sexta-feira, 3 de abril de 2009

A Última Semana: Um relato detalhado dos dias finais de Jesus



A semana que se aproxima me dá oportunidade para falar sobre um livro que tem o sugestivo título: A Última Semana: Um relato detalhado dos dias finais de Jesus. E que boa e oportuna coincidência: o atual ano litúrgico é o Ano "B", quando se lê o Evangelho de Marcos, e o livro foi escrito fundamentado no Evangelho de Marcos.

Realmente, a Semana Santa está às portas. E o livro cuida daqueles dias que compõem a Semana Santa. Ou mais exatamente, o livro vai do Domingo de Ramos ao Domingo da Páscoa, compondo oito dias.

A Última Semana foi escrito por Marcus J. Borg, luterano, e John Dominic Crossan, católico, ambos professores universitários e especialistas em História do Cristianismo, e publicado no Brasil pela Editora Nova Fronteira, com tradução de Alves Calado, em segunda impressão datada de 2007.

O livro contém 256 páginas, com linda gravura de capa, e o seguinte sumário: Prefácio - A primeira paixão de Jesus (páginas 7-12), A última semana (página 13): Um - Domingo de Ramos (páginas 15-47), Dois - Segunda-feira (páginas 49-73), Três - Terça-feira (páginas 75-107), Quatro - Quarta-feira (páginas 109-132), Cinco - Quinta-feira (páginas 133-162), Seis - Sexta-feira (páginas 163-193), Sete - Sábado (páginas 195-218), Oito - Domingo de Páscoa (páginas 219-249), e Notas (páginas 251-255).

Os autores advertem que: "Sem o Domingo de Páscoa, não teríamos conhecido a história de Jesus. Se a sua história tivesse terminado com a crucificação, ele provavelmente teria sido esquecido - mais um judeu crucificado pelo império romano num século sangrento que testeumunhou milhares de execuções assim. Talvez um ou dois rastros tivessem aparecido em Josefo ou em fontes rabínicas judaicas, mas seria apenas isso. De fato, sem o Domingo de Páscoa nem haveria a "Sexta-feira Santa", porque não existiria uma comunidade durável para lembrar e dar sentido à sua morte" (página 220).

E, com certeza, sem a Ressurreição não estaria hoje 'blogando' sobre o tema.

Pois bem, com essas criteriosas e esperançosas palavras, os autores trazem à tona um Jesus que se opunha ostensivamente ao poder dominante. Os autores usam a palavra "paixão" na sua ambivalência, significando sofrimento e também entusiasmado interesse por alguma coisa ou por um forte compromisso direcionado a determinado ponto, fim. A paixão de Jesus era o Reino de Deus. Apaixonado pelo Reino do Pai.

O primeiro dia já está marcado por situações opostas. É o Domingo de Ramos. Num dia de primavera do ano 30, antes da páscoa judaica, duas procissões entram em Jerusalém. Como era costume, os governadores romanos da Judéia se deslocavam para Jerusalém por ocasião das festividades judaicas (e estava prestes a acontecer a páscoa dos judeus). A procissão de Pôncio Pilatos, governador romano, formada por uma fileira da cavalaria e de soldados imperiais, com a extravagância de apetrechos para chamar a atenção (cavalos, armas, águias douradas, estandartes etc.), simbolizava o poder do Império Romano. A procissão de Jesus, formada por camponeses, proclamava o Reino de Deus. Dessa situação descrita pelos autores, eles afirmam: "Os dois cortejos corporificam o conflito central da semana que levou à crucificação de Jesus" (página 16).

Essa introdução dá bem a conhecer a linha de pensamento que segue o livro. Os autores fazem comentários numa sequência diária dos acontecimentos, como se vê do sumário do livro.


"O Domingo de Páscoa afirma: "Jesus é o Senhor" - os poderes deste mundo não são" (página 248).


Leia mais:



Fonte da primeira imagem:
http://www.submarino.com.br/produto/1/1933878/ultima+semana:+um+relato+detalhado+dos+dias+finais+de+jesus,+a

Fonte da segunda imagem:
http://www.pime.org.br/noticias.inc.php?&id_noticia=3157&id_sessao=3

Fonte da terceira imagem:
http://www.vatican.va/liturgy_seasons/holy-week/holy-week2003_po.html

Fonte da quarta imagem:
http://masp.art.br/servicoeducativo/assessoriaaoprofessor-fev07.php


Nota: Com exceção da primeira imagem, as demais não fazem parte do livro.

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