domingo, 30 de setembro de 2007

Cardeal Martino: Doctor Honoris Causa


O cardeal Renato Rafaelle Martino estará na próxima segunda-feira, dia 01/10, na Universidade Católica de Salvador (Bahia), para proferir palestra sobre a Doutrina Social da Igreja.

No dia seguinte (02/10), às 17:00 horas, o cardeal Martino receberá o título de Doctor Honoris Causa, a ser conferido pela mesma Universidade.

Doctor Honoris Causa (expressão latina) é a distinção acadêmica concedida, a título de honor (honra), a uma pessoa em virtude da fama que tem ou do reconhecimento de seus méritos. São as Universidades que tradicionalmente conferem o mencionado título.

O cardeal Martino esteve no Brasil em junho de 2005 para o lançamento do livro Compêndio da Doutrina Social da Igreja. A respeito, leia mais aqui e aqui.

Na apresentação do referido Compêndio, o cardeal Martino, Presidente do Conselho Pontifício "Justiça e Paz", assim se expressa:

"Transformar a realidade social com a força do Evangelho, testemunhada por mulheres e homens fiéis a Jesus Cristo, sempre foi um desafio e, no início do terceiro milênio da era cristã, ainda o é. O anúncio de Jesus Cristo «boa nova» de salvação, de amor, de justiça e de paz, não é facilmente acolhido no mundo de hoje, ainda devastado por guerras, miséria e injustiças; justamente por isso o homem do nosso tempo mais do que nunca necessita do Evangelho: da fé que salva, da esperança que ilumina, da caridade que ama." Leia isso e muito mais aqui.


Fonte da primeira imagem:
http://www.cnbb.org.br/index.php?op=pagina&chaveid=314

Fonte da segunda imagem:
http://www.cnbb.org.br/index.php?op=pagina&subop=1731

São Jerônimo: o tradutor da Bíblia para o latim


No dia 30 de setembro, a Igreja Católica Romana celebra a memória de São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Entretanto, como neste ano de 2007, o dia 30 de setembro cai no 26º domingo do tempo comum, omite-se a celebração da memória. O Domingo tem precedência sobre as festas dos Santos do Calendário Geral (Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário, aprovadas pelo Papa Paulo VI, em 14 de fevereiro de 1969, ns. 4, 5 e 59).

Jerônimo nasceu em Stridone, na Dalmácia (hoje, Croácia), em 342, e faleceu em Belém, em 420, onde viveu seus últimos 35 anos.

O papa Dâmaso (366-384), admirador da inteligência de Jerônimo que conhecia a língua grega e tinha noções do hebraico, convidou-o para ser seu secretário. E Jerônimo tornou-se mestre espiritual da aristocracia romana.

Do papa Dâmaso, Jerônimo recebeu a incumbência da revisão da Sagrada Escritura. Entretanto, morrendo Dâmaso em 384, Jerônimo deixou Roma no início de 385, vindo a estabelecer-se em Belém, fundando aí um mosteiro para servir de auxílio aos pobres e aos peregrinos. Passou a morar no Mosteiro e dedicou-se ao estudo. Sempre ativo sem que a velhice lhe esmorecesse.

A sua fama maior ficou por conta dos seus trabalhos sobre a Bíblia, que vieram a formar a Bíblia Latina, que o Concílio de Trento (1545-1563) viria oficialmente reconhecer como a Vulgata, como se lê na Seção IV - As Escrituras Sagradas.

Diz o Concílio de Trento, na citada Seção IV:

"Se alguém então não reconhecer como sagrados e canônicos estes livros inteiros, com todas as suas partes, como é de costume desde antigamente na Igreja católica, e se acham na antiga versão latina chamada Vulgata, e os depreciar de pleno conhecimento, e com deliberada vontade as mencionadas traduções, seja excomungado."


Fonte da primeira imagem:
http://www.geocities.com/pjchronos/tathy/jeronimo/cont.htm

Fonte da segunda imagem:
http://www.bible-researcher.com/vulgate.html

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

São Vicente de Paulo: patrono das obras de caridade

A Igreja celebra hoje a memória de São Vicente de Paulo, presbítero. Nasceu em 24 de abril de 1581, em Pouy (França), e faleceu no dia 27 de setembro de 1660, em Paris.

Falar de São Vicente de Paulo é ligá-lo, desde logo, à conhecida e atuante SSVP - Sociedade São Vicente de Paulo.

Em 1833, Antonio Frederico Ozanam, francês, colocou sob a proteção de São Vicente de Paulo a organização por ele fundada sob o nome de Conferências de São Vicente de Paulo.

Em 1855, o Papa Pio IX declarou São Vicente de Paulo patrono das obras de caridade.

A Igreja coloca São Vicente de Paulo como modelo de virtudes apostólicas para nós: "amar o que ele amou e praticar o que ensinou" (Oração do dia - Missal Romano).

Leia mais:




Fonte da imagem:
http://www.fflch.usp.br/dh/heros/antigosmodernos/seculoxx/heisenberg/partetodo/linguagem.htm


segunda-feira, 24 de setembro de 2007

China: sinal verde?

O Papa Bento XVI aprovou a ordenação episcopal dos presbíteros Paolo Xiao Zejiang e Giuseppe Li Shan, celebradas na China, respectivamente, nos dias 8 e 21 de setembro de 2007. Foram as primeiras ordenações episcopais depois da Carta do Santo Padre Bento XVI aos Bispos, aos Presbíteros, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos da Igreja Católica na República Popular da China - Carta aos Chineses.

É sabido que a Santa Sé e a República Popular da China (China Continental) estão com as relações diplomáticas rompidas desde 1951. E uma das dificuldades - talvez a maior - para o restabelecimento das relações diplomáticas tem sido o caso da nomeação de bispos pelo governo de Pequim. A Santa Sé defende que a nomeação de bispos é ato de exclusiva autoridade do Papa.

Nesta parte - nomeação de Bispos vs. relações diplomáticas, reproduzo texto da já mencionada Carta aos Chineses:

"Nomeação dos Bispos

9. Como todos vós sabeis, um dos problemas mais delicados nas relações da Santa Sé com as Autoridades do vosso País é a questão das nomeações episcopais. Por um lado, pode-se compreender que as Autoridades governamentais estejam atentas à escolha daqueles que irão desempenhar o importante papel de guias e de pastores das comunidades católicas locais, vistas as valências sociais que — na China como no resto do mundo — tal função tem também no campo civil. Por outro lado, a Santa Sé acompanha com especial cuidado a nomeação dos Bispos, porque esta toca o próprio coração da vida da Igreja, enquanto a nomeação dos Bispos por parte do Papa é garantia da unidade da Igreja e da comunhão hi erárquica. Por este motivo, o Código de Direito Canónico (cf. cân. 1382) estabelece graves sanções seja para o Bispo que confere livremente a ordenação episcopal sem mandato apostólico, seja para aquele que a recebe: tal ordenação representa de facto uma dolorosa ferida na comunhão eclesial e uma grave violação da disciplina canónica.

O Papa, quando concede o mandato apostólico para a ordenação de um Bispo, exerce a sua suprema autoridade espiritual: autoridade e intervenção, que permanecem no âmbito estritamente religioso. Não se trata, portanto, de uma autoridade política, que se intromete indevidamente nos assuntos internos de um Estado e lesa a sua soberania.

A nomeação de Pastores para uma determinada comunidade religiosa é entendida, inclusive em documentos internacionais, como um elemento constitutivo do pleno exercício do direito à liberdade religiosa.[43] A Santa Sé gostaria de ser completamente livre na nomeação dos Bispos;[44] portanto, considerando o recente caminho peculiar da Igreja na China, faço votos de que se encontre um acordo com o Governo para resolver algumas questões relacionadas seja com a escolha dos candidatos ao episcopado, seja com a publicação da nomeação dos Bispos, seja ainda com o reconhecimento — para os efeitos civis, enquanto necessários — do novo Bispo por parte das Autoridades civis.

Enfim, quanto à escolha dos candidatos ao episcopado, mesmo conhecendo as vossas dificuldades a tal respeito, desejo lembrar que é necessário que sejam sacerdotes dignos, respeitados e amados pelos fiéis, e modelos de vida na fé, e que possuam uma certa experiência no ministério pastoral que os torne capazes de fazer frente à pesada responsabilidade de Pastor da Igreja.[45] Se por acaso numa diocese não fosse possível encontrar candidatos capazes para a provisão da sede episcopal, a colaboração com os Bispos das dioceses limítrofes pode ajudar a individuar candidatos idóneos."

Na China, existem duas igrejas católicas: uma denominada Igreja Católica Popular (ICP), da Associação Patriótica Católica, subordinada ao governo de Pequim, e a outra, Igreja Católica "clandestina" fiel ao Papa.

Portanto, o presente ato de aprovação é um grande passo para o caminho da unidade do catolicismo na China. Poderá ser o preâmbulo de um sinal verde para a normalização das relações diplomáticas?




Recomposição do Mundo - A estratégia vaticana


Fonte da primeira imagem:
http://www.sintravox.com/Internacional/2151.html


Fonte da segunda imagem:
http://tubaroes.com.sapo.pt/As_Sete_Maravilhas.html#Muralha

domingo, 23 de setembro de 2007

Septuaginta: Escrituras Hebraicas em grego coiné


A tradução da Torá (= Pentateuco) para a língua grega, no dialeto coiné, ficou conhecida pela palavra latina Septuaginta, que significa Setenta, ou, em algarismo romano, LXX. Por extensão, Septuaginta é, em seu conjunto, uma coleção de todos os livros das Escrituras Hebraicas (= Antiga Aliança) traduzidos do hebraico para o grego.

A tradução foi feita em Alexandria, onde vivia forte comunidade hebraica, entre meados do século III e século I antes de Cristo e objetivava ao desejo dos judeus de fala grega, que viviam na diáspora egípcia, de ler e entender as Escrituras Sagradas no grego do dia-a-dia, que era o dialeto coiné.

Coiné (koiné) era a língua comum, popular, falada no período do helenismo, cultura esta propagada em razão das conquistas de Alexandre, o Grande, e que acabaram influenciando na divulgação da cultura grega na região mediterrânea.

A versão da Torá, da língua hebraica para a grega, apareceu, em Alexandria, pela metade do século III antes de Cristo. Foi a primeira tradução, e as demais traduções dos outros livros das Escrituras Hebraicas vieram depois, em espaço de tempo mais longo, encerrando-se no I século antes de Cristo.

Segundo diz a Carta de Aristeas a Filócrates, ou Carta de Aristéias a Filócrates (meados do II século antes de Cristo), a tradução esteve a cargo de anciãos, expertos na Lei (Torá), sendo seis de cada tribo de Israel, perfazendo o total de setenta e dois tradutores (6 x 12). E mais: a tradução foi concluída ao cabo de setenta e dois dias.

A isso se juntou posteriormente a lenda de que aqueles anciãos trabalharam separada e independentemente, e que, ao final dos setenta e dois dias, compararam seus trabalhos: as setenta e duas traduções gregas coincidiram perfeitamente palavra por palavra. Essa lenda queria ensinar que as traduções (gregas) haviam sido realizadas sob a inspiração divina (Deus) e que nelas devia se reconhecer a mesma autoridade das Escrituras originais hebraicas.

Setenta é um número simbólico. No contexto bíblico = todos os povos. Nesse sentido, a tradução grega do Antiga Aliança "é indicada como a abertura da fé de Israel para os povos". [1]

Em homenagem aos setenta e dois anciãos, essa tradução da Lei, do hebraico para o grego, passou a chamar-se Versão dos Septuaginta, ou simplesmente Septuaginta (Setenta), ou ainda, em algarismo romano, LXX.

Diga-se ainda que a Carta de Aristéia a Filócrates é uma apologia da referida versão grega.

As Escrituras Hebraicas traduzidas para o grego acolheram a palavra leitourgía (liturgia) para indicar o serviço de culto ao Deus de Israel (Javé) confiado a tribo de Levi (levitas). Na primeira fase, realizado no deserto (tenda) e, depois, no Templo em Jerusalém.

A palavra leitourgía assume, então, um sentido restrito, técnico, para designar o culto público e oficial realizado pelos sacerdotes e levitas no Templo. Em contrapartida, a mesma Septuaginta usou as palavras também gregas latreía (latria) e douleía (dulia) para o culto privado.


[1] cf. Joseph Ratzinger - Bento XVI, Jesus de Nazaré, tradução de José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo, Editora Planeta do Brasil Ltda., 2007, pp. 161-162.

Leia também:


Fonte da primeira imagem:
http://www.freewebs.com/camiloezagui/tora.jpg

Fonte da segunda imagem:
http://torah.foroportal.es/viewtopic.php?t=9


sábado, 15 de setembro de 2007

O termo Liturgia: sua origem


A palavra liturgia, que se tornou familiar depois do Concílio Vaticano II (1962-1965), pertence à língua grega clássica. Os dois termos gregos: leitos (= público) e érgein (= fazer) dão origem à leitourgia (leit-o-erg-ia). Por sua vez, leitos é originário de léos, forma dialetal de laós (= povo). Érgein, também por sua vez, é um verbo fora de uso, porém que sobrevive no futuro érxoi e no substantivo érgon (= trabalho, serviço, obra).

Assim visto, liturgia se caracteriza por dois elementos: público (não privado) e fazer (ação).

Literalmente, liturgia significa serviço prestado ao povo, fundamentalmente sem objetivos particulares.

Na antiga Grécia, ou mais especificamente em Atenas, era o serviço feito por alguém de posses, de condição social elevada, a favor do povo. Algo destinado ao público (= povo, coletividade). Esse alguém o fazia espontaneamente, com liberdade, ou se sentindo no dever, como que obrigado a fazê-lo em razão da posição econômica ou social que ocupava na sociedade.

Mais tarde, ou mais precisamente na época helenista (helenismo), quer por leis, quer pelo uso ou pelo costume, o serviço passa a ser obrigatório por parte do cidadãos de posses, abastados, em favor do povo, da coletividade.

Eram tipos de liturgia, por exemplo, a realização de obras, como hospedaria para acolher forasteiros, construção de pontes, estradas; prestação de serviços, como a apresentação de coro no teatro; outros, como armamento de navios, promoção de jogos olímpicos, festas nacionais. E assim por diante.


Ainda mais tarde, sobretudo no Egito (fazia parte do mundo helênico), onde estava a cidade de Alexandria, por liturgia já se entendia qualquer prestação pública de serviço. E partir do século II antes de Cristo, na medida em que a religião tinha caráter preponderantemente público, a palavra liturgia, por extensão desse sentido, entra para o mundo religioso pagão para significar o serviço de culto (serviço cultual) prestado aos deuses por pessoas para tal fim designadas.

Estava preparado o caminho para ingresso do termo liturgia nas Escrituras Hebraicas, o que veremos n'outra oportunidade.


Fonte da primeira imagem:
http://www.nomismatike.hpg.ig.com.br/Grecia/ArquteturaGrega.html

Fonte da segunda imagem:
http://www.descobriregipto.com/biblioteca-antiga-alexandria.html

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Guia Litúrgico-Pastoral

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil publicou o livro intitulado "Guia Litúrgico-Pastoral", para que, como diz Dom Manoel João Francisco, Bispo de Chapecó e então Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, "seja um ótimo meio para conhecer, viver e celebrar bem a liturgia". O livro já está em segunda edição.

O Guia tem como destinatários primeiros as equipes de liturgia. Não se trata de um livro que cuida apenas da celebração da Eucaristia. Compreende, na primeira edição, o ano litúrgico, celebrações da palavra, do matrimônio, das bênçãos e das exéquias, canto e música, espaço celebrativo e a pastoral litúrgica (aqui entra a formação litúrgica). E a segunda edição aparece, conforme informações da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, com "pequenas alterações no texto, e acrescentou um capítulo sobre Celebrações Ecumênicas (XI). No Capítulo sobre a Música Litúrgica (VII) acrescentou um item sobre a Dança Litúrgica. E no Capítulo sobre a Eucaristia (II), incluiu um pequeno roteiro de Adoração do Santíssimo e orientações sobre a missa na celebração da Confirmação".

É abrangente e, por assim ser, o livro interessa a todos os católicos.


Fonte da imagem: www.cnbb.org.br

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Madre Teresa de Calcutá: experiência da "noite escura"

Diários e cartas pessoais de Madre Teresa de Calcutá, inéditos, foram objeto do livro Mother Teresa: Come Be My Light (Madre Teresa: Venha Ser Minha Luz), de autoria do padre Brian Kolodiejchuk, missionário da Caridade. Padre Kolodiejchuk é o postulador da causa de canonização de Madre Teresa.

A novidade é a experiência da ausência de Deus: a "noite escura" a que se refere São João da Cruz, o grande místico espanhol.

O padre Brian Kolodiejchuk deu extensa entrevista à Agência Zenit, publicadas sob o título "Teresa de Calcutá: Luz desde a Escuridão", em duas partes. A primeira parte foi publicada no dia 06.09.2007, e a segunda no dia 07.09.2007, convindo serem lidas.

Vale anotar: "Sem o sofrimento, o trabalho da madre Teresa de Calcutá teria sido simplesmente trabalho social e não obra de Jesus Cristo, explica o postulador de sua causa de canonização, citando a própria beata" (Agência Zenit, 07-09-2007).

Leia também:



Fonte da imagem: www.randomhouse.com/doubleday

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Vaticano: uma visão japonesa

Sob o título "Vaticano visto de uma perspectiva japonesa", a Agência Zenit publica entrevista feita com o embaixador japonês Kagefumi Ueno.

A entrevista é interessante. Kagefumi Ueno é embaixador acreditado junto à Sé Apostólica, também chamada Santa Sé, desde novembro último.

Na visão do embaixador, a Santa Sé tem quatro sinais distintivos:

1º) um valor ou autoridade moral;

2º) instituição internacional, como as Nações Unidas;

3º) rede global; e

4º) poder de comunicação.

A autoridade moral lhe advém do desapego dos interesses seculares. Como instituição internacional, o Papa, para o embaixador, é como se fosse um secretário-geral da ONU. Como rede global, a Igreja está arraigada em todos os continentes, com centro operacional no Vaticano.

O poder de comunicação se manifesta por intermédio do periódico "L'Osservatore Romano" e outros meios de comunicação pelos quais a mensagem da Igreja alcança cada canto do mundo.

O embaixador comenta ainda os valores absolutos do cristianismo ante os valores relativos da cultura japonesa, o que pode explicar a baixa proporção de cristãos no Japão.

A entrevista merece ser lida, por inteiro, aqui.


Fonte da primeira imagem: www.vatican.va

Fonte da segunda imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3o

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Igreja na Inglaterra e Gales: "Onde estão eles agora?"

A Igreja Católica na Inglaterra e Gales promove mais uma forte e efetiva ação evangelizadora: sensibilizar os católicos afastados do engajamento oficial na Igreja, para que a ela retornem. Um dia foram batizados ou até freqüentaram os ofícios litúrgicos, mas deixaram de comparecer. São os chamados católicos não praticantes e que compreendem dois terços da população católica na Inglaterra e Gales.

Na prática: cada católico praticante se envolve tomando consciência do papel evangelizador, para convidar os afastados à vida eclesial, começando pelos próprios familiares e amigos.

A iniciativa é da Agência Católica para Apoio à Evangelização (Catholic Agency to Support Evangelisation, CASE), cujo projeto é intitulado: "Where are they now?", ou seja, "Onde estão eles agora?".

A Catholic Agency to Support Evangelisation - CASE é um organismo (agência) da Conferência Episcopal Católica da Inglaterra e Gales. E seu projeto tem o apoio do cardeal Cormac Murphy-O'Connor, arcebispo de Westminster, e de outros bispos ingleses.

Anteriormente, a Igreja Católica na Inglaterra e Gales já havia promovido uma campanha de evangelização de incentivo às vocações religiosas. Leia aqui.


Fonte da primeira imagem: www.caseresources.org

Fonte da segunda imagem: www.catholic-ew.org.uk

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Dez anos sem Madre Teresa de Calcutá


Dia 5, quarta-feira, completam-se dez anos da morte de Madre Teresa de Calcutá.

Por sua extensa obra de caridade, simplicidade de vida e firme vigor na defesa da vida, Madre Teresa de Calcutá era tida como santa, já em vida. A santa de nossos dias.

A beatificação de Madre Teresa foi realizada pelo Papa João Paulo II no dia 19 de outubro de 2003. Leia aqui a homilia pronunciada pelo Papa durante o solene rito de beatificação.


Fonte da imagem: http://www.portalanjo.com/cruz/tereza.htm

O argumento "slippery slope" e a eutanásia


A expressão inglesa "slippery slope", que, em português, significa "ladeira escorregadia", é o argumento utilizado em defesa da vida, contra a eutanásia, pois.

O princípio tem aplicação sobremodo na Bioética.

Por exemplo, uma vez admitida a eutanásia, aberta fica a porta para maiores concessões. Como popularmente se diz: onde passa um boi, passa uma boiada.

Para o médico Renzo Puccetti, especialista em Medicina Interna e secretário do Comitê "Ciência e Vida" de Pisa-Livorno (Itália): "É um fato: nos países onde é legal, a eutanásia é praticada em maior medida", conforme denúncia noticiada pela Agência Zenit, sob o título O "Slippery Slope" da Eutanásia.

Leia mais aqui.


Fonte da imagem:
http://www.concurringopinions.com/archives/2005/12/are_subway_sear_1.html

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Gregório Magno: modelo a ser seguido

A Igreja Católica Romana celebra a memória de São Gregório Magno, papa e doutor da Igreja, nesta segunda-feira, dia 3/9.

Oriundo de família nobre e rica, Gregório nasceu em Roma no ano 540. A família tinha tradição política, como era costume da aristocracia. Giordano, seu pai, fora senador. Silvia, sua mãe, depois de enviuvar, ingressou na vida monástica. Conta-se que suas três irmãs viviam como monjas, provavelmente na própria casa paterna.

O próprio Gregório chegou a ser prefeito de Roma.

E ainda: o papa Félix III (483-492) fora um antepassado de Gregório.

Tempos depois de completar trinta anos, retira-se para a vida ascética, vivendo num mosteiro por ele construído em seu palácio, na colina Célio, em Roma. Antes distribuíra seus bens aos pobres e fundara seis mosteiros em suas propriedades localizadas na Sicília.

Na época de Gregório, o monaquismo era, antes de tudo, um modo de vida, e não uma estrutura organizada de vida monástica. Os monges eram, pois, leigos.

Mas, a vida monástica de Gregório não durou muito. O papa Bento I (574-578) convidou-o a seguir a carreira eclesiástica, ordenando-o diácono. O sucessor de Bento I, o papa Pelágio II (579-590), enviou-o como núncio à corte de Constantinopla, entre os anos 579 e 585, ao tempo em que Tibério II (578-582) e Maurício I (582-602) eram imperadores do Império Bizantino, também chamado Império Romano do Oriente.

Terminada a sua missão de núncio, Gregório volta a Roma e retoma a sua vida de monge.

Em 7 de fevereiro 590, o papa Pelágio II falece, vítima da peste que assolava Roma. E Gregório, pelo forte e uníssono clamor popular, é chamado, apesar de suas resistências, a assumir a cátedra de São Pedro. Aclamado papa, recebeu a ordenação episcopal a 3 de setembro de 590, iniciando seu pontificado com o nome de Gregório, mais tarde Magno (título que o povo lhe deu). Daí, Gregório Magno.

O papa Gregório Magno foi um organizador da beneficência da Igreja para socorrer os famintos e os flagelados dos sucessivos surtos de peste que se expandiam por toda a península.

Apesar de ter uma saúde frágil, foi um papa que enfrentou os problemas da sua época, num momento em que a Igreja parecia ser a única entidade organizada num mundo ocidental em ruína.

No plano diplomático manteve relações com o imperador de Bizâncio. No âmbito eclesiástico tornou mais forte o controle sobre as várias Igrejas, procurando eliminar os contrastes. Expandiu a cristianismo na Inglaterra.

Escreveu várias obras, entre elas, Tratados morais sobre Jó (escrita ao tempo em que Gregório era núncio), Homilias sobre os Evangelhos (pronunciadas entre 590 e 591), Diálogos, Homilias sobre Ezequiel, Comentário sobre o primeiro livro dos Reis, Comentário ao Cântico dos Cânticos e Regra Pastoral.

Foi um papa cônscio da importância da liturgia, e sob seu nome surgiram dois textos célebres: Sacramentário gregoriano (ou seja, um missal) e Antifonário para a missa (compilação de cantos corais), base para o futuro canto gregoriano.

Gregório Magno faleceu no dia 12 de março de 604. Logo depois de sua morte circularam biografias do Papa, por sua fama de santidade. E foi considerado um dos quatro grandes doutores da Igreja latina. É considerado Padre da Igreja.


Fonte da imagem:
www.puc-rio.br/campus/servicos/pastoral/santo_setembro.html


Instrução Geral sobre o Missal Romano

A Editora Paulinas lançou, no Brasil, a Instrução Geral sobre o Missal Romano, terceira edição, comentada pelo padre José Aldazábal Larrañaga, professor na Faculdade de Teologia da Catalunha e presidente do Centro de Pastoral Litúrgica de Barcelona e dirigente das revistas Phase e Misa Dominical. Título original Ordenación general del Misal Romano, traduzido para o português (Brasil) por Antonio Francisco Lelo.

A Instrução Geral sobre o Missal Romano, também conhecida abreviadamente pela sigla IGMR, tem por fim apresentar o livro (Missal), seus princípios e normas. Coloca-se, por isso, no início do Missal Romano.

O livro ora publicado traz uma tabela de correspondência entre o IGMR (1975) e IGMR (2002), respectivamente 2ª e 3ª edições típicas. Como tantos outros livros litúrgicos, por exemplo o Cerimonial dos Bispos, ainda fazem referência a números da IGMR-2ª edição (1975), a tabela de correspondência torna-se de muita utilidade para localização dos números correspondentes na nova IGMR-3ª edição. E ajuda muito no estudo comparativo.

No Brasil, está em vigor a 2ª edição típica do Missal Romano, de aplicação obrigatória desde 11 de abril de 1993. No entanto, já está sendo preparada a 3ª edição típica do Missal Romano para aplicação no Brasil.


Fonte da imagem: www.paulinas.org.br