BAKHITA - da escravidão à liberdade é um pequeno livro, de 128 páginas, de autoria de Maria Luísa Dagnino, missionária canossiana, cujo título original, em italiano, é BAKHITA recconta la sua storia (Ed. Città Nuova - 1993 - Roma). O livro apresenta o perfil biográfico de Josefina Bakhita, desde a sua captura pelos negreiros, passando por sua beatificação em 17 de maio de 1992, até a peregrinação apostólica do Papa João Paulo II à África. No dia 10 de fevereiro de 1993, João Paulo II esteve em Cartum, capital do Sudão, terra da irmã Josefina Bakhita. Sobre a Viagem Pastoral ao Benin, Uganda e Sudão (3 - 10 de fevereiro de 1993) leia aqui.
Traduzido pela irmã Cecília Maríngolo, o livro é editado pelas Edições Loyola, já em segunda edição. A autora do livro, irmã Maria Luísa Dagnino, conheceu pessoalmente a irmã Bakhita. Viveu com ela no mesmo Noviciado Canossiano Missionário, durante dois anos.
O livro contém ilustrações. É composto de uma Apresentação pela autora à 4ª edição italiana e quatro partes. O centro da obra é o manuscrito de 1910, como vem realçado na apresentação: "Tal manuscrito será reproduzido ainda mais fielmente nesta quarta edição e ocupará sempre o centro da obra porque ele é o seu" centro de interesse"."
A primeira parte (páginas 9 a 34) aborda desde a emboscada, quando Bakhita foi raptada e escravizada, até o convite da superiora da Comunidade Canossiana da Via Fusinato, em Schio, à irmã Josefina Bakhita, em 1910, para narrar os acontecimentos da sua vida.
A segunda parte do livro (páginas 35 a 64) reproduz o manuscrito da própria Bakhita, ou como está dito: "A esse ponto, deixemos a palavra à Irmã Josefina, e sigamos passo a passo a narração, tal como saiu dos seus lábios".
A terceira parte (páginas 65 a 104): a descoberta de Bakhita, "no estado natural", isto é, "quando não conhecia a Deus", que, quando criança, contemplando os fenômenos maravilhosos da natureza, se perguntava: "Quem será o patrão destas coisas tão bonitas? E sentia, confessa, uma grande vontade de vê-lo, de conhecê-lo de prestar-lhe homenagem" (Ms 26)." E termina com extratos da Homilia do Santo Padre durante a celebração eucarística em honra da Beata Bakhita em Cartum. O texto completo da Homilia do Papa João Paulo II, em italiano, pode ser lido aqui. E, em inglês, aqui.
A quarta parte (páginas 105 a 124) é formada por pensamentos de Bakhita extraídos do manuscrito e das conversações com ela sob o título Bakhita ainda nos fala, por impressões dos outros a respeito de Bakhita sob o título O que os outros falaram a respeito de Bakhita e, por fim, o arremate sob o título Cronologia da vida da Irmã Josefina Bakhita.
Passagens marcantes: a emboscada que redundou na captura de Bakhita; a dor pela ausência da família; a sua fuga frustrada; a tatuagem feita com farinha, navalha e sal; a firmeza em permanecer no Catecumenato das Irmãs Canossianas, em Veneza, vencendo todas as contrariedades. Enfim, a felicidade: o Batismo. Eis suas palavras: "Tendo entrado no catecumenato, e transcorrido o tempo da instrução recebi o santo batismo com uma alegria que só os anjos poderiam descrever. Era o dia 9 de janeiro de 1890. Recebi o nome de Josefina Margarida e Afortunada, que em árabe se diz Bakhita. No mesmo dia, recebi a crisma e a primeira comunhão. Oh, que data inesquecivel!"
Bakhita renunciou a tudo, inclusive a voltar para a África, para viver a nova vida em Cristo, que ela já havia escolhido no dia 29 de novembro de 1889, quando não cedeu aos reclamos da senhora Turina (página 61).
Quando foi transferida da Casa das Filhas da Caridade Canossianas em Veneza para a Casa em Schio (Itália), Bakhita se dirigiu pela última vez à igreja e beijou a fonte batismal, repetindo a si mesma com renovada emoção: "Aqui, me tornei verdadeira filha de Deus" (Sum. 10,24)" (página 77).
Muito mais se pode escrever sobre a irmã e santa Josefina Bakhita, chamada de "a nossa Irmã Morena", e fica o desejo de fazê-lo em outra oportunidade.
Fonte da primeira imagem:
http://www.loyola.com.br/livraria/detalhes.aspx?COD=03411
Fonte da segunda imagem:
http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_20001001_giuseppina-bakhita_photo.html
Fonte da terceira imagem:
http://www.fdcc.org/port/canossiane/bakhita/menubak.htm
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