
As Edições CNBB publicam as referidas Diretrizes Gerais, em forma de livro, composto de 152 páginas, distribuídas com as seguintes partes: apresentação, introdução, capítulo I (a realidade que nos interpela), capítulo II (discípulos missionários numa igreja em estado permanente de missão), capítulo III (pistas de ação para a missão evangelizadora) e conclusão ("ai de mim se eu não evangelizar"). Contém ainda sumário (páginas 7-8) e índice analítico (páginas 137-148).
As novas Diretrizes têm como referencial o Documento de Aparecida, com enfoque no binômio discípulos-missionários, como se antevê na apresentação feita por Dom Dimas Lara Barbosa, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro-RJ e Secretário Geral da CNBB (páginas 9-11).
Entre as anteriores Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2003-2006 e as atuais há um vazio de um ano, o que é esclarecido por Dom Dimas Lara Barbosa, na já mencionada apresentação das novas Diretrizes: "É bom esclarecer que, pela seqüência do calendário, a elaboração das Diretrizes já deveria ter sido efetuada na Assembléia de 2007. Tendo em vista, porém, a realização da V Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe, em maio de 2007, a definição das Diretrizes foi protelada por um ano, exatamente para incorporar as contribuições de Aparecida" (pág. 9).
No entanto, há a possibilidade de as presentes Diretrizes serem prorrogadas por mais quatro anos, se assim a Assembléia Geral dos Bispos da CNBB vier a decidir na ocasião oportuna (pág. 10).
Uma formação básica, centrada no querigma e na conversão, é a ante-sala da missionariedade. Tanto as anteriores Diretrizes quanto as atuais dedicam parágrafos à formação. O Documento de Aparecida indica cinco aspectos do processo de formação: a) o encontro com Jesus Cristo (centrado no querigma); b) a conversão (resposta ao chamado, com mudança na forma de pensar e de viver); c) o discipulado (amadurecimento crescente no conhecimento, amor e seguimento de Jesus, sendo fundamental a catequese permanente e a vida sacramental); d) a comunhão (vida em comunidade e participativa); e e) a missão (experiência da necessidade de compartilhar com os outros a alegria de ser discípulo enviado para construir o Reino de Deus) [1].
À primeira vista, deduz-se que o tempo de apenas três anos para as atuais Diretrizes é insuficiente para uma sólida formação dos cristãos. A formação se aperfeiçoa na medida que desperta, incute no formando a sua consciência de discípulo e o impulsiona a crescer no discipulado. E isso é importante para a nobre tarefa missionária, ou seja, a de fazer novos discípulos.
Parece, por conseguinte, válida a anunciada provável prorrogação por mais quatro anos das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2008-2010, para que seus objetivos sejam realmente alcançados.
As Diretrizes estão aí. Norteiam a ação da Igreja no Brasil para este e os próximos anos. Merecem ser lidas e aplicadas.
[1] ver Documento de Aparecida, n. 278, letras a, b, c, d e e.
Fonte da primeira imagem:
http://www.edicoescnbb.com.br/loja/script/detalhe_livro.asp?pid=128
Fonte da segunda imagem:
http://www.prodigyweb.net.mx/oarpantitlan/kerigma.html
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