segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Natal, delicadeza de Deus!

Olha para o presépio e não te envergonhes de ser o jumento do Senhor. Levarás Cristo, e não te enganarás no caminho que percorres, porque sobre ti vai o caminho.
 (Agostinho de Hipona, Sermão 189, 4.)


Do Natal do Senhor, no contexto da Bíblia, pouco se fala e menos se vive, a não ser o domínio de uma certa emoção um tanto difusa. Mas, e até demais ao próprio bolso, não poucos se deixam levar pelo natal mágico dos shoppings.

O Natal do Nascimento de Jesus é evento para ser celebrado na comunidade religiosa e também, por exemplo, na família. O natal consumista, este, sim, por ser mágico, atrai a todos. Os shoppings e as agências de viagens que o digam!

Nestes dias de corre-corre, das compras e mais compras, de enfeites e mais enfeites, de gente que se diz cansada e estressada, sem pesadas e rancorosas críticas é necessário encontrar o oásis, para, na contramão dessa dinâmica do mágico natal consumista, preparar, na candura e na tranquilidade, o Natal do Senhor, do Deus que se faz humano, criança, por amor a nós mesmos.

Nesse sentido, sem demonizar a realidade, o artigo de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, sob o título Natal, delicadeza de Deus!, publicado pela Rádio Vaticano, em 19 de dezembro de 2014, merece ser lido e acolhido.

Do artigo, extraio as palavras de Santo Agostinho de Hipona:

“Desperta, ó homem: por tua causa Deus se fez homem. Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá (Ef 5,14). Por tua causa, repito, Deus se fez homem. Estarias morto para sempre, se ele não tivesse nascido no tempo. Jamais te libertarias da carne do pecado, se ele não tivesse assumido uma carne semelhante à do pecado. Estarias condenado a uma eterna miséria, se não fosse a sua misericórdia. Não voltarias à vida, se ele não tivesse vindo ao encontro da tua morte. Terias perecido, se ele não te socorresse. Estarias perdido, se ele não viesse salvar-te. Celebremos com alegria a vinda da nossa salvação e redenção. Celebremos este dia de festa, em que o grande e eterno Dia, gerado pelo Dia grande e eterno, veio a este nosso dia temporal e tão breve.”

O texto completo do artigo pode ser lido aqui.


Fonte da imagem:
http://cnbbleste1.org.br/2011/12/inaugurado-no-mexico-o-maior-presepio-do-mundo/

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