É a semana decisiva para Jesus. Ele está (ou deveria estar) no centro dos acontecimentos desta semana.
A última semana de Jesus é tão sagrada quanto fundamental para os cristãos.
Depois da longa caminhada com Jesus, todos alegres na esperança (Rm 12,12), é o momento de testar o amadurecimento na fé, para dizer sim ou não, para fugir ou permanecer, para alegrar-se, jubilar-se com todos ou refugiar-se na tristeza da solidão...
Segundo dispõem as Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário (n. 31), aprovadas por Motu Proprio de Paulo VI, de 14 de fevereiro de 1969: "A Semana Santa visa recordar a Paixão de Cristo, desde sua entrada messiânica em Jerusalém".
Cinco domingos do Tempo da Quaresma já são passados. No dia 16 de março, celebra-se o sexto domingo, que se chama "Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor", com o qual se inicia a Semana Santa, também chamada a Semana Maior, a Grande Semana e ainda a Semana da Salvação.
É santa porque o Santo por excelência, o Cristo, está no seu centro. E todos os demais qualificativos desta significativa semana encontram ressonância numa só pessoa: Jesus, o Messias, o Cristo.
Todo o tempo quaresmal já transcorrido pode ser considerado como tempo de preparação objetivando à subida com Cristo para Jerusalém, a fim de que, ali e com ele, partilhar o seu mistério pascal.
Liturgicamente, a Semana Santa está, em parte, dentro do Tempo da Quaresma, cujo término se dá na Quinta-Feira Santa, depois do pôr-do-sol, mas antes da celebração da Ceia do Senhor. Em outras palavras, é na Semana Santa, mais precisamente no seu quinto dia (quinta-feira), depois do pôr-do-sol, que se conclui o Tempo da Quaresma. Em seguida, com a celebração da Ceia do Senhor, tem início o Tríduo Pascal, do qual, por sua proeminência no ano litúrgico, falaremos no post seguinte.
E concluímos com as palavras do Papa Paulo VI: "Se há uma liturgia, deveria encontrar-nos todos juntos, atentos, solícitos e unidos para uma participação plena, digna, piedosa e amorosa, esta é a liturgia da grande semana. Por um motivo claro e profundo: o mistério pascal, que encontra na Semana Santa a sua mais alta e comovida celebração, não é simplesmente um momento do ano litúrgico; ele é a fonte de todas as outras celebrações do próprio ano litúrgico, porque todas se referem ao mistério da nossa redenção, isto é, ao mistério pascal". [1]
Leia mais:
[1] Paulo VI, "Sermão da quarta-feira", in Encicliche e discorsi, Edizioni Paoline, Roma, 1966, vol. IX, p. 368, citado por Augusto Bergamini, Cristo, Festa da Igreja: história, teologia, espiritualidade e pastoral do ano litúrgico, tradução de Euclides Martins Balancin, São Paulo, Paulinas, 1994, p. 291.
Fonte da imagem:
http://comunidadejoao23.blogspot.com/2006/04/domingo-de-ramos.html
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