sexta-feira, 11 de maio de 2007

Juventude em clima de Jornada Mundial

Neste segundo dia de visita, o Papa se encontrou com os jovens do Brasil e da América Latina no campo do Pacaembu, em São Paulo. Bento XVI foi efusivamente ovacionado pelos jovens.

O clima foi de Jornada Mundial da Juventude, tamanha era a dimensão do evento, e a ele presentes jovens de vários países da América Latina.

No centro do encontro, a celebração da Palavra de Deus, ou seja, a proclamação solene da passagem do Evangelho de Mateus sobre o jovem rico. Em cima da Palavra proclamada, o Papa fez seu discurso (homilia).

Aos jovens o Papa disse: "(...) vós sois o presente jovem da Igreja e da humanidade. Sois seu rosto jovem".

Esse presente precisa ser cuidado hoje. Não fazer como o jovem do Evangelho de Mateus, mas ter a coragem de apostar tudo em Cristo. Uma vez apostado, com a graça, tudo é possível.

Cristo chama a juventude de hoje a preencher o vazio deixado pelo jovem do Evangelho. Seja, pois, dado à juventude o espaço, estimulando-a a preenchê-lo.

O Papa enfatizou o valor do matrimônio, da castidade, ou, em outras palavras, a vida regrada conduz à felicidade.

Alerta aos jovens: a ordem social, econômica e política deve haurir sua fonte no Evangelho e na Doutrina Social da Igreja. Com isso, o Papa quer evitar desvios, com apelo a ideologias que possam confrontar com os princípios do Evangelho.

O Papa espera que os jovens tomem dianteira - sejam protagonistas - para construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Em verdade, essas coisas não podem ficar apenas como registro discursivo, mas precisam ser postas em prática com maturidade a partir das paróquias e dos movimentos eclesiais. Do contrário a Igreja continuará envelhecida, estacionada, sem a novidade e o vigor da juventude. E a missionariedade exige o desalojamento das mesmices, do comodismo, da inércia e da indiferença.

Bento XVI acorda e impulsiona a juventude a ir para águas mais profundas.

Juventude: em suas mãos o futuro da Igreja, peregrina, santa e pecadora. Mas, Igreja de Cristo.

Crédito da imagem: Rubens Cavallari/Folha Imagem.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lamento a má vontade de alguns setores da imprensa e de pessoas no dia-a-dia com relação às colocações feitas pelo Papa, com análises e abordagens preconceituosas e simplistas, apelando a clichês manjados e repetitivos contra o Papa.

Destaco dois trechos do discurso do Papa aos jovens:

"Sede homens e mulheres livres e responsáveis; fazei da família um foco irradiador de paz e de alegria; sede promotores da vida, do início ao seu natural declínio; amparai os anciãos, pois eles merecem respeito e admiração pelo bem que vos fizeram. O Papa também espera que os jovens procurem santificar seu trabalho, fazendo-o com competência técnica e com laboriosidade, para contribuir ao progresso de todos os seus irmãos e para iluminar com a luz do Verbo todas as atividades humanas (cf. Lumen Gentium, n. 36). Mas, sobretudo, o Papa espera que saibam ser protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna, cumprindo as obrigações frente ao Estado: respeitando as suas leis; não se deixando levar pelo ódio e pela violência; sendo exemplo de conduta cristã no ambiente profissional e social, distinguindo-se pela honestidade nas relações sociais e profissionais. Tenham em conta que a ambição desmedida de riqueza e de poder leva à corrupção pessoal e alheia; não existem motivos para fazer prevalecer as próprias aspirações humanas, sejam elas econômicas ou políticas, com a fraude e o engano."

"Tende, sobretudo, um grande respeito pela instituição do Sacramento do Matrimônio. Não poderá haver verdadeira felicidade nos lares se, ao mesmo tempo, não houver fidelidade entre os esposos. O matrimônio é uma instituição de direito natural, que foi elevado por Cristo à dignidade de Sacramento; é um grande dom que Deus fez à humanidade. Respeitai-o, venerai-o. Ao mesmo tempo, Deus vos chama a respeitar-vos também no namoro e no noivado, pois a vida conjugal que, por disposição divina, está destinada aos casados é somente fonte de felicidade e de paz na medida em que souberdes fazer da castidade, dentro e fora do matrimônio, um baluarte das vossas esperanças futuras. Repito aqui para todos vós que «o eros quer nos conduzir para além de nós próprios, para Deus, mas por isso mesmo requer um caminho de ascese, renúncias, purificações e saneamentos» (Carta encl. Deus caritas est, (25/12/2005), n. 5). Em poucas palavras, requer espírito de sacrifício e de renúncia por um bem maior, que é precisamente o amor de Deus sobre todas as coisas. Procurai resistir com fortaleza às insídias do mal existente em muitos ambientes, que vos leva a uma vida dissoluta, paradoxalmente vazia, ao fazer perder o bem precioso da vossa liberdade e da vossa verdadeira felicidade. O amor verdadeiro "procurará sempre mais a felicidade do outro, preocupar-se-á cada vez mais dele, doar-se-á e desejará existir para o outro" (Ib. n. 7) e, por isso, será sempre mais fiel, indissolúvel e fecundo."


Será que alguém em sã consciência acha que o correto, ideal e saudável é um comportamento em sentido contrário?

Guedes disse...

Gustavo.

Sim, alguns veículos de comunicação têm uma visão preconcebida, que acaba por afetar a imparcialidade e a confiabilidade da notícia veiculada.

Realmente, quem busca viver regradamente encontra a felicidade. E o Papa Bento XVI coloca valores que preenchem essa vida regrada.

Abraço
Guedes