sábado, 5 de janeiro de 2008

E Cristo continua se manifestando


Epifania, palavra de origem grega (epipháneia), que quer dizer aparição ou manifestação. No mesmo sentido, é considerada por Agostinho de Hipona (354-430): "Epifania é um termo grego que podemos traduzir por manifestação..."

A Oração do dia, que também se chama Colecta ou Coleta (Missal Romano), para a celebração da Eucaristia na solenidade da Epifania do Senhor diz: "Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-as pela estrela, concedei aos vossos servos e servas que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu." Com essa Oração, que encerra os Ritos iniciais, deduz-se que, na linguagem litúrgica cristã romana, a Epifania é a revelação do Filho de Deus às nações.

Revelação tem o mesmo sentido de manifestação divina.

A Igreja Católica Romana celebra a Epifania do Senhor, em princípio, no dia 6 de janeiro. No Brasil, por determinação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, a solenidade da Epifania é celebrada no domingo que cair entre os dias 2 e 8 de janeiro. Neste ano de 2008, a celebração é no dia 6 de janeiro, domingo. Não só por ser solenidade, mas também porque é domingo, a celebração pode ser iniciada a partir do cair da tarde de sábado, dia 5/1.

Primeiramente, o Menino se manifesta à própria nação judaica, representada pelos pastores na noite de Natal. E, agora, para além fronteiras, se manifesta a todas as nações, representadas pelos Magos.

Vejamos ainda o que diz o mesmo Santo Agostinho: "Já celebramos o nascimento do Senhor; hoje celebramos a sua Epifania... No dia que se chama Natal viram-n'O os pastores judeus; no dia de hoje, que se chama propriamente Epifania, quer dizer, manifestação, adoraram-n'O os Magos pagãos. Aqueles receberam o anúncio dos Anjos; estes, de uma estrela. Os anjos moram nos Céus que os astros adoram; a uns e a outros os Céus proclamam a glória de Deus..."

Manifestar o Cristo hoje é evangelizar. Que tal uma dica: fazer da própria vida cotidiana de cada seguidor manifestação d'Aquele em quem se tem fé, ou melhor, d'Aquele em quem se faz a experiência do Divino.


Nota: os trechos de Santo Agostinho, Sermão 202, n. 1, e Sermão 204, n. 1, foram extraídos da Antologia Litúrgica (Fátima, Secretariado Nacional de Liturgia, org. José de Leão Cordeiro, pág. 891, respectivamente números 3768 e 3770).


Fonte da imagem: http://www.pitoresco.com/italiana/mantegna.htm

Nenhum comentário: