quarta-feira, 13 de junho de 2012

"O Vaticano continua sendo uma corte medieval"



Segundo o teólogo Hans Küng, em entrevista dada a Andrea Tarquini, correspondente do jornal italiano la Repubblica, edição de 28 de maio de 2012, o Vaticano permanece sendo uma corte medieval (Il Vaticano è rimasto una corte medioevale il Papa non la governa più).

O artigo foi traduzido por Moisés Sbardelotto para o IHU - Instituto Humanitas Unisinos, sob o título "O Vaticano continua sendo uma corte medieval".

Parece-me que, na verdade, a entrevista tem como motivação o vazamento de notícias confidenciais envolvendo o Instituto para as Obras Religiosas (IOR), ou Istituto per le Opere di Religione, conhecido como Banco do Vaticano.

Para o historiador Agostino Giovagnoli, professor na Universidade Católica do Sagrado Coração (Università Cattolica del Sacro Cuore), "o vazamento de notícias visa a enfraquecer o Bento XVI." Deduz-se, portanto, que o atual Papa governa e continua plenamente governando. Ou, como afirma o Cardeal Carlo Maria Martini: "que a Igreja perca o dinheiro, mas não perca a si mesma". E Bento XVI não se desvia desse caminho: a relevância da Igreja para uma grande missão.

O pomposo título dado ao artigo tem mais o efeito de apelo midiático do que propriamente introduzir o leitor na essência da entrevista (vazamento de notícias confidenciais relacionadas ao IOR). Ademais, não se deve esquecer que o Estado - Estado da Cidade do Vaticano - necessita de uma estrutura que lhe dê condições de governabilidade. Ele é: "um pequeno território para uma grande missão".

Fonte da imagem:
http://www.legiomariae.kit.net/Canais/igreja10.htm

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