É preciso voltar a
dar esperança aos jovens, afirmou, para evitar que a utopia se transforme em
desencanto. (Papa Francisco)
Inspirando-se na linguagem figurada de São João Paulo II de que a Igreja deve respirar com os seus dois pulmões - o Oriente e o Ocidente (Redemptoris Mater, n. 34, e Ut Unum Sint, n. 54), atrevo-me a dizer que, para Francisco, ela deve respirar também com todos pulmões das fases da vida humana. E um deles é o da juventude.
A preocupação do Papa centra-se, em particular, para a América Latina. Nesse sentido, a Rádio Vaticano registra:
Na América Latina – recordou o Pontífice – "uma gestão não totalmente equilibrada da utopia", como no caso da Argentina, levou jovens da ação Católica a se unirem, nos anos setenta, à guerrilha. Mas saber fazer a utopia de um jovem "é uma riqueza", observou. "Um jovem sem utopia é um velho precoce."
Pós Concílio Vaticano II, uma grande onda de mudanças, e aqui, no plano eclesial, pode entrar a Teologia da Libertação, espalhou-se por todos os recantos da América Latina, já marcada por graves injustiças sociais. É, nesse contexto, que me parece ter havido uma falta de discernimento, responsável pela inserção de jovens católicos em guerrilhas.
Mas a utopia de superação de históricas injustiças sociais, que alimentava, impulsionava os jovens dos anos setenta, restou como que exorcizada da vida dos jovens. Entretanto, como diz o Papa,
"Um jovem sem utopia é um velho precoce".
O jovem está desencantado. Como alimentadores desse marasmo social, citem-se, à guisa de exemplo, o desencanto com os políticos e com as instituições do Estado.
Nesse cenário, a Igreja, com o ar fresco do Papa que veio "do fim do mundo", abre espaço para diálogo de gerações. É a Igreja que abraça a todos, que dá esperança aos jovens, aos desencantados da ou com a vida.
Portanto, para Francisco:
É necessário e urgente realimentar a fé e a esperança para os jovens. Eles precisam de uma utopia.
Para poder transmitir a fé, além da divulgação de conteúdos, é necessário criar o hábito de uma conduta, favorecer a recepção de valores que a preparem e a façam crescer. A transmissão da fé – disse o Papa – se baseia em três pilares: utopia, memória e discernimento.Deduz-se que para a transmissão da fé concorrem o conteúdo do ensinamento e a conduta, em três pilares: utopia, memória e discernimento.
É necessário e urgente realimentar a fé e a esperança para os jovens. Eles precisam de uma utopia.
Leia mais:
Uma utopia para os jovens
Para transmitir fé e esperança
Utopia, por Padre Zezinho scj
Fonte da imagem:
http://www.pom.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2785:francisco-a-pontificia-comissao-para-a-america-latina-dar-novamente-esperanca-aos-jovens-desencantados&catid=16:nacionais&Itemid=75
Uma utopia para os jovens
Para transmitir fé e esperança
Utopia, por Padre Zezinho scj
Fonte da imagem:
http://www.pom.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2785:francisco-a-pontificia-comissao-para-a-america-latina-dar-novamente-esperanca-aos-jovens-desencantados&catid=16:nacionais&Itemid=75
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