terça-feira, 8 de maio de 2007

Jesus de Nazaré

Podemos nos referir ao recente livro Jesus de Nazaré, de autoria do teólogo Joseph Ratzinger, hoje papa Bento XVI, como uma situação de calmaria que se segue a uma tempestade.

Pois bem, em 1945 foi descoberta uma biblioteca de textos antigos, conhecidos como Evangelhos Gnósticos, ou Evangelhos Apócrifos, no local denominado Nag Hammadi, no Egito.

E ainda: em 1964 foi publicada a segunda edição, em alemão, do livro Ortodoxia e Heresia no Cristianismo Primitivo, de autoria de Walter Bauer, cuja primeira edição saira em 1934, mas sem tanta divulgação quanto a segunda edição.

A descoberta dos textos antigos e a publicação do livro de Bauer despertaram e têm sustentado o surgimento de vasta literatura destinada ao grande público. Obras como O Código Da Vinci, de Dan Brown, e Os Evangelhos Gnósticos, de Elaine Pagels, da Universidade de Princepton, se situam nessa linha de literatura.

A respeito, Darrell L. Bock, professor e pesquisador no Seminário Teológico de Dallas, no Texas, afirma que "Essas tantas obras novas não são acidentes. Existe um esforço orquestrado para mudar nossa história e a maneira como olhamos para nossas raízes religiosas e culturais" (Os Evangelhos Perdidos, tradução de Emirson Justino, Rio, Thomas Nelson Brasil, 2007, pág. 17).

O livro do papa, se assim podemos dizer, procura recolocar as coisas em seu devido lugar, como que respondendo à tempestade de teorias diversas levantadas ultimamente a respeito de Jesus.

Nesse sentido, o primeiro volume de Jesus de Nazaré estará em breve, em tradução vernácula, para reaproximar o Jesus histórico do Cristo da fé. E a bonança virá.

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