segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Gregório Magno: modelo a ser seguido

A Igreja Católica Romana celebra a memória de São Gregório Magno, papa e doutor da Igreja, nesta segunda-feira, dia 3/9.

Oriundo de família nobre e rica, Gregório nasceu em Roma no ano 540. A família tinha tradição política, como era costume da aristocracia. Giordano, seu pai, fora senador. Silvia, sua mãe, depois de enviuvar, ingressou na vida monástica. Conta-se que suas três irmãs viviam como monjas, provavelmente na própria casa paterna.

O próprio Gregório chegou a ser prefeito de Roma.

E ainda: o papa Félix III (483-492) fora um antepassado de Gregório.

Tempos depois de completar trinta anos, retira-se para a vida ascética, vivendo num mosteiro por ele construído em seu palácio, na colina Célio, em Roma. Antes distribuíra seus bens aos pobres e fundara seis mosteiros em suas propriedades localizadas na Sicília.

Na época de Gregório, o monaquismo era, antes de tudo, um modo de vida, e não uma estrutura organizada de vida monástica. Os monges eram, pois, leigos.

Mas, a vida monástica de Gregório não durou muito. O papa Bento I (574-578) convidou-o a seguir a carreira eclesiástica, ordenando-o diácono. O sucessor de Bento I, o papa Pelágio II (579-590), enviou-o como núncio à corte de Constantinopla, entre os anos 579 e 585, ao tempo em que Tibério II (578-582) e Maurício I (582-602) eram imperadores do Império Bizantino, também chamado Império Romano do Oriente.

Terminada a sua missão de núncio, Gregório volta a Roma e retoma a sua vida de monge.

Em 7 de fevereiro 590, o papa Pelágio II falece, vítima da peste que assolava Roma. E Gregório, pelo forte e uníssono clamor popular, é chamado, apesar de suas resistências, a assumir a cátedra de São Pedro. Aclamado papa, recebeu a ordenação episcopal a 3 de setembro de 590, iniciando seu pontificado com o nome de Gregório, mais tarde Magno (título que o povo lhe deu). Daí, Gregório Magno.

O papa Gregório Magno foi um organizador da beneficência da Igreja para socorrer os famintos e os flagelados dos sucessivos surtos de peste que se expandiam por toda a península.

Apesar de ter uma saúde frágil, foi um papa que enfrentou os problemas da sua época, num momento em que a Igreja parecia ser a única entidade organizada num mundo ocidental em ruína.

No plano diplomático manteve relações com o imperador de Bizâncio. No âmbito eclesiástico tornou mais forte o controle sobre as várias Igrejas, procurando eliminar os contrastes. Expandiu a cristianismo na Inglaterra.

Escreveu várias obras, entre elas, Tratados morais sobre Jó (escrita ao tempo em que Gregório era núncio), Homilias sobre os Evangelhos (pronunciadas entre 590 e 591), Diálogos, Homilias sobre Ezequiel, Comentário sobre o primeiro livro dos Reis, Comentário ao Cântico dos Cânticos e Regra Pastoral.

Foi um papa cônscio da importância da liturgia, e sob seu nome surgiram dois textos célebres: Sacramentário gregoriano (ou seja, um missal) e Antifonário para a missa (compilação de cantos corais), base para o futuro canto gregoriano.

Gregório Magno faleceu no dia 12 de março de 604. Logo depois de sua morte circularam biografias do Papa, por sua fama de santidade. E foi considerado um dos quatro grandes doutores da Igreja latina. É considerado Padre da Igreja.


Fonte da imagem:
www.puc-rio.br/campus/servicos/pastoral/santo_setembro.html


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