesse sentido, sem demonizar a realidade, o artigo de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, sob o título Natal, delicadeza de Deus!, publicado pela Rádio Vaticano, em 19 de dezembro de 2014, merece ser lido e acolhido.

Do artigo, extraio as palavras de Santo Agostinho de Hipona:

“Desperta, ó homem: por tua causa Deus se fez homem. Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá (Ef 5,14). Por tua causa, repito, Deus se fez homem. Estarias morto para sempre, se ele não tivesse nascido no tempo. Jamais te libertarias da carne do pecado, se ele não tivesse assumido uma carne semelhante à do pecado. Estarias condenado a uma eterna miséria, se não fosse a sua misericórdia. Não voltarias à vida, se ele não tivesse vindo ao encontro da tua morte. Terias perecido, se ele não te socorresse. Estarias perdido, se ele não viesse salvar-te. Celebremos com alegria a vinda da nossa salvação e redenção. Celebremos este dia de festa, em que o grande e eterno Dia, gerado pelo Dia grande e eterno, veio a este nosso dia temporal e tão breve.”

O texto completo do artigo pode ser lido aqui.


Fonte da imagem:
http://cnbbleste1.org.br/2011/12/inaugurado-no-mexico-o-maior-presepio-do-mundo/

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Tempo Comum do Ano B - São Marcos (2014-2015) - 1ª fase



Ao término do Tempo do Natal, inicia-se o Tempo Comum, na sua primeira fase, que vai de 12 de janeiro de 2015, segunda-feira, a 17 de fevereiro de 2015, terça-feira.

A cor litúrgica é verde.

A primeira fase do Tempo Comum - TC pode ser acompanhada pelo Diretório da Liturgia - 2015, às páginas 48 a 62, que compreenderá a 1ª até a 6ª semana do TC (terça-feira, dia 17/02/2015).

No dia 2 de fevereiro, segunda-feira, a Igreja celebra a festa da Apresentação do Senhor, cuja cor litúrgica é branca. Para orientar-se quanto à celebração desta festa, pode-se consultar o já mencionado Diretório da Liturgia 2015, à página 56. As orações eucológicas do Missal Romano estão às páginas 547 a 551.


Leia mais:

Espiritualidade litúrgica do Tempo Comum, por Dom Emanuele Bargellini


Fonte da imagem:
http://www.wikiart.org/en/vincent-van-gogh/the-sower-sower-with-setting-sun-1888

sábado, 6 de dezembro de 2014

O Ciclo de Leituras da Torah na Sinagoga

Por acaso, não temos todos nós um único Pai? Por acaso, não foi um só o Deus que nos criou?


Acabo de ter em mãos o denso livro do Padre Fernando Gross - O Ciclo de Leituras da Torah na Sinagoga -, editado pela Distribuidora Loyola de Livros Ltda., com 1046 páginas.

O livro é apresentado por Dom Jacyr Francisco Braido, Bispo da Diocese de Santos, e prefaciado por Elio Passeto, nds, religioso da Congregação de Nossa Senhora de Sion, em Jerusalém.

Cuida-se, pelo seu conteúdo, de obra pouco comum em língua portuguesa. E deve-se ter em consideração a motivação que levou o autor a escrever o livro:

O objetivo principal deste estudo do Ciclo de Leituras da Torah na Sinagoga é de ser mais um instrumento e incentivo para conhecer melhor o grande Patrimônio Espiritual Comum aos cristãos e aos judeus. E, por isso, o título: "Para aumentar os laços de estima e amizade entre judeus e cristãos".

Não é livro para ser lido, de uma só vez, do começo ao fim, mas, para seu bom aproveitamento, deve ser lido por etapas. Ler de cada vez um tema, que equivale a uma porção semanal (Sêder ou Parashat) da Torá. Os judeus leem a porção semanal na Sinagoga, no dia de Sábado (Shabat).

Como as Escrituras Sagradas não eram, como o são hoje, divididas em capítulos e versículos, os judeus liam, e leem, a Torá por porções (digamos temas), seguindo-se a ordem dos livros que a compõem, de tal forma que, no período de um ano, ela é inteiramente proclamada, lida, estudada. 

Segundo a Enciclopédia Católica Popular:

Os livros da B. [Bíblia] en­contram-se dispostos, não por ordem cronológica da redacção, mas agrupados em categorias. Para facilitar a lo­ca­lização de cada passagem da B. os li­vros estão divididos em capítulos e ver­sículos. A divisão em capítulos apa­re­ceu em 1226, na Bíblia da Uni­ver­si­dade de Paris (por iniciativa de Langs­ton, chan­celer e depois arc. de Can­tuária); e, em versículos, no ano de 1551, numa ed. gr. do NT (por iniciativa de R. Es­tien­ne, impressor fran­cês); generalizando-se rapidamente apesar das suas imperfeições.

Como se vê, a divisão da Bíblia em capítulos aparece por volta de 1226 e, em versículos, ao redor de 1551. Hodiernamente, também a Torá está dividida em capítulos e versículos (cfr., por exemplo, Torá - A Lei de Moisés, tradução, explicações e comentários do rabino Meir Matzliah Melamed, Editora e Livraria Sêfer Ltda.).

Inicialmente, para o melhor aproveitamento da obra, o leitor deve consultar o Sumário do livro (páginas 5 e 6). Aí estão todas as porções semanais, além de outras leituras das festas judaicas (por exemplo, Chanucá, Purim, Pessach - Páscoa), com transliteração para o português, tudo antecedido pela indicação dos correspondentes livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio). Daí, situar e ler na Bíblia o livro sagrado e seus capítulos e versículos (por exemplo, livro do Gênesis - Gn 1, 1-6,8), para depois ler em O Ciclo de Leituras da Torah na Sinagoga os comentários correspondentes segundo a tradição judaica (páginas 45 a 62). E, assim, por diante.

Às páginas 40 a 43 do livro O Ciclo de Leituras da Torah na Sinagoga há, de forma bem didática, a distribuição das porções semanais e das leituras dos Profetas (Haftará), estas relacionadas àquelas.

O livro do Padre Fernando Gross é um instrumento não apenas de conhecimento e de formação, mas também de grande estímulo a crescente aproximação entre cristãos e judeus, pois ambos têm um único Pai Criador e Amoroso.


Fonte da imagem:
https://www.livrarialoyola.com.br/detalhes.asp?secao=livros&CodSub=1&ProductId=485964&Menu=1

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Tempo do Natal do Ano B - São Marcos (2014-2015)



O término do Tempo do Advento dá lugar ao Tempo do Natal. E, para melhor se situar, não é de mais dizer que estamos no Ano Litúrgico - ciclo B - São Marcos.

Com as Vésperas da Solenidade do Natal do Senhor se inicia o Tempo do Natal, o qual termina com a Festa do Batismo do Senhor.

Em outras palavras, o Tempo do Natal começa no dia 24 de dezembro de 2014, à tarde, e vai até o dia 11 de janeiro de 2015, inclusive (Domingo - Festa do Batismo do Senhor).

No Tempo do Natal, a cor litúrgica é branca. Na celebração do Natal do Senhor, podem ser usadas vestes sagradas festivas ou mais nobres (Instrução Geral do Missal Romano, n. 346, g, e Instrução Redemptionis Sacramentum, n. 127).

Quais são, então, as cores para esse dia mais solene? São, por exemplo, as cores dourada e prateada.

A Missa do Natal do Senhor é celebração festiva: as cores, as luzes, as flores, os cantos...

As celebrações desse Tempo podem ser acompanhadas no Diretório da Liturgia - 2014, às páginas 205 a 209 e, no Diretório da Liturgia - 2015, às páginas 44 a 48.

O ofício do Tempo do Natal encontra-se no Missal Romano (2ª edição típica para o Brasil) às páginas 149 a 174. E as necessárias indicações para as celebrações estão nos sobreditos Diretórios da Liturgia.
 
No Tempo de Natal, o presépio é símbolo de grande atrativo popular, influenciado sobretudo pela iniciativa de São Francisco de Assis de montar uma manjedoura com palha e dois animais (boi e jumento), um de cada lado, para, com solenidade, celebrar aquele Natal do ano de 1223, na aldeia de Greccio, na vale Rieti, Itália.

Conta Frei Giulio Calcagna, Guardião do Convento de Greccio:

Ainda hoje, Greccio, chamada de “Belém Franciscana”, com a sua história e o seu fascínio natalino, continua, como Belém, a ser local privilegiado para uma mensagem de paz e de fraternidade para todos os homens do nosso tempo.

O Tempo do Natal, como já visto, encerra-se com a Festa do Batismo do Senhor, início da vida missionária de Jesus.



Leia mais:

A Missa da Aurora não é conventual


Fonte da primeira imagem:
http://blog.cancaonova.com/fragmentos/o-misterio-da-encarnacao-contemplado-com-os-olhos-de-francisco-de-assis/

Fonte da segunda imagem:
http://www.filhasdaigreja.org/admin/defaultview.aspx?itemid=13483&moduleid=module23351

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Pacto das Catacumbas da Igreja Serva e Pobre



O Pacto das Catacumbas da Igreja Serva e Pobre, ou simplesmente Pacto das Catacumbas, completou 49 anos no dia 16 de novembro de 2014, domingo.

No dia 16 de novembro de 1965, segunda-feira, quarenta Padres Conciliares, dias antes do término do Concílio Vaticano II, visitaram as catacumbas romanas e, depois de aí celebrarem a Eucaristia, assinaram um documento em que se comprometiam a viver de forma simples, sem serem chamados por pomposos títulos, viver, enfim, de forma ordinária àquela em que o cidadão comum vive no seu dia a dia, quer na alimentação, quer na moradia ou quer nos meios de transporte. Sob o signo da pobreza, nascia, pois, o Pacto das Catacumbas.

Vários cardeais e bispos brasileiros assinaram o Pacto das Catacumbas, entre eles, Dom Helder Câmara e Dom Aloísio Lorscheider.

O texto do Pacto das Catacumbas da Igreja Serva e Pobre, em português, pode ser lido aqui.


Leia mais:

Pacto das Catacumbas completa 49 anos: Igreja serva e pobre 

Rememorando o "Pacto das Catacumbas" com Dom Helder Câmara, Dom Antônio Fragoso, Dom Adriano Hipólito

Pacto das Catacumbas


Fonte da imagem:
http://www.primeroscristianos.com/it/index.php/tesori-di-roma/item/296-las-catacumbas-de-domitila/296-las-catacumbas-de-domitila

sábado, 15 de novembro de 2014

Papa faz novo apelo em prol dos cristãos perseguidos



A perseguição aos cristãos não dá sinais de que esteja arrefecendo. Ao contrário, ela se mostra violenta e bárbara como ultimamente noticiamos.

O Papa Francisco tem estado atento a tais fatos nefandos e mostrado proximidade espiritual com os cristãos perseguidos e assassinados e seus familiares, bem assim com as respectivas comunidades a que pertencem, sem dizer de seus apelos à liberdade religiosa, e incentivando-os a viverem sua fé nos países onde são cidadãos.

Na penúltima Audiência Geral de Quarta-feira (12 de novembro de 2014), o Papa Francisco voltou a fazer apelo em favor dos cristãos perseguidos e assassinados, e orar por eles.

O pronunciamento do Papa, nessa Audiência Geral, teve (e continua tendo) dupla destinação, ou seja, para fora e para dentro da Igreja. Para fora, apelou às autoridades responsáveis que desçam de seus pedestais e assumam efetivamente o seu papel de guardiães da liberdade religiosa em seus próprios países, de forma que as minorias possam livre e publicamente expressar os seus credos religiosos. Para dentro, é uma exortação à caridade fraterna, por exemplo, na oração. E por que não em fraterna, ordeira e pacífica manifestação pública?

Na atual situação, não há espaço para a indiferença!

Aos nossos olhos, coloquemos, porém, as próprias palavras ditas pelo Papa na conclusão da referida Audiência Geral de Quarta-feira (12 de novembro de 2014):

Acompanho com grande trepidação as dramáticas vicissitudes dos cristãos que, em várias regiões do mundo, são perseguidos e assassinados por causa do seu credo religioso. Sinto a necessidade de manifestar a minha profunda proximidade espiritual às comunidades cristãs duramente atingidas por uma violência absurda que não dá sinais de diminuir, enquanto encorajo os pastores e os fiéis a ser fortes e firmes na esperança. Mais uma vez, dirijo um forte apelo a quantos têm responsabilidades políticas à nível local e internacional, assim como a todas as pessoas de boa vontade, a fim de que haja uma vasta mobilização das consciências a favor dos cristãos perseguidos. Eles têm o direito de reencontrar a segurança e a tranquilidade nos seus países, professando livremente a nossa fé. Agora convido-vos a recitar o Pai-Nosso por todos os cristãos, perseguidos porque são cristãos.

É a liberdade religiosa que está em jogo. As perseguições e assassinatos de cristãos violam aquilo que há de mais essencial e nobre ao ser humano: a vida. Vidas são tiradas porque os malfeitores não respeitam uma coisa mínima de convivência: a liberdade religiosa.

Paira uma difusa indiferença ou generalizado silêncio; ou, nas palavras do Editorial da Rádio Vaticano, Silêncio da indiferença. O Ocidente ainda não acordou ou faz de conta que nada vê. Não se denuncia, ou não se fala a ponto de ter uma ressonância pública. Sobre isso, Dom Héctor Aguer, arcebispo de La Plata, na Argentina, exorta-nos a não "ficar em silêncio", porque

existe a realidade fundamental de que todos somos membros do povo de Deus, da Igreja. Somos membros do Corpo Místico de Cristo e, se um membro sofre, como diz São Paulo, todos os outros sofrem com ele.


Leia mais:

Casal cristão assassinado: Centenas de pessoas pedem por justiça e pelo fim da lei da blasfêmia


Fonte da imagem:
http://fundacaoais.wordpress.com/2014/08/25/mais-de-uma-centena-de-cristaos-mortos-nos-ultimos-12-meses-no-paquistao/

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Cristãos queimados vivos no Paquistão: Cardeal Tauran entrevistado pela Radio Vaticano

Estou perplexo, fica-se sem palavras, obviamente, perante um ato de tamanha barbárie. 
(Cardeal Tauran) 


Os cristãos estão sendo martirizados, e duramente, em regiões do Oriente. E disso já tratamos aqui.

No dia 4 deste mês, terça-feira, um casal cristão foi queimado vivo no Paquistão, no distrito de Kasur, província de Punjab, sob a alegação de crime de blasfêmia (leis antiblasfêmia do Paquistão). 

Ele tinha 26 anos e se chamava Shahzab, e ela, 24 anos, se chamava Shama e estava grávida. O jovem casal foi empurrado por cerca de 100 muçulmanos para dentro de um forno destinado a fabricação de tijolos e, ali, foram queimados vivos.

Sobre essa tremenda barbárie, a Rádio Vaticano entrevistou o Cardeal Jean-Louis Pierre Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, cujo texto completo, em português, pode ser lido aqui.

O Cardeal Tauran reforça a necessidade do diálogo. E, indagado sobre a esperança e a ajuda para essas pessoas que vivem diariamente tais situações dramáticas, o Cardeal acena com a esperança:

Com a solidariedade. Existem, inclusive, coisas muito bonitas que se realizam por lá. Por exemplo, eu visitei uma família muçulmana que acolheu uma família cristã; em Baghdad, também, os Padres Dominicanos instituíram a Academia das Ciências Sociais, em plena guerra. Existem também coisas muito bonitas que se realizam... Acredito que seja necessário focalizar na fraternidade, que foi o tema da Jornada Mundial da Paz...

Apesar de tudo isso, há nichos de solidariedade e fraternidade, sinais da presença de Deus misericordioso.

Que o sangue dos cristãos hoje martirizados seja estímulo à unidade dos cristãos e alimento que reforça a fé e a esperança dos seguidores do Cristo.

A Igreja que sofre, no Paquistão, precisa de ajuda na oração e na solidariedade. Entretanto, é toda a Igreja que sofre, posto que formamos um só corpo.

Fonte da imagem:
http://www.acidigital.com/noticias/extremistas-muculmanos-queimam-um-casal-de-cristaos-a-esposa-estava-gravida-23750/

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Tempo do Advento - Ano B - São Marcos (2014)

Na Encarnação do Verbo, Maria não é um lugar inerte, mas todo o seu ser pessoal é oferecido, doado, entregue ao Espírito Santo.
(Jean Corbon)


O Advento está prestes a chegar. Novo Ano Litúrgico: ciclo B - São Marcos.

A 34ª Semana do Tempo Comum do Ano Litúrgico A - São Mateus termina no dia 29 de novembro de 2014, sábado, com o início das Vésperas do novo Ano Litúrgico (ciclo B - São Marcos), ou seja, do Primeiro Domingo do Advento.

Pois bem, na tarde de sábado (Vésperas do Domingo), inicia-se o Tempo do Advento do novo Ano Litúrgico - ciclo B - São Marcos e vai até o dia 24 de dezembro de 2014, antes das Vésperas da Solenidade do Natal do Senhor. 

Os Domingos deste Tempo são denominados: Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Domingos do Advento.

A cor litúrgica é roxa. No Terceiro Domingo do Advento, chamado Domingo Gaudete, que cai no dia 14 de dezembro de 2014,  a cor litúrgica pode ser a rósea.

Todo o Tempo do Advento pode ser acompanhado pelo Diretório da Liturgia - 2014 - Ano A - São Mateus, às páginas 192 a 205.

Dos símbolos deste Tempo, destaco a Coroa do Advento.


Leia mais:

Advento


Fonte da imagem:
https://laravazz.wordpress.com/2011/12/13/advento-tempo-por-excelencia-de-maria-a-virgem-da-espera/

sábado, 1 de novembro de 2014

Diretório da Liturgia - 2015



O novo Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil para o ano de 2015 já se encontra à venda nas livrarias católicas, podendo ser adquirido diretamente nas Edições CNBB.

As Edições CNBB disponibilizam também o Diretório da Liturgia na versão espiral e de bolso.

Ano litúrgico da Igreja não é igual ao ano civil. 

O ano civil, é claro, começa no dia 1º de janeiro e termina no dia 31 de dezembro. São fixas as datas de início e de término, ao passo que no ano litúrgico a data inicial e a data de término são móveis, ou variáveis. 

O novo Ano Litúrgico, chamado Ano B (São Marcos), começará no dia 29 de novembro de 2014, sábado, com as Vésperas do Primeiro Domingo do Advento (que cai no dia 30 de novembro de 2014), e terminará no dia 28 de novembro de 2015, sábado, antes das Vésperas do Primeiro Domingo do Advento do Ano C - São Lucas (que cairá no dia 29 de novembro de 2015).

Como se vê, o Tempo de Advento, do Natal e parte do Tempo Natalino do Ano B - São Marcos ainda estão regulados pelo Diretório da Liturgia - 2014 (páginas 192 a 209). 

Mais coerente com o calendário litúrgico, seria melhor que o Diretório da Liturgia regulasse, por inteiro, em um só volume, o Ano Litúrgico desde o seu início até o seu término. 

Cuida-se de livro importante para a vida da Igreja no Brasil, desde capelas, paróquias, catedrais até pessoas comuns do povo interessadas na orientação diária quanto à liturgia das horas e da própria liturgia eucarística. 

A apresentação do Diretório da Liturgia é feita por Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília e Secretário Geral da CNBB. 

Fonte da imagem:
http://www.edicoescnbb.com.br/loja/produto-302647-2536-diretorio_liturgico_2015_brochura

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Deus não faz parte da política: um discurso que reflete o desapreço pelo Brasil religioso.


O Brasil é uma nação nitidamente religiosa, mormente cristã. Nasceu sob o signo da Cruz - Terra de Santa Cruz.

Com uma população já pouco acima dos duzentos milhões habitantes, 87% desse total é formada por cristãos. Não obstante esse percentual expressivo, sem levar em consideração outros credos, Deus foi alijado da política como se vê de recentíssimo discurso.

A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, inaugura-se sob a proteção de Deus, nestas palavras pétreas:

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Vejamos. O discurso pronunciado pela Senhora Presidente da República, reeleita, logo que conhecido o resultado final da apuração (discurso este que se reveste de simbolismo por ser o primeiro encontro ou reencontro oficial com a nação depois do embate eleitoral), Deus passou ao largo. Não há no discurso uma só palavra a ou sobre Deus ou a um referencial simbólico religioso.

Dos cumprimentos apresentados, o povo brasileiro foi o lanterninha, o último. O protagonista da sua reeleição voltou, agora, a ter papel secundário. E isso se justifica: a eleição passou.

E mais: não há expressão alguma sobre o oponente vencido e as forças políticas de oposição.  Portanto, além da descortesia, não há disposição por parte de quem foi reeleita para a verdadeira união nacional.

Ao contrário, o discurso fomenta o confronto, ao afirmar:

Minhas primeiras palavras são de chamamento da base e da união.
O pomo da discórdia está plantado no discurso:

Meus amigos e minhas amigas, entre as reformas, a primeira e mais importante deve ser a reforma política.
Meu compromisso, como ficou claro durante toda a campanha, é deflagrar essa reforma. Que deve ser realizada por meio de uma consulta popular. Como instrumento dessa consulta, o plebiscito, nós vamos encontrar a força e a legitimidade exigida neste momento de transformação para levarmos à frente a reforma política.
Quero discutir profundamente esse tema com todo o Congresso e toda a sociedade brasileira. Tenho a convicção de que haverá interesses dos setores do Congresso, da sociedade para abrir uma discussão e encaminhar medidas concretas. Quero discutir com todos os movimentos sociais e da sociedade civil.

A candidata reeleita se sente com suposta autoridade para rediscutir aquilo que já fora rejeitado pelo Congresso Nacional, este, se não o rejeitasse, estaria condenado a um processo secundário na condução política da Nação. E reforma política não se impõe, goela abaixo, ao povo brasileiro, por decreto.

Deus foi afastado, esquecido, quer pelo conteúdo quer pela forma do simbólico discurso.

O Brasil das religiões, formado por cristãos, judeus, muçulmanos, espíritas e por religiões afro-brasileiras, é o grande esquecido, não faz parte do discurso e da prática política.


Leia mais:

Bolso prevalece sobre aborto, internet e o papa


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http://www.grancursos.com.br/blog/constitucionalismo-antigo-ao-contemporaneo/

sábado, 25 de outubro de 2014

Não basta vencer

A corrupção e os escândalos do uso inapropriado dos recursos do erário público emolduram a política brasileira. Essa grave crise na representatividade favorece mediocridades e, até mesmo, a escolha de quem não consegue inovar, ousar, de quem prefere a conservação que, por sua vez, alimenta o atual cenário. Diante de tantas necessidades de mudança, é certo que ao cidadão não basta apenas votar, e aos escolhidos nas urnas, não basta vencer as eleições. Há um íngreme caminho a ser percorrido.
(Dom Walmor Oliveira de Azevedo)


No dia 26, domingo, os brasileiros irão votar, para, em segundo turno, escolher Presidente da República Federativa do Brasil. Uma candidata, buscando a reeleição; outro candidato, em busca da presidência pela primeira vez. 

 Os brasileiros votarão ou pela continuidade ou pela mudança.

O artigo "Não basta vencer" de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo da Arquidiocese de Belo Horizonte, vem em boa hora.

O artigo merece reflexão e ajuda a quem supostamente estiver indeciso às vésperas da eleição. Nesse sentido, algumas outras colocações feitas por Dom Walmor:

Diante de todos está o desafio do crescimento econômico, de se atender demandas de infraestrutura e de libertação da máquina pública das garras ferozes dos que dela se apossam, nos diversos níveis, instâncias e lugares, pelo Brasil afora, incapacitando-a no atendimento de sua finalidade - o zelo e a garantia do bem comum.

E linhas mais adiante:

Também é inadmissível aceitar que, a esta altura do terceiro milênio, ainda exista o antigo “voto de cabresto”, com os “currais eleitorais”, onde se define uma escolha pelos esquemas de dependência e se estimula a apatia em detrimento da participação popular.

Recomendo, pois, a leitura completa de "Não basta vencer", não só pela autoridade e independência do seu autor, mas também, e porque, pela atenção dada às mazelas da República.

O artigo está publicado na página da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB na internet, podendo ser lido aqui.

E muito mais: mereceu publicação na Rádio Vaticano. Clique aqui.




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http://www.sistemampa.com.br/noticias/sorteio-das-urnas-para-a-votacao-paralela-do-2o-turno-sera-no-sabado-25/

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Asia Bibi a caminho do martírio, em nome de Cristo e de seu Evangelho

O tribunal de Nankana não se limitou a atirar­‑me para aqui, para o fundo desta cela húmida e fria, tão pequena que consigo alcançar as paredes com os dois braços abertos. Retirou­‑me também imediatamente o direito de eu ver os meus cinco filhos. Impossível, agora, apertá­‑los contra o peito e contar­‑lhes as histórias de monstros e príncipes do Punjabe que a minha mãe me contava quando eu tinha a idade deles. 


Ante uma generalizada indiferença do Ocidente, os cristãos estão sofrendo perseguições, estão sendo mortos em massa em regiões onde pouco ou nada há de respeito à vida humana, a valores democráticos, mas muito há de fanatismo político e religioso e de ignorância. Onde a tolerância é um zero à esquerda, não se conta, não existe.

As palavras do Papa Francisco nesta manhã de segunda-feira, 20 de outubro, são objetivas e penetrantes sobre o "fenômeno de terrorismo de dimensões jamais pensadas", que "requer, além de nossa constante oração, uma resposta adequada também da Comunidade Internacional":
Não podemos imaginar o Médio Oriente sem os cristãos, que há dois mil anos ali confessam o nome de Jesus. Os últimos acontecimentos, principalmente no Iraque e na Síria, são muito preocupantes. Assistimos a um fenómeno de terrorismo de dimensões jamais pensadas. Muitos irmãos são perseguidos e tiveram que deixar as suas casas de modo brutal. Ao que parece, perdeu-se a consciência do valor da vida humana; é como se as pessoas não contassem mais e pudessem ser sacrificadas em nome de outros interesses. Isto acontece, infelizmente, no meio da indiferença de muitos.

Esta situação injusta requer, além da nossa constante oração, uma resposta adequada também da Comunidade Internacional. Estou certo que, com a ajuda do Senhor, emergirão do encontro de hoje válidas reflexões e sugestões para ajudar os nossos irmãos que sofrem e abordar o drama da redução da presença cristã na terra onde nasceu e da qual se difundiu o cristianismo.

Desde a Carta da Organização das Nações Unidas - ONU, assinada em 26 de junho de 1945, a pessoa humana entrou no centro da razão de ser do Estado, como se lê no seu preâmbulo:

reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direito dos homens e das mulheres.

Por conseguinte, veio a Declaração Universal dos Direitos Humanos, um dos mais nobres documentos da ONU, que diz: 

Artigo 18º Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.

Qualquer desvio desses valores grafados desde então e para sempre, merece, e com razão, a repulsa da comunidade internacional.

Ao tempo dos césares romanos, não havia uma limitação para os déspotas. A perseguição aos cristãos era feroz, e a mesma ferocidade se volta hoje contra os cristãos, já decorridos dois milênios.

Quero ater-me, porém, ao caso de Asia Bibi, paquistanesa e cristã católica, casada e mãe de cinco filhos.

Asia Bibi é vítima da intolerância religiosa. Em 14 de junho de 2009, num ambiente campestre de trabalho e debaixo de calor de 40ºC, Asia Bibi bebeu água de um poço pertencente a mulheres muçulmanas e usou o mesmo copo.

No livro Blasfémia, escrito por Asia Bibi, em colaboração com a jornalista francesa Anne-Isabelle Tollet, lançado em Portugal em 7/9/2011, o relato está assim melhor descrito:

Uma aldeia no centro do Paquistão, perto de Lahore. A temperatura chega aos 40º C e as mulheres trabalham nos campos. Entre elas está Asia Bibi. Asia tem sede. Ela tira um balde do fundo do poço, despeja um pouco de água numa velha xícara de metal e bebe até ao fim. Enche de novo a xícara e oferece-a a outra mulher a seu lado. É nesse momento que assina a sua sentença de morte. Asia é cristã e a chávena de metal pertence às suas amigas muçulmanas. Ao mergulhar de novo a chávena no balde depois de ter bebido nela, Asia sujou a água. Depressa se começou a falar de blasfémia.

As companheiras muçulmanas de trabalho nos campos levaram o fato ao conhecimento do imame (imã) da localidade, que, por sua vez, denunciou Asia Bibi à polícia por crime de blasfêmia, ou seja, ofensa à religião dessas companheiras de trabalho.

Eis o fato supostamente criminoso, assim sintetizado pela própria Asia Bibi:

Sou prisioneira porque utilizei o mesmo copo dessas mulheres muçulmanas. Água bebida por uma cristã considerada impura por essas estúpidas companheiras dos campos.

O livro acima mencionado narra:

Asia é condenada, sentenciada à morte. Por enforcamento. Tudo por um copo de água. Há já dois anos que Asia está na prisão, à espera de ser executada. 

Porém, no curso do processo, em primeiro grau, o juiz ofereceu à Asia Bibi a liberdade se ela se convertesse ao islamismo. Asia Bibi rejeitou tal permuta. Foi condenada em 2010, e, em número redondo, está encarcerada há cinco anos à espera da morte por enforcamento. 

No dia 16 de outubro de 2014, o Tribunal de Recurso em Lahore, Paquistão, confirmou a sentença de condenação de Asia Bibi. Para o padre Yousaf Emmanuel, Diretor da "Comissão Nacional Justiça e Paz" (NCJP) dos Bispos paquistaneses e pároco em Lahore, em relato à Agenzia Fides:

Em todo caso – acrescenta – a esperança vive: haverá um recurso à Corte Suprema e recordo os casos em que a Corte inverteu sentenças emitidas nas instâncias precedentes. Lembro-me de um caso que acompanhamos de perto com a Comissão Justiça e Paz: o caso de Ayub Masih, cristão também condenado à morte por blasfêmia e salvado justamente graças ao veredicto de absolvição da Corte Suprema.

A esperança ainda vive. Há a possibilidade de Asia Bibi ganhar a liberdade quando a Corte Suprema reapreciar, em grau de recurso, a defesa, conforme o caso ilustrado pelo padre Yousaf Emmanuel. 

Asia Bibi, esposa e mãe, exemplo inabalável na fé, permita-me reproduzir-te as palavras de força e conforto, de paz e alegria, em suma, as palavras de um hino do inseparável amor de Deus por tu (e por todos nós), na expressão desde sempre atual do apóstolo Paulo, na sua Carta aos Romanos:

Quem nos poderá separar do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? 36. Como diz a Escritura: "Por tua causa somos postos à morte o dia todo, somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro." 37. Mas, em todas essas coisas somos mais do que vencedores por meio daquele que nos amou. 38. Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes. 39. nem as forças das alturas ou das profundidades, nem qualquer outra criatura, nada nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor. (Rm 8, 35-39)

Asia Bibi, tu nos dás força e coragem!
Obrigado!


Por fim, reproduzo a carta enviada por Asia Bibi ao Papa Francisco. 

http://www2.juventude.patriarcado-lisboa.pt/wp-content/uploads/20140114153645_Carta_Asia_Bibi_ao_Papa_Francisco.jpg

Fonte da primeira imgem:
http://www.ecosangabriele.com/eco/dal-fanatismo-e-dallignoranza/

Fonte da segunda imagem:
http://caminodeamor.com/zoom.php?tip=44

Fonte da carta da Asia Bibi ao Papa Francisco:
http://www2.juventude.patriarcado-lisboa.pt/portfolio-item/asia-bibi-rezem-por-mim/#

sábado, 18 de outubro de 2014

Arte de enganar pobres

O anseio de justiça é inerente ao ser humano, que vai lutar por ela independentemente de se o rótulo é comunismo, socialismo ou qual possa ser. 
(Ferreira Gullar)


Arte de enganar pobres é um importante artigo de Ferreira Gullar publicado no jornal Folha de São Paulo, edição de 27/04/2014.

Escrito em linguagem acessível, porém crítica, cuida de tema merecedor de muita atenção, sobretudo por todos os latino-americanos.
  
Dada a pertinência ou convergência de conteúdo entre um e outro escrito, reporto-me ao artigo Para além do Programa Bolsa Família, em que Dom Aloísio Roque Oppermann afirmou:

É preciso louvar o Bolsa Família, porque ajudar o semelhante é obra boa em qualquer circunstância. Mas já deu o que podia. Falta dar um passo adiante. Esse Programa é limitado por ser assistencialista. Em vez de formar homens livres, forma eleitores cativos. Ele não é libertador. Um técnico suíço da ONU, Jean Ziegler, prevê que, mesmo prolongando por mais 50 anos, não se resolvem os problemas.

Ação de governo que prima apenas por uma política limitada a mero e contínuo assistencialismo corre o risco de cair (se é que já não caiu) no neopopulismo, que é a palavra empregada para o novo populismo.

Arte de enganar pobres pode ser lida, integralmente, acessando aqui


Leia mais:

Neopopulismo judicial, por José Renato Nalini

Neopopulismo, em castelhano


Fonte da imagem:
http://www.nossalingua.net.br/artigos/371/ferreira-gullar-o-proximo-imortal

sábado, 11 de outubro de 2014

Por que as missas dominicais não atraem os jovens?


Toda liturgia é um encontro com a alegria de Deus.
 (Lucien Deiss)


Seguramente alguém já lhe desejou bom fim de semana ou até mesmo bom feriadão. E você deve ter feito a mesma coisa.

Quantas vezes, ao encerrar o expediente de trabalho semanal, as pessoas não desejam simplesmente bom fim de semana ou aproveite o feriadão?

Onde está o Domingo? Deus não entra nesses cumprimentos sociais.

O Domingo cedeu lugar para o fim de semana ou para o feriadão.

Domingo, do latim Dies Domini (Dia do Senhor), é, desde os primórdios do cristianismo e para sempre, o dia, por excelência, da celebração semanal do Mistério Pascal, ou seja, o dia de celebração da Missa, ou da Fração do Pão, ou Ceia do Senhor, ou da Eucaristia.

O Domingo deveria ser desejado com alegria. São as alegrias do Dia do Senhor que lhe desejo! É muito mais denso em qualidade do que um desejo de simples fim de semana ou mesmo de aproveitar um feriadão.

Dia de descanso, dia festivo. O próprio Senhor descansou, e o fez, segundo a versão do Antigo Testamento, no sétimo dia (Gn 2, 2-3). E um dia santificado como diz a Bíblia. É o Sábado, e os judeus o observam.

Pois bem, com a inauguração da Nova Aliança, o dia de descanso, para os cristãos, passou a ser o Domingo, dia da Ressurreição do Cristo.

Esse modo de cumprimentar espelha muito mais um convite às coisas materiais, sensíveis e imediatas, lazer e prazer, do que um convite a um descanso prazeroso na convivência do lar ou em família ou dos amigos e ao encontro festivo semanal com a comunidade e o Cristo Ressuscitado. 

Se Deus, ao final de seis dias, descansou para contemplar as suas próprias obras, por que nós não descansaremos para, semanalmente, contemplar o próprio Deus e a sua obra?

Para os jovens que já iniciam suas vidas nessa dinâmica de cumprimentos (bom fim de semana, bom ou aproveite o feriadão), os mais velhos não lhes passam algo muito valioso que é lhes desejar um bom Domingo ou, por exemplo, uma boa Semana Santa.

O que os jovens veem é isso. O Domingo que se chama fim de semana. A Semana Santa que se chama feriadão

No que diz respeito à celebrações litúrgicas da Igreja, os jovens não conheceram as anteriores ao Concílio Vaticano II (1962-1965). Conhecem as missas dominicais de hoje. 

Portanto, eles não têm como fazer comparações entre celebrações do passado e as atuais, não obstante os fiéis de então façam uma avaliação positiva, por vários ângulos, como a missa na língua vernácula, participação ativa etc..

Mas algumas coisas ainda não foram implementadas ou postas em devida prática, como desejou a Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia (documento do Concílio Vaticano II). Por exemplo, recuperar o sentido festivo da celebração litúrgica.

Por não verem uma assembleia em festa, por não verem uma missa celebrada que passe essa convicção do encontro festivo, alegre, dos fiéis com Cristo, os jovens acabam por não se interessar pela missa dominical ou ser indiferentes a ela.

Esse estado de coisas foi bem captado por um grande especialista na área: padre Lucien Deiss (1921-2007), professor de Sagrada Escritura e Teologia, que participou do movimento litúrgico e da da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II. Num pequeno e valioso livro intitulado "A Palavra de Deus Celebrada" (Célébration de la Parole), padre Deiss relata:

Nossas missas dominicais, em vez de exprimirem a alegria de encontrar o Cristo ressuscitado, mostram frequentemente cristãos que cumprem algo de útil, o dever dominical, o que é muito bom para ir ao paraíso. Quanto às rubricas, tudo é executado conforme o ritual. Só falta uma coisa: a alegria da fé, o deslumbramento diante da beleza de Deus. Não conseguem libertar-se da tristeza. Não é sem razão que os jovens a ignoram ou a evitam; a re-forma da liturgia não lhes interessa (não conheceram a liturgia anterior ao Concílio), é a forma atual que eles julgam. Quanto à prática geral dos cristãos, calcula-se que baixou em seu conjunto 50% nesses últimos vinte anos. Quando as dioceses  constatam que o número de seus cristãos aumenta, enquanto o número dos "praticantes" da missa dominical diminui, somos obrigados a admitir que existe algum problema.

Apesar de o livro do padre Lucien Deiss ter sido editado em 1991, na França, essas palavras continuam atuais. E a pergunta permanece atualizadíssima: "somos obrigados a admitir que existe algum problema".

Para reflexão: não existe um problema, mas muitos. Exemplificado, um deles, acolhida; outro, formação contínua para todos.


Fonte da imagem:
http://scottdodge.blogspot.com.br/2006/11/dies-domini-christus-resurrexit.html

domingo, 28 de setembro de 2014

O que é Bispo Coadjutor?



A mais recente nomeação de Bispo Coadjutor é a do Bispo Dom Tarcísio Scaramussa, SDB, para a Diocese de Santos, Estado de São Paulo.

Os Bispos são sucessores dos Apóstolos. O Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965) solenemente reafirma que:

Entre os vários ministérios que na Igreja se exercem desde os primeiros tempos, consta da tradição que o principal é o daqueles que, constituídos no episcopado em sucessão ininterrupta (43) são transmissores do múnus apostólico (44). E assim, como testemunha santo Ireneu, a tradição apostólica é manifestada em todo o mundo (45) e guardada (46) por aqueles que pelos Apóstolos foram constituídos Bispos e seus sucessores.
Portanto, os Bispos receberam, com os seus colaboradores os presbíteros e diáconos, o encargo da comunidade (47), presidindo em lugar de Deus ao rebanho (48) de que são pastores como mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado, ministros do governo (49). E assim como permanece o múnus confiado pelo Senhor singularmente a Pedro, primeiro entre os Apóstolos, e que se devia transmitir aos seus sucessores, do mesmo modo permanece o múnus dos Apóstolos de apascentar a Igreja, o qual deve ser exercido perpetuamente pela sagrada Ordem dos Bispos (50). Ensina, por isso, o sagrado Concílio que, por instituição divina, os Bispos sucedem aos Apóstolos (51), como pastores da Igreja; quem os ouve, ouve a Cristo; quem os despreza, despreza a Cristo e Aquele que enviou Cristo (cfr. Luc. 10,16) (52).  [conferir a "Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja", n. 20]

O novo Código de Direito Canônico, promulgado a 25 de janeiro de 1983, está necessariamente em harmonia com os documentos do Concílio Vaticano II, e diz:

Cân. 375 - § 1. Os Bispos que, por divina instituição, sucedem aos Apóstolos, são constituídos, pelo Espírito que lhes foi conferido, pastores na Igreja, a fim de serem também eles mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado e ministros do governo.
§ 2. Pela própria consagração episcopal, os Bispos recebem, juntamente com o múnus de santificar, também o múnus de ensinar e de governar, os quais, porém, por sua natureza não podem ser exercidos, a não ser em comunhão hierárquica com a cabeça e com os membros do Colégio.

O que vem a ser um Bispo Coadjutor?

A resposta é dada pelo Decreto Christus Dominus, um dos documentos do sobredito Concílio Vaticano II:
O Bispo Coadjutor, isto é, aquele que é nomeado com direito de sucessão, sempre há-de ser constituído Vigário Geral pelo Bispo diocesano. Em casos particulares, poderá a autoridade competente conceder-lhe faculdades mais amplas (Christus Dominus, n. 26).

Não foi o Concílio Vaticano II que criou a figura do Bispo Coadjutor. Os primeiros vestígios do Bispo Coadjutor remontam ao Século III. Coube ao Papa Bonifácio VIII (1294-1303) estabelecer a sua designação exclusivamente pela Santa Sé. E ao Concílio de Trento (1545-1563) coube determinar que o Bispo Coadjutor fosse constituído com direito à sucessão.

O Bispo Coadjutor é aquele nomeado pelo Papa com direito a suceder o Bispo Diocesano coadjuvado. A sucessão é a característica mais marcante e conhecida.

E, em sintonia, o Código de Direito Canônico confirma:

Cân. 403 - § 3. Se isso lhe parecer mais oportuno, pode a Santa Sé constituir de ofício um Bispo coadjutor, também com faculdades especiais; o Bispo coadjutor tem direito de sucessão.

Mais adiante diz o Código:

Cân. 409 -  § 1. Ficando vacante a sé episcopal, o Bispo coadjutor torna-se imediatamente Bispo da diocese para a qual fora constituído, contanto que tenha tomado posse legitimamente.

Mas, há outra característica. Segundo o Decreto Conciliar ao Bispo Diocesano incumbe o dever, e não uma faculdade, de constituir o Bispo Coadjutor como Vigário Geral, conforme determina o Decreto Christus Dominus, n. 26:

O Bispo Coadjutor, isto é, aquele que é nomeado com direito de sucessão, sempre há-de ser constituído Vigário Geral pelo Bispo diocesano. Em casos particulares, poderá a autoridade competente conceder-lhe faculdades mais amplas. Para o maior bem presente e futuro da diocese, o Bispo coadjuvado e o Bispo Coadjutor não deixem de se consultar mùtuamente, nas questões de maior importância.

Concluindo, tentei, em linhas gerais, situar nos seus aspectos teológico e jurídico a figura do Bispo Coadjutor, reconhecido pela Igreja desde tempos remotos.


Fonte da imagem:
http://www.diocesedesantos.com.br

domingo, 27 de julho de 2014

Papa Francisco: dar novamente esperança aos jovens desencantados

É preciso voltar a dar esperança aos jovens, afirmou, para evitar que a utopia se transforme em desencanto. (Papa Francisco)


Inspirando-se na linguagem figurada de São João Paulo II de que a Igreja deve respirar com os seus dois pulmões - o Oriente e o Ocidente (Redemptoris Mater, n. 34, e Ut Unum Sint, n. 54), atrevo-me a dizer que, para Francisco, ela deve respirar também com todos pulmões das fases da vida humana. E um deles é o da juventude.

A preocupação do Papa centra-se, em particular, para a América Latina. Nesse sentido, a Rádio Vaticano registra:

Na América Latina – recordou o Pontífice – "uma gestão não totalmente equilibrada da utopia", como no caso da Argentina, levou jovens da ação Católica a se unirem, nos anos setenta, à guerrilha. Mas saber fazer a utopia de um jovem "é uma riqueza", observou. "Um jovem sem utopia é um velho precoce."

Pós Concílio Vaticano II, uma grande onda de mudanças, e aqui, no plano eclesial, pode entrar a Teologia da Libertação, espalhou-se por todos os recantos da América Latina, já marcada por graves injustiças sociais. É, nesse contexto, que me parece ter havido uma falta de discernimento, responsável pela inserção de jovens católicos em guerrilhas.

Mas a utopia de superação de históricas injustiças sociais, que alimentava, impulsionava os jovens dos anos setenta, restou como que exorcizada da vida dos jovens. Entretanto, como diz o Papa, 

"Um jovem sem utopia é um velho precoce".

O jovem está desencantado. Como alimentadores desse marasmo social, citem-se, à guisa de exemplo, o desencanto com os políticos e com as instituições do Estado.

Nesse cenário, a Igreja, com o ar fresco do Papa que veio "do fim do mundo", abre espaço para diálogo de gerações. É a Igreja que abraça a todos, que dá esperança aos jovens, aos desencantados da ou com a vida.

Portanto, para Francisco:
 
Para poder transmitir a fé, além da divulgação de conteúdos, é necessário criar o hábito de uma conduta, favorecer a recepção de valores que a preparem e a façam crescer. A transmissão da fé – disse o Papa – se baseia em três pilares: utopia, memória e discernimento.

Deduz-se que para a transmissão da fé concorrem o conteúdo do ensinamento e a conduta, em três pilares: utopia, memória e discernimento.

É necessário e urgente realimentar a fé e a esperança para os jovens. Eles precisam de uma utopia.


Leia mais:

Uma utopia para os jovens

Para transmitir fé e esperança

Utopia, por Padre Zezinho scj


Fonte da imagem:
http://www.pom.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2785:francisco-a-pontificia-comissao-para-a-america-latina-dar-novamente-esperanca-aos-jovens-desencantados&catid=16:nacionais&Itemid=75

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Mensagem do Papa Francisco aos brasileiros pela Copa do Mundo de Futebol - 2014


O Papa Francisco, sócio honorário do San Lorenzo, enviou Mensagem aos brasileiros no ensejo da realização da Copa do Mundo de Futebol - 2014, cuja cerimônia de abertura começou hoje, dia 13/6 (quinta-feira), às 15h15 (horário de Brasília), na Arena Corinthians, na cidade de São Paulo (Brasil).

O Papa destaca três lições que no esporte não podem faltar, e também de real aplicação para a vida fora do campo, quais sejam: a necessidade de “treinar”, o “fair play” e a honra entre os competidores. Eis, nesse tópico, a passagem da Mensagem:

Nesse sentido, queria sublinhar três lições da prática esportiva, três atitudes essenciais para a causa da paz: a necessidade de “treinar”, o “fair play” e a honra entre os competidores. Em primeiro lugar, o esporte ensina-nos que, para vencer, é preciso treinar. Podemos ver, nesta prática esportiva, uma metáfora da nossa vida. Na vida, é preciso lutar, “treinar”, esforçar-se para obter resultados importantes. O espírito esportivo torna-se, assim, uma imagem dos sacrifícios necessários para crescer nas virtudes que constroem o carácter de uma pessoa. Se, para uma pessoa melhorar, é preciso um “treino” grande e continuado, quanto mais esforço deverá ser investido para alcançar o encontro e a paz entre os indivíduos e entre os povos “melhorados”! É preciso “treinar” tanto…

Leia isso e muito mais acessando o inteiro teor da Mensagem na agência Vaticana ou clicando aqui.


Fonte da imagem:
http://www.deusemaisporvoce.com/2014/06/o-papa-francisco-mandou-nesta-quarta.html

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Tempo Comum - 2ª fase - Ano A - São Mateus (2013-2014)


Estamos no Ano A - São Mateus (2013-2014).

Como vimos, o Tempo Pascal irá até a Solenidade de Pentecostes (Domingo, dia 8 de junho de 2014). 

No dia 9 de junho de 2014, segunda-feira, recomeça o Tempo Comum - TC e vai até o dia 29 de novembro de 2014, sábado (34ª semana do TC). Esta segunda fase do Tempo Comum reinicia com a 10ª semana do TC e termina com 34ª semana do TC, quando se encerra o Ano A - São Mateus. A cor litúrgica é verde.

Nesta segunda fase do TC acontecem algumas celebrações do Senhor: a Santíssima Trindade no dia 15 de junho (11º Domingo do TC), o Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) no dia 19 de junho (quinta-feira), Sagrado Coração de Jesus no dia 27 de junho (sexta-feira). Para todas estas celebrações a cor litúrgica é branca.

Toda essa fase do Tempo Comum pode ser acompanhada pelo Diretório da Liturgia - Ano A - São Mateus (2013-2014), às páginas 115 a 192.


Leia mais:



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http://catequizzar.blogspot.com.br/2014/02/5-domingo-do-tempo-comum-ano-9-de.html

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Papa Francisco fará a segunda viagem fora da Itália


No mesmo ano de sua eleição (2013), o Papa Francisco fez a sua primeira viagem internacional e, coincidentemente, para o Brasil, país latino-americano, vizinho do seu país natal (Argentina). Aqui, o Papa esteve para a Jornada Mundial da Juventude realizada na cidade do Rio de Janeiro - JMJ Rio 2013.

Agora, o Papa Francisco fará a partir de amanhã, sábado, a segunda viagem internacional - Peregrinação à Terra Santa - entre os dias 24 e 26 de maio de 2014. A Peregrinação comemorará o 50º aniversário do encontro em Jerusalém (Peregrinação do Papa Paulo VI à Terra Santa, 1964) entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras.

Acompanhe essa fascinante viagem em busca da unidade - para que sejam um (ut unum sint) -, acessando aqui.


Leia mais:








Fonte da imagem:
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/travels/2014/outside/documents/papa-francesco-terra-santa-2014.html