A Teologia da Libertação volta à tona em entrevista concedida por Frei Clodovis Boff ao Jornal Folha de São Paulo, publicada no dia 11 de março de 2013, segunda-feira, em que o religioso defende a posição de Bento XVI.
O compromisso com os pobres é projeto essencial da Teologia da Libertação, mas tal comprometimento é consequência da fé em Cristo.
O núcleo é a vida de fé em Cristo e seu Evangelho, que gera esse e tantos mais comprometimentos.
O reparo feito pelo então Cardeal Joseph Ratzinger (depois Papa Bento XVI), Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, livrou a Teologia da Libertação da conversão em simples ideologia, expurgando dela o método de análise marxista da realidade como meio para captação de material apto para sustentar a teologia.
Para melhor inteireza, sugiro a leitura da "Instrução sobre alguns aspectos da "Teologia da Libertação"", de 6 de agosto de 1984, da Congregação para a Doutrina da Fé, onde, entre outras passagens, diz:
"Mas as « teologias da libertação », que têm o mérito de haver
revalorizado os grandes textos dos profetas e do Evangelho acerca da defesa dos
pobres, passam a fazer um amálgama pernicioso entre o pobre da Escritura
e o proletariado de Marx. Perverte-se deste modo o sentido cristão
do pobre e o combate pelos direitos dos pobres transforma-se em combate de
classes na perspectiva ideológica da luta de classes. A Igreja dos pobres
significa então Igreja classista, que tomou consciência das necessidades da luta
revolucionária como etapa para a libertação e que celebra esta libertação na sua
liturgia" (IX, n. 10).
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Fonte da imagem:
http://www.favic.com.br/fotos/view_photo.php?set_albumName=Simposio-de-Filosofia-2008&id=DSC01258
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