terça-feira, 22 de maio de 2007

Deus é Amor - "Deus Caritas Est"

A importância da Carta Encíclica Deus é Amor, de Bento XVI, datada de 25 de dezembro de 2005, pode ser medida pelas menções a ela feitas em quase todos os pronunciamentos do Papa, na sua visita ao Brasil.

Tais menções são notadas desde o primeiro pronunciamento, na chegada ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, no dia 9/5, até o discurso de abertura dos trabalhos da V Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, em Aparecida (13/5).

No discurso de chegada, o Papa indicou o objetivo da visita: "venho para presidir, em Aparecida, a sessão de abertura da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho". E o porquê dessa motivação é extraída da Encíclica: "A Igreja Católica - como coloquei em evidência na Encíclica Deus Caritas Est - 'transformada pela força do Espírito, é chamada a ser, no mundo, testemunha do amor do Pai, que quer fazer da humanidade uma única família, em seu Filho' (cf. 19)".

Outras menções: discurso proferido aos jovens no Estádio do Pacaembu, na noite do dia 10/5 (anoto: duas menções); homilia na Missa em que se canonizou Frei Galvão, celebrada no Campo de Marte, na manhã do dia 11/5; na homilia após a celebração das Vésperas com os bispos brasileiros, na Catedral da Sé, na tarde de 11/5 (anoto: duas menções).

E mais: homilia na missa celebrada na manhã do dia 13/5, em Aparecida, na abertura da V Conferência: "A vós também, que representais a Igreja na América Latina, tenho a alegria de entregar de novo idealmente a minha Encíclica Deus Caritas Est, com a qual quis indicar a todos o que é essencial na mensagem cristã".

Por fim: discurso de abertura dos trabalhos da V Conferência em Aparecida, na tarde de 13/5.

A Carta Encíclica Deus Caritas Est - Deus é Amor é composta de duas partes. A primeira é de índole discursiva; a segunda, de natureza prática. A introdução abre a Encíclica e a conclusão, que é um convite à santidade, a encerra.

A Encíclica não deixa de revelar o apreço que Bento XVI tem pelos escritos do apóstolo João. Com João, o Papa abre e encerra a Encíclica. Aliás, "Deus é Amor", que abre e dá título à Encíclica, é o melhor conceito que se tem de Deus. E essa definição é exatamente de João (1Jo 4,16).

Esse modo de dispor os assuntos, parece-me, ser o estilo de quem foi por muitos anos professor. Estilo didático, unindo teoria e prática.

Como se deduz da introdução, a Encíclica cuida da existência cristã fundada no amor de Deus. Nesse sentido, escreve o Papa: "(...) no mesmo versículo, João oferece-nos, por assim dizer, uma fórmula da existência cristã: "Nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem".

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