sábado, 31 de dezembro de 2011

Ano Novo 2012 - Mensagem de Bento XVI



O Papa Bento XVI dirige a sua mensagem para a celebração do XLV Dia Mundial da Paz, em 1º de janeiro de 2012. A Mensagem do Papa gira em torno de justiça e paz, educação e jovens. O binômio educação e jovens passa necessariamente pela família. É, nesse sentido, que o Papa frisa: "Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da  Paz duma perspectiva educativa: "Educar os jovens para a justiça e a paz", convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo."

A importância da presença dos pais na formação dos filhos é destacada por Bento XVI: "Vivemos num mundo em que a família e até a própria vida se vêem constantemente ameaçadas e, não raro, destroçadas. Condições de trabalho frequentemente pouco compatíveis com as responsabilidades familiares,  preocupações com o futuro, ritmos frenéticos de vida, emigração à procura dum adequado sustentamento se não mesmo da pura sobrevivência, acabam por tornar difícil a possibilidade de assegurar aos filhos um dos bens mais preciosos: a presença dos pais; uma presença, que permita compartilhar de forma cada vez mais profunda o caminho  para se poder transmitir a experiência e as certezas adquiridas com os anos - o que só se torna viável com o tempo passado juntos. Queria aqui dizer aos pais para não desanimarem! Com o exemplo da sua vida, induzam os filhos a colocar a esperança antes de tudo em Deus, o único de quem surgem justiça e paz autênticas."

Essa e outras passagens da Mensagem do Papa Bento XVI podem, em português, ser lidas aqui.


Feliz e próspero 2012!


Leia mais:

Rezar se aprende em casa - Bento XVI

Pai, figura importante na educação dos filhos


Fonte da imagem:
http://bbel.uol.com.br/filhos/post/criando-uma-crianca-feliz.aspx

Como anunciar hoje o Evangelho?



No encontro do Papa Bento XVI com os membros da Cúria Romana para troca de felicitações de Natal, o Pontífice fez um retrospecto do ano que está a findar, com menção à atual crise econômica da Europa, às viagens pastorais e eventos eclesiais, bem como, em particular, à evangelização no presente e no futuro.

No enfoque quanto à evangelização, as palavras do Papa: "Com efeito, a grande temática tanto deste ano como dos anos futuros gira à volta disto: Como anunciar hoje o Evangelho? Como pode a fé, enquanto força viva e vital, tornar-se realidade hoje? Os acontecimentos eclesiais deste ano que está a terminar referiam-se todos, em última análise, a este tema."

Esta e outras passagens da íntegra do discurso do Papa Bento XVI podem, em português, ser lidas aqui.

E proveitosa leitura!


Fonte da imagem:
http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=548508

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Rezar se aprende em casa - Bento XVI



A importância da presença da família na formação da criança, do adolescente é tema recorrente.

E isso pode ser visto na recente Audiência Geral de Quarta-Feira (28/12) em que o Papa Bento XVI, refletindo sobre a oração na vida da Sagrada Família de Nazaré, pede a atenção para o fato de que: 

"Se uma criança não aprende a rezar em família, este vazio será difícil de preencher depois. Possam todos descobrir, na escola de Nazaré, a beleza de rezarem juntos como família."


Fonte da imagem:
http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=550086

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Retrospectiva: os caminhos de Bento XVI em 2011



Ao término do ano, é interessante ter-se um resumo dos fatos mais significativos das atividades do Papa em 2011.

Pois bem, é nesse sentido que a Rádio Vaticano divulga uma retrospectiva dos caminhos de Bento XVI em 2011, que, em português, pode ser lida ou ouvida aqui.


Leia mais:



Fonte da imagem:
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/calendar/hf_bxvi_calendar_po.html

Virgindade de Maria - Bento XVI



Na alocução do Angelus do dia 18 de dezembro (quarto e último Domingo do Advento), cujo Evangelho do dia apresenta o anúncio do Anjo à Maria, o Papa Bento XVI se deteve sobre a importância da virgindade de Maria.

Essa importância reside no fato de ser uma iniciativa espontânea e derivada diretamente de Deus e revela Quem é o concebido - o Santo que vai nascer de você será chamado Filho de Deus (Lc 1, 35).

E o Papa continua afirmando: "Queridos amigos, a virgindade de Maria é única e irrepetível; mas o seu significado espiritual refere-se a cada cristão. Em síntese, está ligado à fé: de fato, quem confia profundamente no amor de Deus, acolhe em si Jesus, a sua vida divina, através da ação do Espírito Santo. É esse o mistério do Natal!"

E o texto oficial da alocução do Angelus de 18 de dezembro de 2011 pode ser lido aqui.


Leia mais:

Maria Virgem, por Afonso Murad


Fonte da imagem:
http://fr.wikipedia.org/wiki/Fichier:Jean_Hey_-_The_Annunciation.jpg

domingo, 25 de dezembro de 2011

Missa da Noite de Natal-2011 - Homilia de Bento XVI



O Papa Bento XVI presidiu na noite de ontem (24/12) a Missa do Natal do Senhor (Missa do Galo) na Basílica de São Pedro, no Vaticano, marcada pelo tom solene como requer a celebração litúrgica.

Como sempre, destaco a homilia do Papa. Bento XVI diz que o Natal é uma "festa que é, antes de mais nada, uma festa do coração". Mas adverte: "Tudo isto não tem nada de sentimentalismo. É precisamente na nova experiência da realidade da humanidade de Jesus que se revela o grande mistério da fé."

E o Papa continua: "Hoje, o Natal tornou-se uma festa dos negócios, cujo fulgor ofuscante esconde o mistério da humildade de Deus, que nos convida à humildade e à simplicidade. Peçamos ao Senhor que nos ajude a alongar o olhar para além das fachadas lampejantes deste tempo a fim de podermos encontrar o menino no estábulo de Belém, e, assim, descobrimos a autêntica alegria e a verdadeira luz."

Para aqueles que se escudam em falsas certeza e na soberba inteletual que os "impede de perceber a proximidade de Deus", ficam as palavras de Bento XVI: "se quisermos encontrar Deus manifestado como menino, então devenos descer do cavalo da nossa razão "iluminada"." 

O vídeo da celebração da Missa do Galo, assim como a íntegra da homilia do Papa Bento XVI, em português, podem ser conferidas aqui.


Leia mais:
 



Fonte da imagem:
http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=549488

sábado, 24 de dezembro de 2011

Poemeto de Natal - Pe. Zezinho



Neste momento em que nos preparamos para celebrar solenemente o Natal, é oportuno ler algo edificante a respeito "do nascimento do filho do carpinteiro que se chamava Jesus".

Nesse sentido, pareceu-me que o Poemeto de Natal, de autoria do Pe. José Fernandes de Oliveira, ou do Padre Zezinho, é muito bom para a data - Natal - e para todos os dias  da vida do cristão.

Leia Poemeto de Natal aqui.



Feliz e santo Natal do Senhor!


Fonte da imagem:
http://pascomsantuariodematosinhos.blogspot.com/2010/12/origem-do-presepio.html

domingo, 18 de dezembro de 2011

Diretório da Liturgia - 2012


O novo Diretório da Liturgia e da organização da Igreja no Brasil 2012 - Ano B - São Marcos, além de ser encontrado na própria editora - Edições CNBB -, está à venda nas livrarias católicas.

Cuida-se de livro importante para a vida da Igreja no Brasil, desde capelas, paróquias, catedrais até pessoas comum do povo interessadas na orientação diária quanto à liturgia das horas e da própria liturgia eucarística.

A apresentação do Diretório é feita por Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM, Bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia e Secretário Geral do CNBB.

Ano litúrgico da Igreja não é igual ao ano civil. O ano litúgico atual, chamado Ano "B", começou com o primeiro Domingo do Advento, no dia 27 de novembro de 2011, e terminará com o sábado seguinte à Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (último Domingo do Tempo Comum), em 1º de dezembro de 2012. Nesse sentido, o ano litúrgico corrente tem todo o Tempo de Advento, Natal e parte do Tempo Natalino ainda regulado pelo Diretório da Liturgia - 2011.

O ano civil, é claro, começa no dia 1º de janeiro e termina no dia 31 de dezembro. É sempre fixo, ao passo que no ano litúrgico a data inicial e a data de término variam.

Mais coerente com o calendário litúrgico, seria melhor que o Diretório da Liturgia regulasse, por inteiro, em um só volume, o ano litúrgico desde o seu início até o seu término.


Fonte da imagem:
http://www.edicoescnbb.com.br/site/product_info.php?products_id=367&osCsid=u1aso2c16jngni4v4ls9hm7ts3 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Fui! - Por que jovens cristãos estão abandonando a Igreja ... e repensando a fé



David Kinnaman e Aly Hawkins são autores do livro You Lost Me: Why Young Christians are Leaving the Church...and Rethinking Faith (Fui! - Por que jovens cristãos estão abandonando a Igreja ... e repensando a fé).

A matéria mereceu a atenção da Agência Zenit, em comentário feito pelo Pe. John Flynn, LC, cujo texto, em português, pode ser lido aqui.

O livro, segundo o articulista, tenta entender as razões por que muitos jovens deixam de ser frequentadores ativos na Igreja.

As colocações me pareceram atuais e pertinentes. E, por isso, tomei a iniciativa de postar a matéria.

Vale a pena conferir!


Fonte da imagem: http://www.meritocat.com.br/site/?p=4605

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Para coisa nova, nome novo



A situação homoafetiva - agora casamento civil homoafetivo - voltou à tona por conta de decisão da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em que foi relator o Ministro Luís Felipe Salomão.

O voto do Ministro-Relator pode ser lido na página do STJ - O Tribunal da Cidadania. Acesse aqui a íntegra do voto do ministro Salomão.

Aqui, já tratamos do tema quando o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo (união homoafetiva) como entidade familiar.

Em entrevista ao jornal O São Paulo, periódico da Arquidiocese de São Paulo, o Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo da Arquidiocese de São Paulo, fez críticas à decisão da Quarta Turma do STJ em defesa da posição da Igreja, defendeu a família e afirmou que "Para coisa nova, nome novo".

Não se deve tomar emprestado o nome casamento (e muito menos o de matrimônio) para algo novo que nenhuma identidade guarda com aquele.

A entrevista do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer pode ser lido aqui.


Fonte da imagem:
ftp://ftp.stj.gov.br/fotos/Fotos%20do%20dia/Outubro%202011/25-10-11%20Quarta%20Turma/LAR_6930.JPG

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Padre Zezinho escreve sobre Steve Jobs



Steve Jobs está e continuará em foco. Como postamos, sua importância já foi medida pelo L'Ossevatore Romano. E mais pessoas, ligadas ou não à Igreja, continuam dele se ocupando.

Um exemplo disso é dado pelo padre José Fernandes de Oliveira, scj, popularmente conhecido como Padre Zezinho. Em sua página na internet, Padre Zezinho publica excelente artigo sobre o fundador da Apple, intitulado Ainda Steve Jobs.

Para aquilatar a relevância dele para o mundo da tecnologia (mundo das máquinas e da comunicação), basta mencionar o que o articulista diz a respeito de Steve Jobs: "Foi o Da Vinci ou o Michelangelo de nossos tempos."

O artigo do Padre Zezinho é muito bom e de estilo suave, cuja leitura recomendamos.

Por certo, se assim o é, Steve Jobs sempre terá algo a nos fascinar nesta e em futuras gerações.


Fonte da imagem: http://www.padrezezinhoscj.com/wallwp/galeria/primeira-galeria

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

História da Salvação



Em gráfico, síntese da História da Salvação:


Para ver em tamanho maior, clique aqui.


Fonte da primeira imagem:
http://www.ccub.org.br/anaacutelise-criacutetica-da-histoacuteria-biacuteblica-2009.html

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ano da Fé




É mais um tempo forte. Como sucedeu com o Ano Paulino, afigura-me ser nesse sentido o Ano da Fé anunciado por Bento XVI, a ser comemorado no período de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013.

O Ano da Fé está em seguimento ao Concílio Vaticano II, que, em 11 de outubro de 2012, estará completando 50 anos da sua abertura.

O que vem a ser o Ano da Fé? À pergunta, consideremos o que conclui o próprio Papa: "Será um momento de graça e compromisso para uma plena conversão a Deus, para fortalecer a nossa fé n'Ele e a anunciá-Lo com alegria ao homem do nosso tempo."

Oficialmente, a proclamação do Ano da Fé vem com a "Carta Apostólica sob forma de motu proprio Porta Fidei do Sumo Pontífice Bento XVI com a qual se proclama o Ano da Fé", datada de 11 de outubro de 2011, cujo texto em português pode ser lido aqui.

Não é a primeira vez que se proclama Ano da Fé. O Papa Paulo VI já o fizera em 1967, cuja comemoração se encerrou no dia 30 de junho de 1968, com o Credo do Povo de Deus.

Na Carta de Proclamação do Ano da Fé, Bento XVI realça a incompletude do itinerário do homem nesta vida (n. 6, 2º parte).

Santo Agostinho, em suas Confissões (I Livro, n.1), já afirmava que "inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em ti [Senhor]."

Um outro aspecto, afora outros tantos, é a dimensão pública da fé. Neste aspecto da fé, o Papa afirma: "Por sua vez, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um facto privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este «estar com Ele» introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um acto da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita. No dia de Pentecostes, a Igreja manifesta, com toda a clareza, esta dimensão pública do crer e do anunciar sem temor a própria fé a toda a gente. É o dom do Espírito Santo que prepara para a missão e fortalece o nosso testemunho, tornando-o franco e corajoso." (n. 10)

Essas e outras mais riquezas sobre a fé podem ser lidas já na Carta Apostólica Porta da Fé.


Leia mais:




Fonte da imagem: http://www.materecclesiaedobrasil.com/2010_04_01_archive.html

domingo, 16 de outubro de 2011

História da Salvação e liturgia



Dá-se o nome de História da Salvação a um outro modo de viver a mesma história humana.

A salvação (shalôm, sôtêría, salus) diz respeito à plenitude de vida no plano pessoal e social, material e divina. Em outras palavras, se Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança (Gn 1, 26-27), a salvação é o viver plenamente essa condição divina, usufruindo as coisas humanas saudáveis, desde a saúde e a liberdade até a paz e a serenidade de espírito.

É a história repleta da presença e de ações salvadoras de Deus, iniciando-se com a criação, e a presença e a intervenção que se tornam plenas e manifestas ao entrar na carnalidade humana (Jesus).

Criação e encarnação são faces da mesma dinâmica de Deus em se revelar à humanidade e ao mundo.

A comunicação de Deus se faz por diálogo, e ele o faz com a humanidade e com o mundo, que formam toda a criação. Da parte de Deus: o Verbo (Cristo) e o Espírito Santo; conteúdo: revelação e graça. Da parte da humanidade: o povo de Israel e a Igreja; conteúdo: liberdade e fé. Da parte do mundo: a realidade cósmica e histórica, com sua civilização, cultura, progresso; conteúdo: acontecimentos humanos e mundanos sem os quais o diálogo não assume toda a realidade criada.

Na História da Salvação há um antes e um depois de Jesus, ou seja, há um tempo de preparação, um tempo de realização (demonstração definitiva) e um tempo de cumprimento (ou de oferta à conversão de todos).

“A liturgia não celebra o Jesus histórico, mas o Cristo da fé; ou seja, não o Jesus do passado, mas o Cristo Senhor, atual, presente no meio da sua Igreja. (...). A liturgia é atualidade e não recordação. Por isso, não é teatro, mas mistério, celebração dos mistérios.” (Luís Maldonado, Como se celebra, in A Celebração na Igreja, vol 1, pág. 223).

Presentemente, estamos no último tempo da História da Salvação, o chamado tempo da Igreja ou tempo do Espírito Santo, que se expressa e se atualiza ao longo da liturgia. A liturgia é, pois, o momento atual da história da salvação, cujos sacramentos são a expressão significativa da continuidade do diálogo.


Leia mais:

Constituição Dogmática Dei Verbum sobre a Revelação Divina 

Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia



Fonte da imagem: http://calmeiro-matias.blogspot.com/2009/02/final-da-historia-humana-e-salvacao.html

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Leigo: uma questão terminológica?


E foi em Antioquia que os discípulos, pela primeira vez, foram chamados de “cristãos”
(At 11,26)

 O termo “leigo” está, no plano normativo, sancionado pelo Direito Canônico para denominar os membros do povo de Deus que não são ministros sagrados (Cânone 207). Parte-se do peculiar para o geral, para conceituar, por exclusão, o leigo. Não diferentemente, já o fizera o Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática Lumen Gentium (n. 31).

O adjetivo grego “laikós” (em latim, laicus), donde “leigo”, não é bíblico. No entanto, o substantivo “laós”, matriz daquele, é bíblico. “Laós” quer dizer povo e, na linguagem judia e cristã, designava o povo consagrado por oposição aos outros povos, ditos profanos. Por volta do ano 150 da nossa Era, São Justino empregava o termo “laós” para designar o povo da Nova Aliança.

Por sua vez, “laikós” quer dizer do povo, membro desse povo consagrado ou da Nova Aliança. Para o padre francês Yves Congar (1904-1995), grande estudioso do tema, a não distinção entre “leigos” e “clérigos” no vocabulário do Novo Testamento não permite afirmar que a Igreja apostólica era indiferenciada. 

Para o teólogo Leonardo Boff, em sua obra O Destino do Homem e do Mundo: “Enquanto membro do povo de Deus, também o papa, os bispos e os ministros presbiterais são leigos”. 

No Século I, São Clemente Romano, que foi o 4º Papa da Igreja, foi o primeiro a usar, em língua grega, o termo “leigo” por distinção a sacerdote ministerial, numa carta por ele redigida à Igreja de Deus em Corinto (n. 40, 5).

O desvio do significado de “leigo”, no decorrer da História, deve-se, no plano religioso, a tendência de as relações humanas, também aqui, se organizarem no sentido da relação senhor-escravo, fruto da degeneração do amor-serviço em forma de poder de submissão de um ao outro.

Assim como o desvio do leito de um rio não importa dizer que as suas águas não continuem a fluir maleavelmente e com as mesmas características, o mesmo sucede com o termo “leigo”. Garimpado, desvela-se a originalidade do seu significado e sua aptidão para qualificar a mulher e o homem na sua pertença ao povo de Deus. 

Transcrevo a elucidativa nota de rodapé de autoria de Dom Paulo Evaristo Arns à Carta do papa São Clemente Romano aos Coríntios (n. 40, 5), por ele traduzida do original grego: “O termo ‘leigo’, aqui empregado pela primeira vez na língua grega, já significa o homem que pertence a Deus, e não é nem sacerdote nem levita. Apesar do sentido pejorativo e anti-religioso que por vezes se lhe atribuiu na História, esta mesma noção será continuamente revalorizada, como acaba de acontecer no Concílio Vaticano II (Lumen Gentium, c. 4).” 





Fonte da imagem: http://procio.com.br/site/2011/04/leigos-%E2%80%9Cgigante-adormecido%E2%80%9D-da-igreja/

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O adeus de Steve Jobs


Muito já se escreveu e se falou sobre Steve Jobs, falecido na quarta-feira nos Estados Unidos, mas muito se há de aprender dele, como gostar do que se faz, construir laços de família, tomar o arado e não olhar para trás e muito mais.

L'Osservatore Romano, que é o jornal da Santa Sé, dedica espaço a Steve Jobs sob o título "Il talento di Mr. Apple". Uma versão em castelhano pode ser lida aqui.

L'Osservatore Romano, em tradução livre, diz que "Steve Jobs foi um dos protagonistas e dos símbolos da revolução do Vale do Silício. Revolução da informática, sem dúvida, mas também revolução de costume, de mentalidade, de cultura."

Fica aí o testemunho de um grande homem, não apenas para ser recordado, mas para, efetivamente,  servir de estímulo, quer na profissão quer, sobretudo, nos fatos da vida como um todo.



Leia mais:

O que Steve Jobs significa para mim

Steve Jobs foi surpreendente lição de vida aos estudantes de Standford


Fonte da primeira imagem: http://info.abril.com.br/noticias/mercado/steve-jobs-reaparece-em-conferencia-da-apple-31052011-17.shl

Fonte da segunda imagem: http://jornalolharbrasileiro.blogspot.com/2011/10/o-mundo-chora-morte-de-steve-jobs.html

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Espiritualidade



“Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20)


Espiritualidade vem de espiritual, que, por sua vez, vem de espírito. A espiritualidade não é monopólio desta ou daquela religião. Nem é necessário ter um credo religioso.

Para os cristãos, espiritualidade, ou vida no Espírito, é viver de acordo com o Cristo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6).

Para melhor assimilar a riqueza de uma vivência na espiritualidade, é preciso vencer a concepção dualista do homem (ser humano). A concepção dualista, que deita raízes na cultura grega, e muito propagada na Idade Média pela Igreja, considera o homem como um composto de duas partes justapostas: corpo e alma.

Para nossa mentalidade ocidental, mesmo no tempo de hoje, supomos que corpo equivale a carne e que alma equivale a espírito.

As coisas, porém, não são bem assim. O termo carne, por exemplo, segundo o padre Johan Könings, SJ (Jornal de Opinião, nº 793, pág. 17), significa em hebraico “a existência humana, a humanidade”. Enquanto, em grego, significa “músculos etc., a matéria do corpo, muitas vezes em sentido depreciativo”.

O apóstolo Paulo usou o termo “carne” no sentido grego, como se lê, por exemplo, na Carta aos Gálatas 5, 19-21, e o fez influenciado por aquela cultura. Daí, o caminho para considerar o corpo como coisa inferior, pecaminosa. Nessa linha, o cristianismo medieval enalteceu o desprezo pelo corpo e por tudo o que lhe diga respeito, com reflexos na cultura atual.

A concepção dualista da pessoa humana acaba por ser perigosa para a espiritualidade. Valoriza-se o imaterial - o espírito (como algo superior do ser humano) - e despreza-se o corpo, considerado simplesmente como carne.

A recuperação do sentido hebraico do ser humano como unidade totalizante, globalizante, é necessária para a construção da espiritualidade como modo de ser da pessoa, de viver e de agir, e não apenas como estado ou momento passageiro da vida. Logo, a espiritualidade diz respeito também à corporeidade. Nesse sentido, Thomas Merton: “Ter uma vida espiritual é ter uma vida que é espiritual em toda a sua inteireza, uma vida em que as ações do corpo são santas por causa da alma, e a alma é santa por causa de Deus que habita e age nela” (Homem algum é uma ilha, Rio, Agir, 5ª ed., 1968, p. 96).

Há uma diversidade de espiritualidades cristãs, ou modelos de espiritualidade cristã, umas ligadas ao estado de vida, outras às ordens religiosas, e assim por diante.

Afinal, no concluir do teólogo Leonardo Boff, “(...) a experiência de Deus não constitui um luxo só de alguns. É a condição indispensável para toda a vida de fé. Toda religião assenta sobre uma experiência de Deus. Sem ela os dogmas são andaimes rígidos; a moral, uma couraça opressora; a ascese, um rio seco; a prática religiosa, um desfiar monótono de gestos estereotipados; a devoção, um estratagema para combater o medo; e as celebrações, uma ostentação vazia, sem a graça da vida interior.” (Experimentar Deus: a transparência de todas as coisas, Campinas, Verus Editora, 2002, p. 155).


Leia mais:

Sobre a dicotomia carne-espírito, consulte aqui.


Fonte da imagem:
http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_canal=30&cod_noticia=17986
 

domingo, 25 de setembro de 2011

Bento XVI discursa no parlamento alemão




A política deve ser um compromisso em prol da justiça e, assim, criar as condições de fundo para a paz. (Bento XVI)

O Papa Bento XVI está visitando a sua terra natal como chefe de Estado da Cidade do Vaticano. O programa pode ser lido aqui.
 
O Papa discursou dia 22, quinta-feira, no parlamento nacional da República Federativa da Alemanha, o Bundestag, em Berlim. É a primeira vez que um Papa fala no parlamento alemão.

O simbolismo é importante. É o areópago dos dias de hoje.

À semelhança de Paulo no Areópago de Atenas (At 17, 16-34), agora, na terra dos grandes filósofos e juristas, dos teólogos e da Reforma Luterana, Bento XVI desenvolveu um discurso focado, como diz o Papa, na proposição de "algumas considerações sobre os fundamentos do Estado liberal de direito", desaguando nos direitos fundamentais, aliás muitos caros aos alemães, numa visão bíblico-teológica cristã.
 
Diga-se que os direitos fundamentais foram consagrados pela Gundgesetz - Lei Fundamental da República Federal da Alemanha, fonte de inspiração para as novas constituições européias, com forte e atual influência na doutrina e na jurisprudência do direito constitucional brasileiro. Os fatos históricos da Gundgesetz podem ser lidos aqui e acolá.

Bento XVI socorre-se da passagem do Livro dos Reis, em que o jovem Salomão, sucedendo como rei seu pai Davi, pede ao Senhor Deus: "Concede ao teu servo um coração dócil, para saber administrar a justiça ao teu povo e discernir o bem do mal" (1 Rs 3, 9). Com essa matriz bíblica, o Papa inicia e encerra o discurso.

Permeia o discurso o papel do político no contexto atual, na busca de reconhecer o que é justo e injetando-o na norma legal a ser criada. Normalmente, as normas legais são aprovadas pelo critério da maioria. Porém, nas questões fundamentais de direito, que envolvem a dignidade da pessoa humana e da humanidade, o Papa toca nesse critério técnico de aprovação de lei, que, no passado, já fora mencionado pelo jurista francês Georges Ripert (1880-1959), com esta indagação: "Será a força do número quem ditou a regra e não o espírito de justiça?" O Papa afirma que "o princípio maioritário não basta". E completa: "no processo de formação do direito, cada pessoa que tem responsabilidade deve ela mesma procurar os critérios da própria orientação."

Será que uma norma legal aprovada pelo Parlamento, pelo princípio da maioria, é sempre justa?

O discurso do Papa contém uma carga jurídica e política muito grande. Estimula o homem público (político), que representa o povo, a recorrer àquela matriz bíblica de seguir o direito, corrigir a injustiça, discernir entre o bem e o mal.

É um discurso para dentro e para fora da Alemanha, à vista da grandeza e profundidade dos temas atuais tratados, a merecer maiores considerações por parte dos filósofos, juristas, políticos e teólogos.

"Servir o direito e combater o domínio da injustiça é e permanece a tarefa fundamental do político" - afirma categoricamente Bento XVI.


Fonte da imagem: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15410004,00.html

sábado, 17 de setembro de 2011

O leitor na Missa



Nos dias de hoje, o leitor está em cena por obra do Concílio Vaticano II (1962-1965), o evento de maior relevância na vida da Igreja, no século XX. Isso não quer dizer que o leitor estivesse desde sempre fora do cenário da Igreja. Ao contrário, nos primaveris tempos do cristianismo nascente, o leitor estava no centro da vida litúrgica - e como estava! Mas, por muitos séculos, foi colocado no limbo do esquecimento.

Típico leitor do cristianismo primitivo foi, por exemplo, Justino (século II d.C.), que legou para as gerações cristãs futuras a descrição da celebração eucarística, cuja moldura continua atual.

Modelo de leitor foi o próprio Jesus. Era sábado, Jesus estava em Nazaré. Como sempre fazia, ele entrou na sinagoga para participar da liturgia judaica. Jesus levanta-se para fazer a leitura das Escrituras, entregam-lhe o livro do profeta Isaías. Jesus abriu o livro  em Is 61, 1-2. Proclamou. Enrolou o livro e o entregou ao responsável. Sentou-se. Todos tinham o olhar fixo nele (Lc 4, 16-21).

Aí, com Jesus, estão presentes duas maneiras de comunicação: a verbal (leitura) e a não verbal (corporal). Dessa forma, ele conseguiu atrair para si as atenções, ou melhor, uma escuta muita atenta por parte da comunidade reunida ao que estava sendo anunciado.

A palavra proclamada lhe valeu a incomum atenção auditiva e visual da assembléia sinagogal,  porque sua comunicação foi plena, sem ruídos. A palavra proclamada (e por quem a proclamou) cativou a comunidade.

É requisito para o leitor a interiorização do texto a ser lido, com a captação do conteúdo da mensagem e da sua forma literária, e o treinamento em voz alta e pausada, de maneira a habilitá-lo a proclamar (do latim, pro + clamare = anunciar pública e solenemente diante de).

Feito isso, o leitor cuida da sua postura - a apresentação pessoal, o caminhar, sentar ou levantar, o escutar ou silenciar. São gestos do corpo que falam, que comunicam. Para tudo há momento, já diz o Eclesiastes (Ecl 3, 1-8).

A proclamação faz-se diretamente do livro litúrgico denominado lecionário, no ambão.

A espiritualidade do leitor se alimenta da própria Palavra e crescerá na medida em que vivenciar Jesus como paradigma (Lc 4, 16-21), Caminho, e recorrer às fontes da liturgia cristã. E também por esforçar-se em seguir as técnicas apropriadas de leitura em público.

 Na ordem de que o leitor é o primeiro a ter contato com a Palavra, ele se coloca como o primeiro destinatário, receptor da mensagem. Ao texto ele dá vida, e o anuncia sempre como novidade.

Afinal, passar de bom para excelente leitor.


Leia mais:




Fonte da imagem: http://www.nsrainha.com/interno/index.php?sid=456

domingo, 11 de setembro de 2011

Concílio Vaticano II fica e seus protagonistas se vão



Com o falecimento de Dom Clemente José Carlos Isnard, 94 anos, bispo emérito da Diocese de Nova Friburgo (RJ) e ex-vice presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, o Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965) perdeu mais de um dos seus padres conciliares, protagonistas da abertura da Igreja para o mundo e do retorno da liturgia às suas fontes.

Dom Clemente Isnard, ordenado bispo em 25 de julho de 1960, participou das sessões do Concílio Vaticano II, com acentuada atuação na área da liturgia. Sobre o papel desempenhado por Dom Clemente na liturgia da Igreja no Brasil já o tratamos aqui.

A quem queira aprofundar-se sobre o Concílio Ecumênico Vaticano II, ou mais especificamente acerca da participação dos prelados brasileiros, a tese de doutoramento do Pe. José Oscar Beozzo é, por certo, o documento indicado, de muita pesquisa e de valia histórica, com 463 páginas, sob o título "Padres conciliares brasileiros no Vaticano II: participação e prosopografia 1959-1965".


Leia mais:

Dom Clemente Isnard, por Dom Luiz Demétrio Valentini


Fonte da imagem: http://seminariodenovafriburgo.blogspot.com/p/diocese.html

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Jornada Mundial da Juventude - 2011



Capitaneada por Bento XVI, de 18 a 21 de agosto de 2011, foi realizada em Madri (Espanha) a XXVI Jornada Mundial da Juventude - JMJ 2011 Madri, cujo tema foi: "Enraizados e edificados n'Ele...firmes na fé" (cf. Cl 2,7).

Bem sabemos que a Jornada Mundial da Juventude foi idealizada pelo Papa João Paulo II, e a I Jornada Mundial da Juventude aconteceu em 1986, em Roma, cujo tema foi "Sempre dispostos a dar resposta a todo aquele que lhes pede a razão da vossa esperança" (1Pd 3,15).

Se a razão da nossa esperança devemos dá-la a quem no-la pede, é porque, enraizados e edificados em Cristo, somos firmes na fé, ou fomos tocados pela experiência de Deus em momentos de nossas vidas. Daí, vê-se a proximidade dos temas da I Jornada e da XXVI Jornada.

Há uma continuidade entre as Jornadas. Isso sugere que o espírito que norteia cada Jornada não se esgota naqueles poucos dias de concentração, mas ele passa a fazer parte da vida da/o jovem (e por que não de todos os cristãos?) a todo tempo, ou, como queiram, de uma Jornada a outra, sem descontinuidade.

Nesse sentido, o contínuo crescimento na adesão a Cristo e seu Evangelho tende ao amadurecimento da vivência amorosa da fé e à celebração, em comunidade, dos mistérios dessa mesma fé, para, por Cristo e no Espírito Santo, louvar e agradecer ao Pai. Em assim sendo, as Jornadas geram frutos. E isso é muito bom.

E, agora, Rio de Janeiro, para a JMJ 2013, que se realizará entre os dias 23 e 28 de julho de 2013, com o tema: "Ide e fazei discípulos todos os povos" (Mt 28,19).



Fonte da primeira imagem:
http://www.analisisdigital.org/2011/08/16/el-cardenal-rouco-hemos-tratado-de-preparar-la-jmj-como-una-ocasion-de-vivir-mas-a-fondo-lo-esencial-de-la-fe/


Fonte da segunda imagem:
http://paroquiasaofranciscoguara.wordpress.com/2011/08/25/o-papa-anuncia-que-a-proxima-jmj-sera-em-2013-no-rio-de-janeiro/

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Livro do Acólito



Acólito, do grego akólouthos ("aquele que acompanha"), chegou até nós pelo latim eclesiástico acolytus. Acólito é aquele que acompanha e serve.

O acólito pode ser instituído e não instituído.

Acólito instituído, que antes da reforma conciliar pertencia às chamadas ordens menores, é disciplinado pelo cânone 230, § 1°, do Código de Direito Canônico. Somente leigo varão (homem maior de idade) dele pode participar. A Conferência dos Bispos está autorizada a estabelecer, mediante Decreto, os requisitos de idade e qualidades necessários. No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos - CNBB, em obediência ao canône 230, § 1, editou normas complementares, que aparecem como apêndice ao Código de Direito Canônico (edição em língua vernácula), e que podem ser lidas aqui.

Acólito não instituído, também conhecido como coroinha no Brasil, ou menino/a do coro em Portugal, é que ordinariamente conhecemos. As e os coroinhas, ou meninas e meninos do coro, são os que vemos nas missas dos domingos. E destes acólitos é que trata a publicação portuguesa intitulada O Livro do Acólito.

É um livro sobre o acólito e seu ministério na celebração eucarística (missa). De autoria do padre José de Leão Cordeiro, foi editado pelo Secretariado Nacional de Liturgia, em Fátima (Portugal). Livro que se formou aos poucos, conforme se desenvolviam e se discutiam os temas. Tem raízes práticas, sem descuidar das normas e das instruções da Igreja.

"O Livro do Acólito" está dividido em 60 lições, de modo que cada aula tenha o mesmo tempo de duração. A cada lição há uma imagem alusiva ao tema. O livro termina com vocabulário do acólito e com orações para os vários momentos do dia. Por fim, orações de consagração a Nossa Senhora, para antes e depois das refeições e ato de contrição.

É bom livro, com capa dura, permitindo ser usado constantemente, fazendo dele um manual, ou seja, um livro para se ter sempre às mãos.

Observo, porém, que o livro deixou de trazer temas sobre a Semana Santa, período litúrgico relevante na vida da Igreja em que se intensificam as celebrações. E também não aproveitou a oportunidade para trazer em apêndice a Instrução Geral do Missal Romano.


Fonte da imagem:
http://acolitos.liturgia.pt/destaques/dest_liv_acolito.php

domingo, 31 de julho de 2011

Salmos: uma Escola de Oração



Na Audiência Geral da Quarta-Feira de 22 de junho de 2011, o Papa Bento XVI, dando continuidade às catequeses dedicadas à Oração Cristã, entrou no livro de orações por excelência: o livro dos Salmos.

E não para aí, posto que o Papa promete dar continuidade, e estas são suas palavras: "Nas próximas catequeses leremos e meditaremos sobre alguns dos Salmos mais bonitos e mais queridos à tradição orante da Igreja. Hoje, gostaria de os introduzir, falando sobre o livro dos Salmos no seu conjunto."

Ouçamos ainda: "Os Salmos são dados ao fiel precisamente como texto de oração, que tem como única finalidade tornar-se a oração daqueles que os assumem e com eles se dirigem a Deus. Dado que são uma Palavra de Deus, quem recita os Salmos fala a Deus com as palavras que o próprio Deus nos concedeu, dirige-se a Ele com as palavras que Ele mesmo nos doa. Deste modo, recitando os Salmos aprendemos a rezar. Eles constituem uma escola de oração."

Pois bem, isso e muito mais você pode ler aqui.

E uma introdução aos Salmos pode ser lida aqui.


Leia mais:

Deus é o "Tu" com quem dialogo


Fonte da imagem:
http://missiofides.blogspot.com/2011/02/instrucao-geral-sobre-liturgia-das.html

sábado, 16 de julho de 2011

Casamento religioso, um direito de quem?



As instâncias judiciárias da Igreja Católica estão sobrecarregadas pelos sucessivos pedidos de nulidade matrimonial, que é regrada pelo Código de Direito Canônico.

A Igreja vê nisso um sintoma de que alguma coisa a ser reparada está na origem, isto é, algo que remonta ao acesso para o Sacramento do Matrimônio. Nesse sentido, afigura-me sugestivo o artigo de Dom Redovino Rizzardo, Bispo da Diocese de Dourados (Mato Grosso do Sul), publicado na página oficial da CNBB na internet, em 8 de julho de 2011, sob o título Casamento religioso, um direito de quem?

Escreve o articulista: "O que chama a atenção de quantos tomaram conhecimento das palavras do Papa é a sua afirmação de que só pode reivindicar o direito a uma cerimônia nupcial religiosa quem... vive a religião!"

Pois bem, isso e muito mais pode ser lido no artigo que também foi publicado na página da Diocese de Dourados, na internet.


Leia mais:

Apostila sobre o Sacramento do Matrimônio

O Direito Canônico na vida da Igreja Católica


Fonte da imagem:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rafael_Sanzio

sábado, 9 de julho de 2011

Parada Gay: respeitar e ser respeitado


O Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de São Paulo, publicou o artigo intitulado Parada Gay: respeitar e ser respeitado, publicado na página oficial da Arquidiocese de São Paulo na internet, em 28 de junho de 2011, referindo-se à manifestação levada a efeito pela Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, no dia 26 de junho de 2011 (domingo), na capital paulista.

O referido artigo foi reproduzido pelo jornal O São Paulo, Semanário da Arquidiocese de São Paulo, edição de 28 de junho a 4 de julho de 2011.

Dom Odilo Scherer lembrou que "A Igreja Católica desaprova a violência contra quem quer que seja; não apoia, não incentiva e não justifica a violência contra homossexuais." Isso e muito mais pode ser lido aqui.


Leia mais:

Homossexuais devem ter o direito de casar?


Fonte da imagem:
http://diasimdiatambem.com/2011/06/26/parada-gay-de-sao-paulo-e-vilipendio-religioso/


sábado, 25 de junho de 2011

Primeiro bispo nipo-brasileiro



Padre Júlio Endi Akamine, natural da cidade de Garça (SP), Provincial da Sociedade do Apostolado Católico (Palotinos) em São Paulo, foi nomeado, no dia 4 de maio último, pelo Papa Bento XVI, bispo auxiliar para a Arquidiocese de São Paulo.

Chama a atenção o fato de o padre Júlio ser o primeiro descendente da comunidade de origem japonesa, no Brasil, a ser nomeado bispo. Em outras palavras, padre Júlio Endi Akamine será o primeiro bispo nipo-brasileiro sansei da Igreja Católica.

Eis o convite para a ordenação episcopal, no dia 9 de julho de 2011, às 15h00, na Catedral Metropolitana de São Paulo:



Fonte da primeira imagem:
http://deuscaridade.blogspot.com/2011/05/pe-julio-endi-akamine-sac-bispo.html

Fonte da segunda imagem:
http://www.regiaolapa.org.br/site/?secao=noticias&cod=81&titulo=Dia+9+de+julho+as+15hs+Ordena%E7%E3o+Episcopal+do+Monsenhor+J%FAlio+Endi+Akamine+na+Catedral+da+S%E9

domingo, 19 de junho de 2011

A Igreja nos anos de chumbo



É incontestavelmente a figura do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito da Arquidiocese de São Paulo, que se sobressai como líder atuante da Igreja no Brasil, nos chamados anos de chumbo.

Pois bem, o jornal O Estado de S. Paulo iniciou com a edição deste Domingo (19 de junho de 2011, página A10), reportagem especial A Igreja nos anos de chumbo, com o título A luta secreta de D. Paulo Arns.

Na luta de Dom Paulo, uniu-se a ele o reverendo pastor presbiteriano Jaime Wright, ambos no ambicioso "Projeto Brasil: Nunca Mais". Esse projeto resultou na publicação do livro Brasil: Nunca Mais.

E muito mais pode ser lido na referida reportagem.


Fonte da imagem:
http://paroquiasantateresadavila.blogspot.com/2010/01/mensagem-de-dom-paulo-evaristo-arns.html

sábado, 18 de junho de 2011

Catequeses dedicadas à Oração Cristã



O Papa Bento XVI iniciou uma novo ciclo de catequeses. Agora, Catequeses dedicadas à Oração Cristã.

As catequeses, assim como antes, acontecem nas Audiências Gerais das Quartas-Feiras.

O novo ciclo, ou a nova série de catequeses - Catequeses dedicadas à Oração Cristã - tiveram início no dia 4 de maio de 2011, quarta-feira. A primeira das catequeses desse recente ciclo pode ser lida aqui. As catequeses subsequentes, conforme vão sendo traduzidas para o português, podem ser lidas aqui.


Leia mais:

Bento XVI: novo ciclo de catequeses


Fonte da imagem:
http://filhosdamisericordia.blogspot.com/2011/01/angelus-bento-xvi-recorda-as-vitimas-de.html

sábado, 4 de junho de 2011

Deus é o "Tu" com quem dialogo



A concepção antiga do modo de olhar o universo, como ilustra a figura de cosmovisão acima, contribuiu para a visão de Deus morando distante, com a agenda sempre cheia e com tantas mil coisas a ocupar-se. Essa cosmovisão - pode-se dizer - era, de regra, comum aos povos da antiguidade. Esse Deus assim entendido, com grande peso criador, não podia estar "antenado" com o dia a dia do homem.

Deus, com sua corte celeste, morava acima da Terra, além das águas do Firmamento. O Xeol (em hebraico), ou Hades (em grego) situava-se abaixo da Terra. Em latim, Infernus (Inferno, em português), que quer dizer região inferior, cujo sentido se equivale aos termos hebraico e grego.

Não obstante essa velha e generalizada concepção do Universo que coloca Deus - se assim podemos dizer - fisicamente distante do habitat humano, o homem da Bíblia vive, entretanto, uma proximidade com Deus. J. Castellano, apoiado em M. Magrassi, diz que "Os homens da Bíblia são os amigos de Deus e tratam a Deus de "tu". Conhecem-no e sentem-se conhecidos por ele. Amam-no e sentem-se amados. Para eles, Deus não vive na estratosfera: é personagem familiar que entra na trama de suas vidas."

Para Roger Lenaers, "[...] o nome de Deus indica um Tu que apenas ama, alguém indescritível [...]. Um Tu amante que nada tem de frio nem distante, com um rosto intensamente humano."

Os Salmos estão aí para demonstrar essa proximidade entre Deus e o homem. Em Mateus, lê-se que àquela mulher que sofria de hemorragias bastava ao menos tocar no manto de Jesus, para ficar curada (Mt 9,18-26). Aproximar-se e tocar. E isso é, entre nós, tão próprio do modo de ser do homem e da mulher.

O modo de ver e entender o universo (cosmovisão) é obra da inteligência humana, e não de Deus. Passar ao largo de qualquer cosmovisão, prisioneira e limitativa de Deus ou indiferente a Deus, é um bom começo. Na medida em que sinto ou experimento Deus como o Tu que ama, fica fácil achegar-se e travar o diálogo, simples e direto, desde que eu também me proponha a amar, a escutar.

Esta antiga canção expressa bem a proximidade do Tu (Deus) e eu:


Basta que me toques, Senhor

Basta que me toques, Senhor

Minha alma fortelecerá

Se a noite escura está

Tua presença me guiará

Basta que me toques, Senhor


Basta que me olhes, Senhor...

Basta que me ames, Senhor...

Basta que eu te busque, Senhor...

Basta que eu te encontre, Senhor...

Basta que eu te fale, Senhor...

Basta que te ame, Senhor...

Basta que eu te siga, Senhor...


Afinal, Deus é amor - afirma o apóstolo (1Jo 4,8)


Fonte da imagem:
http://meucursobiblico.zip.net/arch2010-11-01_2010-11-30.html

segunda-feira, 23 de maio de 2011

União estável homoafetiva em foco



A recente decisão do Supremo Tribunal Federal - STF reconhecendo, como entidade familiar, a união estável entre pessoas do mesmo sexo (união homoafetiva), mereceu uma Nota da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em defesa da família, datada em Aparecida (SP) a 11 de maio de 2011.

Eis um trecho da Nota: "A diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural."

O inteiro teor da Nota da CNBB pode ser lida aqui.

Escute a opinião do ministro aposentado do STF, Célio Borja, aqui. Há, ainda, o artigo do jurista Ives Gandra Martins publicado no jornal A Folha de S. Paulo, edição de 20/5/2011, intitulado A Constituição "conforme" o STF.

Abaixo você poderá ler a análise que o padre Gilvander Moreira, carmelita, faz sobre a decisão do STF.


Leia mais:

Íntegra do voto do Ministro do STF Ayres Britto, Relator

Direitos homoafetivos

Padre contraria CNBB e elogia Supremo por legalizar união de casais gays no Brasil


Fonte da imagem:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=178931

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Missa de Beatificação de Irmã Dulce



Já foi divulgado o horário da Missa de beatificação da Irmã Dulce.

A Missa será presidida pelo Cardeal e Arcebispo Emérito da Arquidiocese de São Salvador da Bahia Dom Geraldo Majella Agnelo, nomeado Delegado Papal, com início às 17:00 horas do dia 22 de maio de 2011 (domingo), no Parque de Exposições, na cidade de Salvador. Mais detalhes, leia aqui.

As redes de televisão Canção Nova e TVE/Bahia serão responsáveis pela transmissão da beatificação para todo o Brasil, conforme noticia a CNBB.


Leia mais:

Preparativos para a beatificação de Irmã Dulce

Baixe a Novena de Irmã Dulce

Bispos do Brasil comentam a beatificação de Irmã Dulce


Fonte da imagem:
http://www.irmadulce.org.br/bemaventurada/multimidia_galeria.php

sábado, 7 de maio de 2011

Um pontificado ousado e disciplinador


Oportuno e bom artigo do Pe. J. B. Libânio para o jornal O Estado de São Paulo (caderno A30/Vida/domingo, 1 de maio de 2011), refere-se ao Papa João Paulo II, sob o título Um pontificado ousado e disciplinador.

Pe. Libânio resume, concluindo:

"Numa palavra: pontificado profético e ousado para fora e disciplinador para dentro."

Lendo-o, você conhecerá mais sobre o Beato João Paulo II.


Leia mais:



Fonte da imagem
http://biografiadossantos2.wordpress.com/2010/07/06/papa-joao-paulo-ii/