sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Tempo do Advento - Ano C - São Lucas (2015-2016)



Nos dizeres das Normas Universais do Ano Litúrgico,

O Tempo do Advento começa com as Primeiras Vésperas do domingo que cai no dia 30 de novembro ou no domingo que lhe fica mais próximo, terminando antes das Primeiras Vésperas do Natal do Senhor (n. 40).

Em outras palavras, o Tempo do Advento do Ano C - São Lucas (2015-2016) começa na tarde de sábado do dia 28 de novembro de 2015, quando já se celebra a liturgia (Missa Vespertina) do Primeiro Domingo do Advento, e termina na quinta-feira do dia 24 de dezembro de 2015, antes do cair da tarde.

Um símbolo bem popular que acompanha esse Tempo é a Coroa do Advento. E, para maiores detalhes, conferir aqui.

A cor litúrgica é roxa, podendo ser usada a rósea no Terceiro Domingo do Advento (dia 13 de dezembro de 2015), que também se denomina Domingo Gaudete.


Leia mais:

Meditações para o caminho de Advento, por José Tolentino Mendonça

Hora da Missa Vespertina


Fonte da imagem:
http://gporainhadapaz.blogspot.com.br/2014/12/que-maravilhoso-e-belo-e-o-tempo-do.html

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Ano Novo Litúrgico: Ano C - São Lucas (2015-2016)



O ano novo litúrgico está chegando!

Como já postado, o tempo litúrgico se desenvolve em ritmos diário, semanal e anual. O ritmo anual compreende três ciclos. No primeiro, chamado ciclo A, lê-se o Evangelho de Mateus; no segundo, chamado ciclo B, lê-se o Evangelho de Marcos; e no terceiro, chamado ciclo C, lê-se o Evangelho de Lucas.

O próximo ano litúrgico é o ano C - São Lucas (2015-2016).

O novo ano litúrgico (Ano C - São Lucas) já começa no sábado, dia 28 de novembro de 2015, à tarde, com as Primeiras Vésperas do Primeiro Domingo do Advento, e termina no dia 26 de novembro de 2016, sábado, antes das Primeiras Vésperas.


Fonte da imagem:
http://catequesederendufinho.blogspot.com.br/p/ano-liturgico.html

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Diretório da Liturgia - 2016



O Diretório da Liturgia - Ano C - São Lucas (2015-2016) foi lançado pelas Edições CNBB nas versões brochura (imagem acima), espiral e de bolso. E já se encontra à venda nas livrarias católicas.

Sobre a importância do Diretório da Liturgia e outras informações podem ser conferidas aqui.

Esclareça-se que todo o Tempo do Advento e parte do Tempo do Natal do Ano C - São Lucas (2015-2016) encontram-se no Diretório da Liturgia - 2015 (páginas 195-214).


Leia mais:

O ano litúrgico e o calendário


Fonte da imagem:
http://www.edicoescnbb.com.br/liturgia/diretorio-da-liturgia-2016-brochura

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Cartaz divulgado em rede social desvirtua a noção de família

O homem hoje já não é capaz de formas de discernimento que ultrapassem o fôlego curto do útil e do imediato: já não reconhece o que corresponde ou o que repele as peculiaridades que o tornam verdadeiro homem. 
(Gerhard Ludwig Müller, Pobre para os pobres: A missão da Igreja, Paulus Editora, Lisboa, pp. 93-94)


O Papa Francisco, na recente Viagem Apostólica aos Estados Unidos da América do Norte, afirmou solenemente que a família tem uma carta de cidadania divina.

Porém, não é, assim, como pensa um órgão público do Brasil. Com efeito, o Conselho Nacional do Ministério Público divulgou em rede social (Facebook) cartaz com imagens de bonequinhos, expandindo indevidamente a noção de família, para defini-la como pessoas que se amam e querem ficar juntas ou, como se desponta do cartaz, pessoas e animais que se amam. Ou ainda, como dito na rede social: 

Família = pessoas que se amam e querem ficar juntas

O cartaz acima instila mais. Pelas imagens do cartaz, uma mulher e um felino (gata/o) é uma família! 

É uma situação simplesmente grotesca!

Diante do que o cartaz injeta no imaginário da opinião pública, move a dizer que uma pessoa montada num cavalo possa constituir uma família (pessoa e cavalo). Para a instituição divulgadora do cartaz, isso não é inimaginável!

Na contramão do que incita o cartaz, Jacques Leclercq, com claridade e segurança, aponta o caminho da essência da instituição familiar em A Família (Editora Quadrante e Editora da Universidade de São Paulo, SP):

A sexualidade tem sido estudada no nosso tempo mais do que em nenhum outro, e nesses estudos sublinhou-se a repercussão do sexo sobre o conjunto da personalidade, não somente física, mas intelectual e moral, como também se fez notar até que ponto o homem e a mulher são complementares um do outro, de todos os pontos de vista. A conclusão que daí se desprende é que a união dos sexos não é somente física nem se limita às satisfações propriamente físicas da união, mas tem um caráter moral que exige a união da vida comum, a entreajuda mútua em todas as atividades. O amor dá ao homem e à mulher o desejo dessa união. 
[...]
O amor humano tem, pois, por objeto a união tão completa quanto possível de um homem e de uma mulher que encontram um no outro o seu complemento.
[...]
O homem e a mulher têm necessidade um do outro em toda a progressão de suas vidas, e a vida é um todo contínuo. O desenvolvimento da personalidade masculina reclama a união com uma personalidade feminina correspondente, e o mesmo se passa, em sentido contrário, com a personalidade feminina. (pp. 14-15)

A religião tem muito a ver com a família. Pontes de Miranda reconhece, em sua clássica obra Introdução à Sociologia Geral (Editora Forense, Rio, 2ª edição), que:

Todas as religiões desenvolvem, em sistema de valores, o seu plano de adaptação acima da moral, da economia, do direito, da política. (p. 160)

Ainda esse grande jurista brasileiro:

É por isto que, em certo sentido, a religião julga a moral e esta o direito. (p. 17)

Rodolfo Sacco escreveu, entre outras obras, um livro sobre a antropologia voltada para a área jurídica intitulado Antropologia jurídica: contribuição para uma macro-história do direito (Editora WMF Martins Fontes, São Paulo, p. 315), onde constata que:

Do matrimônio e da filiação, nasce a família nuclear, instituição universal, que satisfaz determinadas necessidades sexuais, econômicas, reprodutivas, educativas.

Genuínos direitos fundamentais são aqueles reconhecidos pelo Estado, isto é, são aqueles que o Estado fundamentalmente os declara, não os cria. Tais direitos antecedem ao Estado. A família é um deles. Ela precede ao Estado.

A família tem seu germe na relação entre um homem e uma mulher. Disso se segue que, para o Direito Civil, ela é declarada pelo instituto do casamento (Art. 1514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados); e, para o Direito Canônico, a família é firmada pelo sacramento do matrimônio (pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si o consórcio de toda vida..., cfr. cânone 1055, § 1).

Nas normas de ambos os Códigos (Direito Civil e Direito Canônico) não se registram, e de outra forma não poderia ser, pessoas outras que não sejam o homem e a mulher a gestar uma família. Figuras outras, eventuais, que escapem a esse figurino estruturante da sociedade, e também divino, podem ter outros nomes (para coisa nova, nome novo), mas nunca o nome de família. A semente da família está no encontro entre um homem e uma mulher. E não entre dois homens ou duas mulheres, e muito menos entre uma pessoa e um ou mais animais (ainda que domésticos).

O Conselho Nacional do Ministério Público está vulgarizando, banalizando o conceito de família perante a opinião pública. É isso é muito ruim!

A família tem sua base nuclear no amor que leva à união de um homem e de uma mulher

Ademais, o povo brasileiro, na sua quase totalidade, tem na sua gênese a formação religiosa judaico-cristã.

O amor é o eixo do cristianismo. Nesse sentido, Romano Guardini afirma-o em O mundo e a pessoa: ensaio para uma doutrina cristã do homem (Livraria Duas Cidades, São Paulo, p. 207):

Diz-se - e o Novo Testamento parece confirmá-lo - , que o cristianismo é a religião do amor.

O reducionismo do amor a interesse ou a gosto pessoal contradiz com a matriz de formação do povo brasileiro.

Concluo com as palavras do grande estadista britânico Winston Churchill:

Onde a família começa? Ela começa com um jovem se apaixonando por uma garota - nenhuma alternativa superior foi encontrada ainda.


Leia mais:


Fonte da imagem:
https://www.facebook.com/cnmpoficial/photos/a.320163384712345.73373.188813301180688/973550232706987/?type=3&theater