La celebración anual de la Jornada mundial del enfermo tiene, por tanto, como objetivo manifiesto sensibilizar al pueblo de Dios y, por consiguiente, a las varias instituciones sanitarias católicas y a la misma sociedad civil, ante la necesidad de asegurar la mejor asistencia posible a los enfermos; ayudar al enfermo a valorar, en el plano humano y sobre todo en el sobrenatural, el sufrimiento; hacer que se comprometan en la pastoral sanitaria de manera especial las diócesis, las comunidades cristianas y las familias religiosas; favorecer el compromiso cada vez más valioso del voluntariado; recordar la importancia de la formación espiritual y moral de los agentes sanitarios; y, por último, hacer que los sacerdotes diocesanos y regulares, así como cuantos viven y trabajan junto a los que sufren, comprendan mejor la importancia de la asistencia religiosa a los enfermos.
No dia 13 de maio de 1992, o Papa João Paulo II dirigiu Carta ao Cardeal Fiorenzo Angelini, Presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral no Campo da Saúde, por ocasião da instituição do Dia Mundial do Doente.
O Papa fixou 11 de fevereiro como data do Dia Mundial do Doente.
De lá pra cá, vinte anos estão se passando. Na sequência dos anos, coube, pois, ao Papa Francisco a Mensagem para o XXIII Dia Mundial do Doente a ser celebrado no dia 11 de fevereiro de 2015, cujo tema é:
«Sapientia cordis. “Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo” (Job 29, 15)»
Jó, o servo justo e sofredor. É no livro dele (Jó 29, 15) que o Papa Francisco se inspirou para o tema da Mensagem.
E, segundo o Livro da Sabedoria, esta é:
É ela uma efusão da luz eterna, um espelho sem mancha da atividade de Deus, e uma imagem de sua bondade. (Sb 7, 26)
Ou melhor, fiquemos com o conceito dado pelo Papa Francisco à sabedoria do coração, fruto do Espírito Santo:
Esta sabedoria não é um conhecimento teórico, abstracto, fruto de raciocínios; antes, como a descreve São Tiago na sua Carta, é «pura (…), pacífica, indulgente, dócil, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem hipocrisia» (3, 17). Trata-se, por conseguinte, de uma disposição infundida pelo Espírito Santo na mente e no coração de quem sabe abrir-se ao sofrimento dos irmãos e neles reconhece a imagem de Deus. Por isso, façamos nossa esta invocação do Salmo: «Ensina-nos a contar assim os nossos dias, / para podermos chegar à sabedoria do coração» (Sal 90/89, 12). Nesta sapientia cordis, que é dom de Deus, podemos resumir os frutos do Dia Mundial do Doente.
A sabedoria do coração (sapientia cordis), algo para além do saber acadêmico, tem um núcleo profundo, espiritual, transcendente, sem fronteiras, cuja tradução é uma disposição amorosa para e com todas as pessoas, necessitadas, carentes, doentes...
Nesse sentido, com sabedoria, e sabedoria do coração, é mais confortável defrontar-se com a realidade da doença e dos doentes. É algo amoroso. É uma virtude.
O Papa nomeia quatro espécies da sabedoria do coração que inspiram a disposição de colocar-se a serviço do e com o doente:
Sabedoria do coração é servir o irmão.
Sabedoria do coração é estar com o irmão.
Sabedoria do coração é sair de si ao encontro do irmão.
Sabedoria do coração é ser solidário com o irmão, sem o julgar.
O texto completo da Mensagem para o XXIII Dia Mundial do Doente, em português, pode ser lido aqui.
Leia mais:
Mensagens para o Dia Mundial do Enfermo, de João Paulo II
Mensagens para o Dia Mundial do Doente, de Bento XVI
Mensagens para o Dia Mundial do Doente, de Francisco
Fonte da imagem:
http://www.chiesacattolica.it/pls/cci_new_v3/v3_s2ew_consultazione.mostra_pagina?id_pagina=62039
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